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Artigo

Abate humanizado ou o fim da escravidão animal? artigo de José Eustáquio Diniz Alves

 

abate animal
Foto: Prefeitura Municipal de Garibaldi

 

[EcoDebate] Dezenas de ativistas invadiram, na madrugada do dia 18 de outubro de 2013, o laboratório do Instituto Royal elevaram vários animais que sofriam os conhecidos maus-tratos que quase sempre ocorrem nas pretensas pesquisas científicas. Subitamente, cresceu no Brasil o questionamento sobre o uso de animais sencientes nas pesquisas científicas e nas pesquisas cosméticas. As pessoas começaram a perceber os abusos que existem contra os animais, em nome de uma ciência egoisticamente antropocêntrica.

Tem crescido a percepção de que é grande o sofrimento dos animais nos laboratórios. Mas é ainda maior o sofrimento dos animais que são criados unicamente para satisfazer o apetite humano. Para alimentar 7,2 bilhões de habitantes, os abatedouros sacrificam cerca de 60 bilhões de animais terrestres todos os anos, segundo dados da FAO. Os mamíferos humanos são os maiores predadores do Planeta.

O ser humano consome, escraviza, maltrata e mata os animais de outras espécies para benefício próprio. Existem leis nacionais e internacionais contra o genocídio, mas não existe nada significativo em relação ao especismo e ao ecocídio. O especismo é a discriminação existente com base nas desigualdades entre as espécies. Ocorre, em geral, quando os seres racionais se consideram superiores aos demais seres vivos, inclusive, superiores aos seres sencientes não-racionais.

Existem pessoas progressistas que são contra o classismo, o sexismo, o escravismo, o racismo, o xenofobismo e o homofobismo, mas não se preocupam em combater o especismo. Há também aqueles que acreditam que se deve defender o direito de alguns animais domésticos – como o cão e o gato – mas ignoram os direitos dos bois, porcos, galinhas, coelhos, cabras, etc.

O ser humano, em geral, se considera superior aos demais animais porque possui um cérebro evoluído e porque desenvolveu a capacidade de falar, escrever, raciocinar e construir grandes obras materiais e imateriais. Assim, os animais racionais seriam superiores aos animais irracionais. A humanidade possuindo uma cultura desenvolvida, estaria acima da forças naturais, enquanto as outras espécies estariam presas às “leis” da natureza.

Mas quando uma pessoa inteligente é questionada sobre a matança de animais para o consumo humano geralmente ela diz que isto faz parte da “lei da selva” comum a todas as espécies (o que não é verdade). Muitas espécies de mamíferos são vegetarianos e não consomem carnes. O ser humano utiliza a inteligência para se colocar acima das outras espécies animais, mas utiliza seu instinto animal para justificar a caça selvagem, o consumo de carne e a escravidão animal.

Todavia, alguns humanos mais sensíveis falam em “carne feliz” e “abate humanizado” e defendem técnicas adequadas nos abatedouros para que o animal não tenha muito stress na hora da morte, evitando com isto que o PH da carne se mantenha alto e torne a carne escura, dura e seca. A ideia é que a vida e a morte do animal devem ser controladas para garantir a qualidade de sua carne após o abate, melhorando o apetite humano.

Evidentemente, estes conceitos de “carne feliz” e “abate humanizado” são, não apenas irônicos e cínicos, mas uma expressão dos interesses egocêntricos do antropocentrismo. Parece que a expressão “abate humanizado” quer dizer abate menos cruel. Indubitavelmente, reduzir o sofrimento animal é um passo importante, mas a solução definitiva passa pelo fim da escravidão e da matança animal.

Ao invés do “abate humanizado” (abate com menor sofrimento) seria mais coerente seguir os princípios do Veganismo, ou seja, viver sem explorar os animais. Os Vegans defendem o fim de qualquer uso de animais (e produtos derivados de animais) pelo ser homem, quer seja para alimentação, apropriação, trabalho, caça, vivissecção, confinamento ou outros usos que envolvam exploração ou violação dos direitos dos animais.

Humanizar o abate poderia ser uma proposta séria se conseguisse expandir as leis humanas contra o genocídio e em defesa da vida das demais espécies de animais sencientes da Mãe Terra, eliminando os crimes contra outras formas de vida.

O ser humano precisa respeitar os direitos dos animais tanto em relação às pesquisas, quanto em relação à criação e abate das demais espécies sencientes do mundo.

Referências:

Rafael Tonon. Pelos direitos dos animais. Revista Galileu. Reportagem / Dossiê.

http://revistagalileu.globo.com/Revista/Common/0,,EMI340748-17773,00-PELOS+DIREITOS+DOS+ANIMAIS.html

ALVES, JED. Por um mundo mais selvagem!

http://www.ecodebate.com.br/2013/08/14/por-um-mundo-mais-selvagem-artigo-de-jose-eustaquio-diniz-alves/

ALVES, JED. Erradicar o Ecocídio

http://www.ecodebate.com.br/2012/10/31/erradicar-o-ecocidio-artigo-de-jose-eustaquio-diniz-alves/

ALVES, JED. Especismo e ecocídio: 100 milhões de tubarões mortos por ano

http://www.ecodebate.com.br/2012/11/07/especismo-e-ecocidio-100-milhoes-de-tubaroes-mortos-por-ano-artigo-de-jose-eustaquio-diniz-alves/

ALVES, JED. Especismo e ecocídio: o massacre de elefantes e o comércio de marfim

http://www.ecodebate.com.br/2012/11/21/especismo-e-ecocidio-o-massacre-de-elefantes-e-o-comercio-de-marfim-artigo-de-jose-eustaquio-diniz-alves/

ALVES, JED. Especismo e ecocídio: a ameaça de extinção dos rinocerontes

http://www.ecodebate.com.br/2012/11/28/especismo-e-ecocidio-a-ameaca-de-extincao-dos-rinocerontes-artigo-de-jose-eustaquio-diniz-alves/

ALVES, JED. Especísmo e ecocídio: o sumiço das abelhas. EcoDebate, RJ, 18/09/2013

http://www.ecodebate.com.br/2013/09/18/especismo-e-ecocidio-o-sumico-das-abelhas-artigo-de-jose-eustaquio-diniz-alves/

ALVES, JED. Enxame Humano? EcoDebate, RJ, 18/09/2013

http://www.ecodebate.com.br/2013/09/20/enxame-humano-artigo-de-jose-eustaquio-diniz-alves/

ALVES, JED. Especismo e ecocídio: a extinção dos tigres. EcoDebate, RJ, 25/10/2013

http://www.ecodebate.com.br/2013/10/25/especismo-e-ecocidio-a-extincao-dos-tigres-artigo-de-jose-eustaquio-diniz-alves/

José Eustáquio Diniz Alves, Colunista do Portal EcoDebate, é Doutor em demografia e professor titular do mestrado em Estudos Populacionais e Pesquisas Sociais da Escola Nacional de Ciências Estatísticas – ENCE/IBGE; Apresenta seus pontos de vista em caráter pessoal. E-mail: jed_alves@yahoo.com.br

 

EcoDebate, 30/10/2013


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3 thoughts on “Abate humanizado ou o fim da escravidão animal? artigo de José Eustáquio Diniz Alves

  • Olá,

    Pela primeira vez tive minhas expectativas superadas, porém de forma negativa.
    O Consumo animal faz parte da cultura alimentar humana, somos omnívoros, um ponto comum é que deve ser feito o abate levando em consideração o bem estar animal, mas falar em abate humanitário, o que significa humano?
    Usar o sofrimento animal como motivo para o fim do consumo de carnes é uma lastima, pois as plantas também sofrem quando são mutiladas, a diferença está na fisiologia.
    Temos a capacidade de aproximar um animal mamífero do ser humano, logo é menos aceitável ver um cão morrer a um peixe, da mesma forma o peixe a uma alface.
    Algo que não gosto em alguns veganos é a marginalização de quem come carne, outros animais comem carne, mas caso o vegano tenha tal escolha com a finalidade de manter uma alimentação saudável ótimo, mas não é necessário a criminalização das pessoas que pensam diferente.
    E o vegetal tem agrotóxico, é transgênico? Onde tá o risco maior?

  • Concordo totalmente. Com o Douglas.

    É fácil achar que planta não sofre porque não grita. Mas ao contrário do bife que é colocado na mesa vindo de um boi já devidamente morto, e cuja morte pode ter sido rápida, se em um abatedouro descente, em meros segundos, a cebola que acompanha o bife ainda está viva, e poderia virar uma nova planta. O autor do artigo acha que ela não sofre. Eu não sei quando ela pára de sofrer.

    “Ah, mas planta não tem sistema nervoso.” Verdade, planta não se organiza como um animal. Mas elas têm circulação sem precisarem de sistema cardíaco. Há trabalhos científicos demonstrando que elas são sensíveis a diferentes ondas de luz (visão), diferentes sons (audição) e podem buscar ativamente diferentes composições químicas no solo com suas raízes (paladar).

    Sem precisar falar de trabalhos científicos, há uma planta chamada de “Dorme-joão” (Mimosa pudica) que irá recolher suas folhas ao ser tocada (tato). Eu tive uma dessas durante a infância. Descobri que ela reconhecia diferentes tipos de toque, e se tocada com suavidade, não recolhia as folhas, ou mesmo as abria. Algumas amigas tentavam me imitar, tocando as folhas devagar, mas a minha dorme-joão parecia até me reconhecer, pois só abria as folhas quando eu tocava.

    Mas não, não. Acredite que plantas não têm sentido nenhum. E ache que errado estão os outros, por comerem carne.

    Mais difícil é admitir que, enquanto se estiver vivo, será necessário matar para viver. Não importanto o que se seja.

  • Você não tem pena da alface? Quem faz essa pergunta é desinformado e inconveniente. Aprendemos na escola que o reino animal e o vegetal são bem distintos. Você sabe por que a alface e a vaca não pertencem ao mesmo reino? Simples: plantas não possuem sistema nervoso central, portanto não sentem dor. Com exceção dos Poríferos (esponjas do mar), todos os animais são seres sencientes, ou seja, possuem sistema nervoso central (SNC), o que possibilita a eles sensações físicas e emocionais.
    A senciência é um conceito que se aplica apenas ao reino animal. Ela combina os termos sensibilidade e consciência. Significa ter a capacidade de vivenciar sentimentos e emoções, tais como medo, dor, fome, prazer e felicidade. Estudos mostram que o SNC é o responsável pelos cinco sentidos fundamentais: audição, visão, olfato, tato e paladar. Por sua vez, esses sentidos determinam a relação do animal com o meio. Sendo assim, um boi, um porco, um peixe, uma galinha ou uma cabra, sentem exatamente a mesma dor que você, seu cão e seu gato.

    Quero ver que trabalhos (pseudo)científicos são esses.

    E mais uma… Se você se preocupa tanto assim com o “sofrimento” do reino vegetal, igual deveria parar de comer carne, pois a pecuária consome 80% da produção de soja mundial sozinha… Para citar um vegetal somente. Supondo que essa desinformação absurda fosse verdade, ao comer carne você estaria provocando o dobro do sofrimento. Aos animais e aos seus vegetais “pensantes” também…

    O Consumo de carne hoje, além dos problemas éticos já citados, é o maior responsável pela degradação ambiental direta e indireta. É o alimento mais ineficiente em termos de aproveitamento de recursos e transformação de energia.

    E a capacidade filosófica limitada dos comentários acima só mostra que não entenderam nada mesmo do artigo.

    Não acredito que estou lendo esses comentários acima. É muito triste como o hábito de consumir carne deixa as pessoas cegas.

    Se o mundo um dia se tornar majoritariamente vegetariano, as onerosidades e impactos ambientais abaixo serão apenas coisas do passado:

    – A pesca em grande escala está ameaçando nada menos que 75% da população de peixes do mundo, segundo estudo da WWF de 2008

    – Na faixa territorial oceânica brasileira, 80% das espécies mais procuradas por pescadores estão ameaçadas de extinção por causa da sobrepesca e da pesca por redes de arrasto

    – 80% dos bancos de pesca mundiais estão em declínio ou esgotados

    – A pesca hoje está num ritmo duas a três vezes superior à capacidade de regeneração das populações aquáticas das águas do planeta. Em tal ritmo, todas as espécies “pescáveis” terão desaparecido em 2050

    – A população de peixes está diminuindo consideravelmente em diversos locais do mundo onde é pescada. A população de atum-azul diminuiu 10% em relação a meados do século 20 no Oceano Atlântico e no Mar Mediterrâneo. Na costa da Escandinávia, já foi extinta. Nas fazendas de aquicultura da Europa, caiu 25% em apenas um ano

    – Pesca e pecuária estão interligadas: rações preparadas a partir de peixes representam 37% do total de peixes retirados anualmente dos oceanos; 90% dessa porcentagem são trans-formados em óleo e farinha de peixe. Dessa farinha e óleo, 46% são utilizados como alimento na aquicultura de peixes e outros 46% são destinados para ração da pecuária suína e aviária

    – Das 30 espécies de tubarões pelágicos, que vivem em alto-mar, 11 correm em risco de extinção por causa da pesca que captura ora tubarões inteiros, ora suas barbatanas (nesse caso os tubarões são abandonados à morte depois de mutilados)

    – A pesca profunda com redes de arrasto é capaz de levar embora, junto com os animais “pescáveis”, até 4 toneladas de corais, o que vem contribuindo para a ameaça mundial que os recifes de coral estão sofrendo

    – A pecuária é vista como uma das principais ameaças a 306 de 825 territórios terrestres de atenção ecológica e a 23 dos 35 hotspots de biodiversidade (áreas de alta biodiversidade que vêm sofrendo com altos níveis de degradação e desmatamento).

    – Os pastos e as plantações de alimentos para ração animal – soja e milho – são os maiores vetores de desmatamento na América Latina.

    – Apenas a pecuária extensiva ocupa 27% de todas as terras emersas. A América do Sul, o que inclui óbvia e principalmente o Brasil, é uma das únicas regiões onde os pastos ainda estão se expandindo. Essa expansão é fomentada, entre outros fatores, pelo crescimento da demanda da população por alimentos de origem animal.

    – Entre 1994 e 2004, a área dedicada à plantação de soja mais que dobrou na América Latina, alcançando 39 milhões de hectares. Segundo a FAO/ONU, o principal responsável por essa explosão da sojicultura latino-americana foi o aumento da demanda das criações pecuárias de grande porte no leste asiático, especialmente na China.

    – Um quilo de carne bovina pode requerer até 13 quilos de grãos. Um quilo de carne de cordeiro gasta 21 quilos de grãos. Um quilo de ovos de galinha, por sua vez, demanda o consumo de 11 quilos de grãos.

    – A pecuária extensiva produz mais ou menos 114 quilos (Somando-se a carne vinda de duas meias-carcaças, excluindo-se a gordura) de carne aproveitável por hectare por ano, considerando-se que um boi, que normalmente ocupa um hectare de pasto, é morto com 467 quilos aos 20 meses de vida. Enquanto isso, vegetais em culturas otimizadas rendem quase sempre toneladas por hectare por ano: o trigo pode render 1.900 kg/ha·ano; a soja,2300kg/ha·ano; o milho, 5200 kg/ha·ano.

    – Apenas a pecuária gasta 8% de todo o consumo humano global de água, principalmente para a irrigação de plantações destinadas a alimentar criações animais.

    – Em Botsuana, os animais de criação bebem 23% de toda a água consumida nacionalmente.

    – Produzir um quilo de proteína animal requer até 100 vezes mais água do que um quilo de proteína de grãos, podendo em alguns países e sistemas específicos requerer até absurdos 200 mil litros, considerando-se todo o gasto em irrigação de plantações para alimentação animal e a ingestão de água pelos animais.

    – Um quilo de carne costuma requerer cerca de 20 mil litros de água para ser produzido, enquanto um quilo de arroz ou soja requer cerca de 2 mil litros.

    – Cada litro de leite produzido por uma indústria tradicional de laticínios representa o despejo de um litro de efluentes (resíduos líquidos) despejados na natureza.

    – Em 1998, um surto de infestação de algas matou, por esgotamento do oxigênio aquático, mais de 80% dos peixes que viviam em uma área marítima de 100 quilômetros quadrados no litoral de Hong Kong e redondezas. Foi identificado que as algas se propagaram a partir da poluição orgânica lançada de criações animais de grande porte situadas naquela área do sul da China, as quais confinavam principalmente porcos e galináceos.

    – No mesmo ano, um estudo de 1600 poços localizados próximos a fazendas-fábrica nos Estados Unidos descobriu que 34% daqueles poços estavam contaminados por nitratos, um dos principais poluentes emitidos de resíduos da pecuária, e, dentro dessa quantidade, 10% do total de poços tinham níveis de nitratos acima dos níveis de tolerância para água potável.

    – Em diversos países da Ásia, 25% de toda a área agriculturável sofre contaminação com a descarga de quantidades excessivas de nutrientes, sendo a pecuária um dos principais responsáveis por essa descarga. A pecuária emite cerca de metade do fósforo excessivo que contamina essas terras.

    – A pecuária em 2005 já era responsável direta pela emissão de grande parte de diversos gases poluentes e alimentadores do efeito-estufa: 15% do metano, 17% do óxido nitroso e 44% da amônia globalmente emitidos pelas atividades humanas. Esses 15% de metano correspondia a nada menos que 90 milhões de toneladas anuais.

    – Uma epidemia de gastroenterite ocorreu na cidade de Walkerton, na província canadense de Ontario, em maio de 2000. 1300 casos, incluindo seis mortes, foram contabilizados por ingestão de água contaminada. As autoridades de saúde pública confirmaram como fonte mais evidente o despejo de estrume bovino na água.

    – Pelo menos 50% das emissões brasileiras de gases-estufa vêm sendo causadas pela pecuária.

    – Entre 2003 e 2008, a pecuária foi responsável em média por 75% do desmate na Amazônia e 56% no Cerrado.

    – Em 2008, a emissão total de gases-estufa pela pecuária no Brasil foi equivalente a 813 milhões de toneladas de CO2. Em 2003, ano em que o desmatamento havia sido ainda maior, foi de 1,1 bilhão.

    Depois desses fatos, sequer é preciso dizer muita coisa mais sobre os benefícios do vegetarianismo e do veganismo ao meio ambiente. Não é à toa que um relatório da UNEP de 2010 enfatiza que “uma redução substancial de impactos [ambientais da produção de alimentos] só será possível com uma mudança substancial e mundial na dieta, afastando-se de produtos de origem animal” (tradução livre). (http://consciencia.blog.br/meioambiente#.UjEvxsashcZ)

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