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Cai o número de pessoas que passam fome no mundo; Países em desenvolvimento concentram 98% dos famintos

'mapa' da fome

Pelo menos 925 milhões de pessoas sofrem de fome crônica no mundo, das quais 16% vivem em países em desenvolvimento na África e Ásia. Um estudo divulgado ontem (14) mostra que, pela primeira vez em uma década e meia, caiu o número de pessoas famintas no mundo. Mas o documento alerta que cerca de 19 milhões ainda sofrem de desnutrição grave com risco de morte.

A conclusão é do relatório O Estado da Insegurança Alimentar no Mundo (cuja sigla em inglês é Sofi), divulgado pela Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) e pelo Programa Alimentar Mundial (PAM). O alerta é que a alta dos preços dos alimentos pode impedir avanços no combate à fome no mundo.

Em comparação a 2009, houve uma redução de 9,6% no número de famintos no mundo. No ano passado, havia 1,023 bilhão de pessoas nesse grupo. Apesar da queda, há dados alarmantes, como o fato de a cada seis segundos uma criança morrer no mundo em decorrência de doenças causadas pela desnutrição.

“A fome continua sendo a maior tragédia e escândalo do mundo”, afirmou o diretor-geral da FAO, Jacques Diouf. “Isso é absolutamente inaceitável”, disse ele, alertando que a meta de redução do número de famintos no mundo corre risco em decorrência da alta do preço dos alimentos.

Para a diretora executiva do PAM, Josette Sheeran, a ação dos governos têm sido eficiente, mas isso não significa que é suficiente. “Não é hora de relaxar. Devemos manter o combate à fome no esforço de tentar a estabilidade e a proteção de vidas com dignidade”, disse ela.

A meta, fixada pelos países que integram a Organização das Nações Unidas (ONU), é reduzir em 20% o total de pessoas que passam fome no mundo até 2015. O objetivo é fazer que o número caia de 925 milhões para 400 milhões nos próximos cinco anos.

No ano passado, a FAO lançou uma campanha mundial de combate à fome. A iniciativa conseguiu a adesão de mais de meio milhão de pessoas, que assinaram um documento destinado às autoridades mundiais, apelando para que executem ações efetivas que resolvam o problema da fome. A campanha está no ar no site do organismo.

Países em desenvolvimento concentram 98% dos famintos do mundo, mostra FAO

A fome no mundo está concentrada em 98% dos casos em países em desenvolvimento. Pelos dados da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) e do Programa Alimentar Mundial (PAM), mais de 40% das pessoas subnutridas vivem apenas na Índia e na China. O Brasil foi apontado como um país que avança positivamente no combate à fome, ao executar ações efetivas.

O relatório O Estado da Insegurança Alimentar no Mundo (cuja sigla em inglês é Sofi) informa que dois terços das pessoas desnutridas no mundo estão em Bangladesh, na China, na República Democrática do Congo, na Etiópia, na Índia, na Indonésia e no Paquistão. Dos 925 milhões de famintos, 578 milhões vivem na Ásia e no Pacífico.

Ao contrário do movimento mundial que aponta para redução da fome, na Ásia há uma tendência de crescimento. Comparando os dados de 2009 e 2010 houve um aumento de 30% dos registros de pessoas consideradas famintas nessas regiões. Os especialistas afirmam que depois da Ásia, a região considerada com mais problemas de desnutrição é a África.

A FAO e o PMA informaram que, pela primeira vez, em 15 anos houve uma redução no número de famintos no mundo. No ano passado, havia 1,023 bilhão de pessoas neste grupo, registrando queda de 9,6% no total de pessoas que passam fome. Mas o alerta é mantido, pois a cada seis segundos uma criança morre no mundo em consequência de doenças provocadas pela desnutrição.

A meta, fixada pelos países que integram a Organização das Nações Unidas (ONU), é reduzir em 20% o total de pessoas que passam fome no mundo até 2015. A ideia é diminuir de 925 milhões para 400 milhões nos próximos cinco anos.

Reportagem de Renata Giraldi, da Agência Brasil, publicada pelo EcoDebate, 15/09/2010

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