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Artigo

Passividade – um tipo de violência, artigo de Américo Canhoto

 

[EcoDebate] O manso e pacífico nada tem de passivo.

O passivo é a vítima predileta do bullying.

Omitir-se quando é possível agir; é um crime contra a evolução.

O passivo é um agressivo interesseiro; mas sem muita coragem; e corre grande risco: ontem vítima; amanhã algoz…

Os predominantemente passivos são chorões por natureza.

Na infância um recurso comum, é o choro com ou sem motivo; quanto mais os adultos se arreliam com a choradeira, mais a criança chora; esse é um mecanismo que seu subconsciente usa para conseguir seus intentos e até para agredir.

Qual a diferença entre a ação consciente e a subconsciente? – Se esta predomina mesmo nos adultos?

Para detectar esse tipo de tendência bullie da criança basta não ser surdo; mas para resolver é preciso usar a inteligência e a criatividade.

Como lidar com esse tipo de criança?

No bebê é preciso checar se tudo está correto (sem dor, fome e se está trocado); daí tape os ouvidos e deixe que se canse. Na criança maior vale usar o discurso: quando você parar de chorar; a gente conversa! – Evite sempre que possível ceder aos desejos dela manifestos com choro ou gritaria – Mas, se tem o hábito de gritar com a criança; na briga entre bullies; ela vai ganhar – que o digam os psiquiatras e os psicólogos.

Dica.

Estudemos a postura e o comportamento das crianças da Geração Nova (elas já nascem meio que vacinadas contra o bullying); boa parte delas tem muita dificuldade em cruzar os braços quando se trata de ajudar, colaborar e até de lutar contra as injustiças; e se, por um motivo qualquer são constrangidas a fazê-lo; sofrem muito e podem até adoecer.

Alerta.
Ser manso e pacífico (os amansadores de bullies) nada têm a ver com ser poltrão nem acomodado.

Usemos as notícias da mídia.

Mesmo que nossos mecanismos de contenção estejam ainda funcionando – frente a uma notícia como a da hora presente – a mulher que espancou um cãozinho até a morte – se não estivermos vigilantes: em pensamento nos tornaremos o policial que prende; o juiz que julga e o carrasco que pune. Situações como essa; servem também para o conhecimento de nós mesmos para definir o EU SOU. Que impulsos brotaram.

Quando isso ocorrer é preciso que não fiquemos tristes com o que nos deparamos em nossa intimidade. Essas reações inadequadas são boas – situação gravíssima; é a dos que continuam passivos frente a isso; com reações do tipo: não é problema meu; não tenho nada a ver com isso – nada fizeram antes para que houvesse discussão e ação sobre o assunto.

O tema me faz lembrar uma crônica que recebi a algum tempo (peço desculpas ao autor; por não citá-lo; apenas porque não sei – colocarei com minhas palavras o que lembro) – mas ela nos remete ao grave problema social que vivemos.

Vamos chamá-la de parábola da rã.

Uma rã foi colocada num enorme tacho de água morna – ela relaxou, curtiu, aproveitou e não quis mais sair. Mas, a água foi esquentando progressivamente e depois de certo tempo começou a ficar muito desconfortável; quase insuportável e ela de tão relaxada e passiva não tinha mais forças para saltar, cair fora dali. E morreu cozida.

Lembra alguma coisa?

Do pessoal?

Do coletivo?

A passividade é matéria prima da agressividade.

Crônicas de hoje correlatas nos blogues.

AGRESSIVO EU? – A MÍDIA COMO FATOR DE SABER QUEM EU SOU

AGRESSIVIDADE COMO REAÇÃO

PASSIVIDADE – UM TIPO DE VIOLÊNCIA

VIOLÊNCIA SUBLIMINAR – LOTERIA DA INDÚSTRIA DA CURA

REVENDO CONCEITOS DE AGRESSIVIDADE E VIOLÊNCIA

Américo Canhoto: Clínico Geral, médico de famílias há 30 anos. Pesquisador de saúde holística. Usa a Homeopatia e os florais de Bach. Escritor de assuntos temáticos: saúde – educação – espiritualidade. Palestrante e condutor de workshops. Coordenador do grupo ecumênico “Mãos estendidas” de SBC. Projeto voltado para o atendimento de pessoas vítimas do estresse crônico portadoras de ansiedade e medo que conduz a: depressão, angústia crônica e pânico

EcoDebate, 19/12/2011

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