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RJ: Blitz da Secretaria do Ambiente dinamita fornos de carvão em Rio Claro, na Região do Médio Paraíba

 

RJ: Blitz da Secretaria do Ambiente dinamita fornos de carvão em Rio Claro, na Região do Médio Paraíba

 

Cinco fornos clandestinos de carvão dinamitados, um jirau para caçadores destruído, farto material de caça apreendido e uma pessoa detida. Este foi o saldo da operação realizada ontem (3/9), no Município de Rio Claro, na Região do Médio Paraíba, para combater crimes ambientais no entorno do Parque Estadual do Cunhambebe.

Promovida pela Coordenadoria de Combate aos Crimes Ambientais (Cicca), da Secretaria de Estado do Ambiente (SEA), com apoio de policiais de Unidade de Polícia Ambiental (Upam) e do Grupamento Aéreo Móvel da Polícia Militar (GAM), a blitz ambiental foi realizada próximo ao local onde foi assassinado o ambientalista espanhol Gonzalo Alonso.

Durante a operação, foram encontrados sete fornos ilegais de carvão e um jirau para caça de pequenos mamíferos e roedores, como tatu, quati e paca. Cinco dos fornos estavam ativos e foram destruídos à dinamite. O jirau também foi destruído.

Cada um dos cinco fornos ativos produzia cerca de 200 quilos de carvão por mês, totalizando uma tonelada de carvão. Para se produzir um quilo de carvão, eram necessários até cinco quilos de madeira nativa, o que contribuía para desmatamentos de Mata Atlântica na região.

Natalino Joaquim, de 75 anos, que participava da operação dos fornos de carvão – e vendia cada saco por R$ 15 –, foi detido e conduzido para a Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente (DPMA), em São Cristóvão, na Zona Norte do Rio. Foram apreendidos com ele uma espingarda, vasta munição, dois trabucos e grande quantidade de materiais para caça.

NOVA UPAM EM PARQUE ESTADUAL

Ao participar da ação, o secretário do Ambiente, Carlos Minc, destacou o trabalho da força tarefa que está reprimindo crimes ambientais no Município de Rio Claro e arredores. Minc aproveitou a blitz para anunciar a instalação de uma Upam no Parque Estadual do Cunhambebe.

“Estamos dando uma pressão em cima dos crimes ambientais que o Gonzalo denunciava. A caça e os fornos de carvão estavam literalmente transformando Mata Atlântica em carvão. Essas operações vão continuar. Vamos inaugurar no início do ano, mais provavelmente em janeiro, a Upam do parque do Cunhambebe, cuja sede será em Rio Claro“, afirmou.

O secretário chamou atenção para a importância de se destruir o esquema de caça e produção ilegal do carvão na região: “Não nos interessa pegar apenas um peão, um membro da gangue. Queremos pegar o circuito da Kombi que levava toda semana cem, duzentos quilos de carvão para serem comercializados. Existe todo um esquema ilegal. É um trabalho de formiguinha, que destrói madeiras nobres e ameaça a extinção da fauna da Mata Atlântica“.

Segundo o coordenador da Cicca, coronel José Maurício Padrone, as ações de combate aos crimes ambientais continuarão sendo promovidas na região por tempo indeterminado:

“Temos um coletânea de crimes ambientais, como a posse ilegal de armas, produção ilegal de carvão, desmatamento e caça. Vamos investigar para onde está indo esse carvão, pegar esse esquema. As pessoas compram de boa fé no supermercado um carvão que vem da Mata Atlântica. O caso vai ser encaminhando para a DPMA, e será aberta uma investigação nas distribuidoras de carvão do estado”, afirmou Padrone.

As operações realizadas na região visam a sufocar os crimes ambientais que eram combatidos pelo biólogo Gonzalo Hernandez, que, segundo a polícia, foi assassinado, em 6 de agosto, por sua luta pela preservação ambiental da região.

 

Informe do Inea, publicado pelo EcoDebate, 04/09/2013


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