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Manifestação Belo Monte NÃO, em São Paulo, no MASP, 15/2/2011

Manifestação Belo Monte NÃO, em São Paulo, no MASP, 15/2/2011

Batendo o ponto.

Nesta terça-feira, novamente a minoria esmadora de São Paulo foi ao MASP para gritar por Belo Monte.

Infelizmente várias pessoas chegavam a ir para a rua para não pegar o folheto. Mas novamente conseguimos, foram mais 1.000 folhetos distribuidos. Tudo com recursos próprios de pessoas que não são abastadas. Apenas idealistas que estão separando parte de seu atarefado tempo por uma paixão. O amor pela vida.

Novas ações estão sendo planejadas, esperamos não ter que ir ao Xingú para deitarmos na frente das máquinas que irão decretar o fim da nossa floresta. Mas se este dia chegar, a minoria esgadora estará representada no chão da floresta.

* Foto de Carol Helena e texto de Paulo Sanda

EcoDebate, 16/02/2011

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3 thoughts on “Manifestação Belo Monte NÃO, em São Paulo, no MASP, 15/2/2011

  • marcelo batista ferreira

    Acho engraçado , esses que atiram contra Belo Monte, tenho certeza que 99% nem conhecem a região ou desconhecem que a imensa maioria do povo local é a favor do progeto, e que seus danos não estão nem perto do alarde dos ecoterroristas.
    Pior ainda tenho certeza que odeiam apagões ou quedas de energia, será que sabem que com o nosso ritmo de crescimento, em dez anos se não tivermos investimentos pesados na área, sofreremos pela falta de energia?
    será que a hipocrisia e a ignorância falarão mais auto nestas pessoas que o bom censo ?
    será que desconhecem que toda obra , mesmo pelo bem comum causa prejuizo a alguém?
    Porque esses ecoterroristas, não se desfazem de suas casas, seus carros e aparelhos eletroeletronicos e vão viver no meio do mato? ai sim terão meu crédito, mas enquanto a hipocrizia ganha do bom censo , em ver que os prejuizos serão menores que os beneficios, conseguem ter apenas a minha repúdia.
    Será que sabem que a maior parte do nosso restante potêncial hidrico inesplorado está na região norte?

  • Fala-se muito da perda de terras indígenas para construir barragens no rio Xingu, chama-se a atenção principalmente sobre a situação dos Kayapós, para se ter noção o que estes índios perderiam se uma barragem ocupasse uma área de 1300km², área maior do que Hong-Kong ou as ilhas de São Tomé e Principe.

    As reservas já homologadas para os aproximadamente 7100 Kayapós são de 130.383.km², uma área equivalente à Grécia, ou à Nicarágua, ou à Correia do Norte ou Benin, três vezes a área da Dinamarca ou a Holanda.

    Cada família de Kayapós (um casal com um filho) possuem aproximadamente 5500ha ou seja cada família ficaria somente com 5450ha, ou seja não dá para viver.

    Por outro lado os índios Kaigang possuem na reserva de Passo Doble no Rio Grande do Sul 6,6ha/índio, ou em São Paulo a mesma etnia possui uma reserva em Icatu de 2,9ha/índio.

    No Brasil há índios e índios. Existem os índios bonitos da Amazônia que possuam em média 1000ha/índio e os feios das regiões sul e sudeste que possuem no máximo 10ha/índio.

    Estes belos rapazes e moças que estão protestando junto ao MASP, nas fazendas dos seus pais devem ter índios paulistas sendo devidamente explorados cortando cana ou roçando o mato.

    Porque antes de falar sobre os índios latifundiários eles não olham para os índios boiá-fria.

  • Queridos Marcelo e Rogério.

    Agradeço por acompanharem tão interessadamente nossas manifestações e meus modestos artigos.
    Ouvir as pessoas é sempre um exercício de paciência, e o debate é sempre enriquecedor.
    Contudo cabe aos comentários tecidos pelos senhores algumas perguntas.
    O sr. Marcelo afirma que 99% de nós não conhecem a região e desconhecemos que a imensa maioria do população local é a favor do projeto, e que os danos não são os ditos pelos ecoterroristas.
    Pois bem, eu conheço a região, estive lá em vários locais e inclusive já tenho vários meses de floresta amazônica para contar história, tanto na região do PA quanto em MA e também em RO. A sra. Carol, também frequenta a região e tem vários contatos com o povo local.
    Também mantemos conversa com o MXVPS.
    Quanto a sua afirmação que a maioria da população local ser a favor. Por favor, nos indique suas fonte para que também possamos averiguar.
    Em relação aos ecoterroristas, nossas manifestações são perfeitamente pacíficas, não explodimos nem quebramos nada, não causamos nenhum prejuizo ao MASP, nem a av. Paulista, e nem as pessoas que passam. Ao final de cada manifestação, recolhemos tudo que usamos e todo o lixo.
    Quanto aos danos, gastariamos um grande espaço de aqui para discutir ponto a ponto, exercício que se faz necessário para poder fazer negações ou afirmações entre as argumentações de cada parte. Mas para apenas “arranhar” o assunto. Suponho que no projeto Belo Monte está previsto a derrubada e retirada de todo material orgânico destes 516 quilometros quadrados que serão inundados. Pois caso isto não seja feito, temos o exemplo de Balbina que tornou os rios que recebem suas águas, poluidos devido a decomposição dos vegetais afogados em suas águas e com isto os peixes desapareceram(http://www.cepa.if.usp.br/energia/energia1999/Grupo2B/Hidraulica/balbina.htm) mais que 11 termoelétricas a carvão (http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20100129/not_imp503363,0.php).
    Se formos conversar sobre bom senso, podemos novamente usar Balbina, pois ela gera pouca energia e consequentemente muito cara (http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20100129/not_imp503363,0.php).
    Pode ver mais sobre isto em outro artigo meu a leitura crítica do RIMA Belo Monte.
    Em relação ao seu repúdio por nós; não temos a pretensão de obter sua simpatia, apenas levantar o debate sincero.
    E quanto a hipocrisia, veja não se trata disto, somos também “reféns” da cultura do consumismo instalada em nossa sociedade, talvez consigamos nos libertar um pouco mais que você, mas trata-se de um paradigma que precisa de um tratamento dialético.

    Em relação ao sr. Rogério.
    Vou ser mais simples em minha argumentação uma vez que um teólogo não deve discutir números com um engenheiro.
    Mas tanto o teólogo quanto o engenheiro são seres humanos, então vamos a arena comum.
    O que nos fez dono de tudo?
    É válido tomar as coisas a força?
    As nações indígenas estão lá muito antes dos primeiros portugueses chegarem ao Brasil e muito mais antes que qualquer cartório fizesse os registros.
    E se é lícito dizer que alguém tem mais do que precisa, então as invasões de terra também são e inclusive tomar de quem tem para aqueles que tem menos.
    Quanto a nós, desculpe mas não temos fazendas nem pais fazendeiros. E repudiamos a escravidão.

    Obrigado pelas observações e espero contar com os senhores para meus próximos artigos.

Fechado para comentários.