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Projetos comunitários, transparência e responsabilidade socioambiental, artigo de Roberto Naime

[EcoDebate] Hoje em dia, são cada vez mais comuns publicações sobre marketing ambiental (Marketing ambiental. Quando cuidar do meio ambiente é um bom negócio. Silvia Zampar, 2009; Marketing ambiental: Ética, responsabilidade social e competitividade nos negócios, Reinaldo Dias, Atlas e Marketing ambiental, Joaquim Caetano, Marta Soares, Rosa Dias, Rui Joaquim e Tiago Robalo Gouveia, Plátano Editora).

O que se entende como marketing ambiental. O marketing ambiental é uma modalidade que visa enfocar as necessidades de consumidores ecologicamente conscientes e contribuir para a criação de uma sociedade mais sustentável.

O trabalho em toda área ambiental, é multidisciplinar por natureza e as relações com a ética e com a política são evidentes.

O Marketing Ambiental serve de elo condutor entre o mercado e os consumidores. Ou seja é uma grande oportunidade das empresas de buscarem uma identificação com o seu consumidor e porque não dizer um elo comum que permitirá a melhor fidelização deste cliente. É uma demonstração explícita de que a preocupação que os consumidores têm com o meio ambiente é também uma preocupação que está patente nos produtos e serviços que consome, ou seja nas empresas responsáveis por estes produtos e serviços.

O marketing ambiental pode ser chamado de marketing verde. Este processo de comunicação e relacionamento com o mercado, parte do princípio que existe um interesse no mercado consumidor em contribuir para a sustentabilidade do planeta e querer demonstrar esta atitude, cristalizando este comportamento em hábitos de consumo que considera engajados com a causa ambiental, por empresas produtoras de produtos e serviços ou empreendimentos que são identificados com a causa ambiental e demonstram este engajamento através de ações.

As empresas têm avançado mais rapidamente que os governos por razões mercadológicas muito simples: tem sido instadas, estimuladas ou até obrigadas a buscar certificações cada vez mais rígidas para manterem, ampliarem ou institucionalizarem seus mercados.

A cadeia gerada pela ação de certificação integrada, certificação de qualidade ou mesmo certificação ambiental tem sido responsável por grandes avanços das empresas e dos empreendimentos no setor ambiental. Premidos por necessidades mercadológicas, empresas e empreendimentos sofrem adequação às exigências ambientais e assumem posições de vanguarda no relacionamento das atividades com o meio ambiente, aqui considerado como o conjunto de relações entre meios físico, biológico e antrópico.

Os governos, premidos por definições pouco claras de prioridades e crises financeiras cíclicas cada vez mais abrangentes, não tem conseguido atender convenientemente as demandas sociais por preservação da qualidade do meio-ambiente.

E demonstram claramente não considerar temas ambientais relevantes e prioritários nas políticas públicas ou nos planos de governo exibidos em campanhas políticas.

Como conseqüência dos avanços sociais cada vez maiores, os balanços que antes incluíam apenas contabilidade social, hoje já especificam itens ambientais específicos dentre as demandas sócio-econômicas.

Cabe destacar a importância cada vez maior da iniciativa GRI (Global Reporting Initiative), que tem feito com que cada vez mais empresas apresentem relatórios de sustentabilidade juntamente com seus balanços contábeis e sociais, adotando os critérios de exposição apresentados pelo site do GRI.

Cada vez mais companhias utilizam os atributos visíveis de sua responsabilidade com o meio social e com o meio-ambiente, na institucionalização de suas posições mercadológicas.

As empresas, companhias, empreendimentos e empreendedores tem adotado cada vez mais práticas de transparência nas suas ações e processos como premissa básica para o relacionamento com a sociedade.

E para poder fazer isto, são necessárias atitudes responsáveis com itens socioambientais para que a comunicação futura não venha a sofrer curtos-circuitos ou inconformidades.

Esta nova postura, cada vez mais disseminada, encampa projetos comunitários de manutenção de áreas verdes e recuperação de áreas degradadas, sob as dimensões físicas, biológicas e sócio-econômicas.

Cada vez mais, os projetos comunitários, a transparência e a responsabilidade social tem significado para as percepções dos mercados de qualquer natureza, uma postura responsável com a utilização racional dos recursos naturais para preservar a vida de todos e as possibilidades de sobrevivência das gerações futuras, dentro do conceito mais clássico de desenvolvimento sustentável.

Dr. Roberto Naime, colunista do EcoDebate, é Doutor em Geologia Ambiental. Integrante do corpo Docente do Mestrado e Doutorado em Qualidade Ambiental da Universidade Feevale.

EcoDebate, 04/08/2011

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