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Empresas Modernas: Stakeholders Sustentáveis para o Sucesso

 

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Empresas Modernas: Stakeholders Sustentáveis para o Sucesso

Artigo de José Austerliano Rodrigues

[EcoDebate] As empresas modernas sabem que, se não derem atenção aos demais stakeholders ambientais e sociais, incluindo o público em geral, jornalistas e blogueiros, educadores, ativistas ambientais e sociais, entidades governamentais, grupos comunitários, líderes religiosos e até crianças e futuras gerações que sentirão os efeitos das atividades corporativas de hoje nas próximas décadas, jamais obterão lucros suficientes para os investidores (OTTMAN, 2012; KOTLER; KELLER, 2018; RODRIGUES, 2020).

Desta forma, uma empresa pode ter como meta encantar seus clientes, tratar bem seus funcionários e entregar um nível mínimo de satisfação a seus funcionários. Os stakeholders ambientais e sociais não devem se sentir injustiçados quanto ao tratamento que recebem, quando comparados uns aos outros (KAPLAN; NORTON, 1996; OTTMAN, 2012; KOTLER; KELLER, 2018).

Contudo, existem um relacionamento dinâmico que liga os grupos de stakeholders. Uma empresa inteligente criar um alto nível de satisfação para os funcionários, o que leva a um esforço maior, que por sua vez conduz a bens e serviços de melhor qualidade, que resulta em maior satisfação do cliente, que acarreta negócios mais frequentes, que levam a maior taxa de crescimento e lucros responsáveis, que geram alto nível de satisfação dos investidores, que leva a mais investimentos, a assim por diante. Esse é o ciclo virtuoso que gera lucros responsáveis e crescimento (KOTLER; KELLER, 2018; RODRIGUES, 2020).

Assim sendo, ao longo do tempo, os unicos grupos com interesse direto nos produtos de uma empresa ou em suas operações eram investidores, os funcionários, os clientes e consumidores finais, os fornecedores e a imprensa. No entanto, com a maior conscientização sobre o reflexo da industrialização em nosso planeta, a atenção da sociedade tem se voltado para os impactos ambientais e sociais provocado pela indústria e pelo homem, escrevendo novas regras para a realização dos negócios e para a comercialização das marcas. Hoje, existem novos stakeholders ambientais e sociais, como visto acima (OTTMAN, 2012; KOTLER; KELLER, 2018).

Contudo, com possível influência em atividades tão diversas, como a maneira pela qual as empresas obtêm matéria-prima, criam seus produtos e os produzem e promovem, alguns grupos monitoram os poluentes: boicotam, realizam campanhas negativas na imprensa e planejam novas leis como ferramentas de seu arsenal. Outros grupos envolvem as empresas em esforços positivos, e há muito a se ganhar ao colaborar com elas. Representando muitas capacidades e recursos que podem ajudar a resolver problemas ambientais e sociais complexos, diversos grupos de stakeholders conseguem ajudar a melhorar o modo como uma empresa é vista no mundo. Elas podem ajudar a identificar assuntos para abordar e avaliar a satisfação do stakeholder (OTTMAN, 2012).

Todavia, formar parceiras construtivas ou coalizões com diversos stakeholders oferece muitas vantagens, incluindo descobrir maneiras de reduzir custos, melhorar o valor de produtos existentes e criar novos, aumentar a credibilidade de produtos e comunicação mais sustentáveis e melhorar a imagem pública (OTTMAN, 2012; RODRIGUES, 2020).

Assim sendo, para criar progresso sustentável e fazer mais campanhas valiosas de marketing sustentável, os profissionais de marketing sustentável precisam seguir novas regras.

Caracterizadas por transparências e cooperação, essas novas regras pedem o envolvimento de stakeholders em uma discussão franca e sincera.

Também envolvem a necessidade de revelar informações que antes eram muito bem guardadas a respeito dos ingredientes e de como os produtos são feitos e como os trabalhadores são tratados, por isso escute com atenção os stakeholders que têm uma visão ampla do seu setor (OTTMAN, 2012).

José Austerliano Rodrigues. Especialista Sênior em Sustentabilidade de Marketing e Doutor em Marketing Sustentável pela UFRJ, com ênfase em Sustentabilidade e Marketing, com interesse em pesquisa em Marketing Sustentável, Sustentabilidade de Marketing, Responsabilidade Social e Comportamento do Consumidor. E-mail: austerlianorodrigues@bol.com.br.

 

in EcoDebate, ISSN 2446-9394, 08/12/2020

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