EcoDebate

Plataforma de informação, artigos e notícias sobre temas socioambientais

Notícia

Quase 35% das cidades tiveram casos de doenças ligadas ao saneamento

 

Quase 35% das cidades tiveram casos de doenças ligadas ao saneamento

Em 2017, 34,7% dos 5.570 municípios brasileiros relataram casos de endemia ou de epidemia de doenças relacionadas a condições deficientes de saneamento básico.

A dengue foi a doença mais citada, com registro em 1.501 cidades, ou 26,9% do total, seguida da diarreia, com 23,1%. Em terceiro lugar, aparecem as verminoses e a chikungunya, com registro em 17,2% municípios cada, e depois zika, citada por 14,6% das prefeituras. Os dados estão na Pesquisa de Informações Básicas Municipais (Munic) 2017, divulgados ontem (19) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os dados foram levantados de abril a setembro do ano passado e se referem aos 12 meses anteriores à data que o município respondeu ao questionário. A Munic investiga aspectos gerais da gestão pública municipal e quem responde a pesquisa é a prefeitura.

A proporção de municípios que declararam ter sofrido endemias ou epidemias de dengue, zika e chikungunya foi maior nas regiões Nordeste e Norte. No Norte do país, 38,9% dos municípios tiveram casos de dengue, 19,8% de zika e 20,2% de chikungunya. No Nordeste, os índices são de 43,2% com epidemia ou endemia de dengue, 29,6% de zika e 37,3% de chikungunya. A Região Sul tem os menores índices, com 6% das cidades registrando dengue, 1,7% zika e 1,8% chikungunya.

Mosquito da dengue, Aedes aegypti
Mosquito da dengue, Aedes aegypti – Arquivo/Agência Brasil

 

Já a febre amarela teve mais ocorrência no Sudeste, em 5,1% dos municípios da região. Em todo o país, a febre amarela ocorreu em 2,9% dos municípios em 2017.

As endemias são caracterizadas como doenças que aparecem constantemente em determinado local, enquanto as epidemias acometem um grande número de pessoas de uma região em curto espaço de tempo. Dengue, zika e chikungunya são transmitidas pela picada do mosquito Aedes aegypti, que se reproduz em água parada. Já as verminoses e a diarreia têm causas diversas, mas também estão associadas à ingestão ou contato com água e alimentos contaminados.

A gerente da Munic, Vânia Pacheco, alega que essas doenças podem ter outras causas, não necessariamente associadas à falta de saneamento básico.

“Dengue e diarreia foram as duas doenças mais mencionadas pelos municípios. Isso é falta de saneamento? Não necessariamente. Talvez seja falta de aprimorar um pouco mais os cuidados municipais, mas falta de saneamento não dá para dizer que é. Pode ser falta dos serviços que englobam o saneamento de uma maneira geral. Mas a gente tem que prestar atenção também que não é só a gestão pública municipal que tem que fazer o serviço, existe uma parte do cidadão também nessa história toda”, afirma, citando atenção do cidadão para não jogar lixo na rua ou deixar água acumulada.

 

Por Akemi Nitahara, da Agência Brasil, in EcoDebate, ISSN 2446-9394, 20/09/2018

[cite]

 

[CC BY-NC-SA 3.0][ O conteúdo da EcoDebate pode ser copiado, reproduzido e/ou distribuído, desde que seja dado crédito ao autor, à EcoDebate e, se for o caso, à fonte primária da informação ]

Inclusão na lista de distribuição do Boletim Diário da revista eletrônica EcoDebate, ISSN 2446-9394,

Caso queira ser incluído(a) na lista de distribuição de nosso boletim diário, basta enviar um email para newsletter_ecodebate+subscribe@googlegroups.com . O seu e-mail será incluído e você receberá uma mensagem solicitando que confirme a inscrição.

O EcoDebate não pratica SPAM e a exigência de confirmação do e-mail de origem visa evitar que seu e-mail seja incluído indevidamente por terceiros.

Remoção da lista de distribuição do Boletim Diário da revista eletrônica EcoDebate

Para cancelar a sua inscrição neste grupo, envie um e-mail para newsletter_ecodebate+unsubscribe@googlegroups.com ou ecodebate@ecodebate.com.br. O seu e-mail será removido e você receberá uma mensagem confirmando a remoção. Observe que a remoção é automática mas não é instantânea.