Ibama recusa proposta da Samarco e exige novo Plano de Recuperação Ambiental
O Ibama encaminhou ofício nesta quarta-feira (27/01) à mineradora Samarco, responsável pela catástrofe ambiental provocada pelo rompimento de barragem em Mariana (MG), exigindo que a empresa apresente um novo Plano de Recuperação Ambiental da região afetada pelo desastre, com as complementações e atualizações necessárias.
Em 18/01, a Samarco, controlada pela Vale e pela BHP, protocolou na Superintendência do Ibama em Minas Gerais o Plano de Recuperação Ambiental, exigido por meio de notificação.
A equipe técnica responsável pela análise considerou que o levantamento dos impactos e as ações propostas “possuem caráter genérico e superficial, sem considerar o imenso volume de informações produzidas e disponíveis até o momento, além de apresentar pouca fundamentação metodológica e científica”. De acordo com a avaliação, a empresa “minimiza todos os impactos ambientais da ruptura da barragem”.
A Nota Técnica produzida pelos analistas do Ibama ressalta que “a falta de prazos definidos impossibilita qualquer monitoramento das atividades a serem desenvolvidas por parte dos órgãos competentes”.
O prazo para entrega das complementações e atualizações exigidas é 17 de fevereiro.
Leia a Nota Técnica.
Fonte: Ibama
in EcoDebate, 29/01/2016
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Eu li a nota tecnica e pude observar a forma que a empresa coloca os impactos como sendo coisa simples, a CVRD e outras empresas do setor sempre usam esta forma de agir em seus empreendimentos, sejam usinas hidreletricas, exploração de minerio, construção de ferrovias, elas sempre subestimam os danos socio ambientais.
Muito interessante a nota tecnica do ibama, parece estar agindo de forma correta, o grande problema é que acredito que o problema so tomaria o rumo de uma solução(pelo menos nas questoes sociais) porque um rio degradado pode levar ate 100 anos para serecuperar, seria a imediata prisão dos responsaveis administrativos… Conheço bem a regiao atingida e sei que vão demorar decadas para que as populações ribeirinhas, indigenas, consigam viver novamente retirando parte de seu alimento do rio doce e outros rios afetados. Enquanto no Brasil os crimes ambientais forem considerados de menor potencial vamos continar vendo estes assassinatos premeditados acontecer.
Exatamente assim Sonia, minimizar para criar reducionismo…
Abs…
RNaime