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Rio+20 terá ‘aldeia’ para discutir questões indígenas

 

Uma aldeia com pelo menos quatro ocas será montada no Rio de Janeiro para discutir questões ligadas aos indígenas durante a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio+20), marcada na cidade para o final de junho. Segundo o articulador indígena para a conferência, Marcos Terena, o espaço deverá se chamar Kari-oca 2, nome que remete aos moradores da cidade do Rio de Janeiro, os cariocas, e cujo significado original, na língua indígena tupi, é “casa do homem branco”.

Na aldeia haverá duas ocas com redes para abrigar 80 pessoas, uma “oca eletrônica” e uma grande oca com capacidade para 500 pessoas, onde serão feitas as discussões. Terena e um grupo de indígenas estiveram no Rio de Janeiro para definir a área exata onde a aldeia será montada. A ideia é que o espaço ocupe o Autódromo de Jacarepaguá, próximo aos locais onde ocorrerão as conferências oficiais das Nações Unidas.

“É uma iniciativa para abrigar povos indígenas do mundo inteiro aqui no Rio de Janeiro durante a Conferência Rio+20 e para que a gente possa ter um lugar para debater a economia verde e o desenvolvimento sustentável. Ao mesmo tempo vai servir para que a gente possa mostrar a força cultural dos povos indígenas do Brasil. O projeto é uma iniciativa indígena brasileira, que é conectada com os índios da África, das Américas, da Ásia”, afirmou Terena.

Segundo Terena, a montagem da “oca eletrônica” será uma das grandes novidades. “Essa oca, que foi uma sugestão dos índios navajos, dos Estados Unidos, é uma inovação, já que mistura uma oca tipicamente brasileira com conteúdo eletrônico. Ali haverá iniciativas voltadas à tecnologia da informação e também terá o objetivo de fazer a transmissão online da conferência aqui do Rio de Janeiro”, disse.

Na aldeia, haverá ainda profissionais indígenas, como enfermeiros e advogados, para atender os participantes da conferência, caso haja necessidade. Além disso, estão programadas cerimônias espirituais tradicionais, durante todos os dias da Rio+20.

Reportagem de Vitor Abdala, da Agência Brasil, publicada pelo EcoDebate, 15/02/2012

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4 thoughts on “Rio+20 terá ‘aldeia’ para discutir questões indígenas

  • LUIZ ALBERTO RODRIGUE DOURADO

    É uma aldeia global para ser usada como fachada porque os pontos principais relacionados aos indígenas não será abordado como deveria. É para inglês ver e nós nos indignarmos com a tergiversação dos objetivos reais e obrigatórios que deveria pontuar a Reunião. O fiasco está assegurado! Não deram oportunidade às entidas que pontuariam as questões cruciais e vai gastar milhões para dar uma justificativa pública e mundial.

  • ORLANDINO BARÉ

    No nosso país agente não aprende. Em 1992, a “Carioca” não trouxe nada significativo para os índios, e na Eco Oficial, outros discutiam e aprovavam assuntos referente aos indigenas. O índio parecer ser coisa de outro mundo e precisam de outros para decidirem por eles. Vamos acabar com isso, os povos indigenas tem seus representantes natos e suas instituições que pode ser o interlocutor dos mesmos. Eles sabem o que querem e merecem respeito.

  • Ricardo Luiz S Costa

    Taí uma ótima oportunidade para ser aproveitada em apoio à causa indígena no sentido de inserir os problemas indígenas, na agenda ambiental global, tendo em vista a busca das devidas soluções. Tomara que não seja mais um festival de excentricidades, holofotes e tolas vaidades, que venha distorcer ou desviar as atenções do tema principal.

  • Ernandes ribeiro

    É até brincadeira, colocar, temas indígena nesse encontro, já que os atores principais não podem dizer onde doi, millhões gastos, enquanto parentes morrem de tuberculose e fome.

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