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Empresário pode pegar até 13 anos de prisão por crime ambiental e trabalho escravo

O empresário Antônio Belém de Oliveira, 55 anos, pode ser condenado a até 13 anos de prisão, além de multa, pelos crimes de desmatamento ilegal, exploração de trabalho escravo e violação das leis trabalhistas. Ele foi preso no início da noite de ontem (10) por agentes da Superintendência da Polícia Federal (PF) em Roraima, em sua fazenda no município de Amajari, próximo ao Rio Acari, no norte do estado, na fronteira com a Venezuela. Por Ivan Richard, da Agência Brasil.

Segundo o superintendente da Polícia Federal em Roraima, José Maria Fonseca, equipes da PF já vinham monitorando a área e ontem, ao sobrevoar a região, confirmaram a prática de desmatamento ilegal. Em terra, os agentes também encontraram trabalhadores em condição análoga à escravidão, entre eles, um adolescente de 15 anos.

“Eles manuseavam motosserras sem ter treinamento específico e armazenavam alimentos sem nenhuma condição de higiene e conservação”, descreveu. Ao todo, formam libertados sete trabalhadores. “Outros fugiram para dentro da mata com a chegada da polícia.”

Fonseca informou à Agência Brasil que o empresário já havia sido autuado, em março, por danos ao meio ambiente. Na ocasião, segundo o superintendente, Antônio Belém de Oliveira foi multado em R$ 1 milhão. “Mesmo após a multa, ele continuou desmatando e, o que é mais grave, utilizando trabalho escravo”, ressaltou Fonseca.

A Polícia Federal está à procura do gerente da fazenda de Oliveira, que fugiu no momento em que os agentes realizaram a ação.

O superintendente da PF afirmou que a Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente e Preservação do Patrimônio Histórico continuará a fiscalização para identificar eventuais crimes contra a natureza na região.