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Artigo

Quem não se aceita não vive, artigo de Américo Canhoto

[Ecodebate] Ainda bem que não são tantos os “narcisos” que se adoram acima de tudo. Que se acham o máximo, e vivem babando em cima de si mesmos. Até os invejados pelas outras pessoas que cobiçam seu estilo de vida; quase sempre estão descontentes com alguma parte do seu corpo ou com alguma coisa.

Estar insatisfeito é muito bom, pois é uma condição básica do progresso, e muito saudável, pois sem essa sensação o mundo seria uma paradeira total.

O problema é com a insatisfação estéril.

Nós nos sentimos insatisfeitos e descontentes; porém ficamos paralisados e não tomamos atitude de mudança. Concentramos o pensamento na insatisfação criando para nós mesmos as correntes e as algemas das idéias fixas, que impedem até a evolução da espécie humana; pois somos seres interdependentes.

A cultura do pensamento mágico contribui para que nosso progresso seja lento e sofrido. Estamos descontentes e até tristes, mas ficamos esperando um golpe de sorte, um milagre na forma de remédios, por exemplo, que nos devolva a paz e o contentamento – pior quando vamos buscar isso na droga, no álcool.

Se nós estamos descontentes e insatisfeitos com alguma coisa, isso é bom desde que arregacemos as mangas e partamos para o trabalho de mudar o que não está nos satisfazendo. Não adianta nada ficar choramingando, ou na revolta contra o que não somos ou o que gostaríamos de ser.

No mundo atual todo cuidado com a insatisfação é pouco, pois: muita gente vive ás custas de inventar objetos dos desejos e modas para tornar os outros mais insatisfeitos. Criam modelos de beleza, e de sucesso que não tem nada a ver com a realidade.

É urgente aprender a separar nossas insatisfações reais daquelas que foram plantadas na nossa cabeça pelas pessoas que comandam a mídia baseada em valores de consumo rápido.

A insatisfação negativa e o descontentamento podem se tornar algo bastante doentio.

Nas pessoas que sofrem de imaturidade psicológica ela pode causar desânimo, depressão, neurastenia, impotência sexual, perda da libido, medo, angústia existencial, e até pânico.

Tudo isso pode ser transferido para o corpo físico gerando doenças e pode até levar á morte. Pior, chegar nessa condição no pós-morte é condenar-se ao inferno da culpa, remorso, idéias fixas.

Fixação mental.
Corremos o risco de levar uma vida inútil ao desperdiçar recursos intelectuais, tempo e esforço quando nos permitimos pensar de forma fixa apenas nas insatisfações. Graves distúrbios psicológicos podem se originar desse tipo de atitude se já houver predisposição.

Idéias fixas e repetitivas criam condições para doenças do tipo, neurose, paranóias, psicoses. Tanto deste lado da vida quanto do outro.

Além disso, Idéias fixas e atitudes repetitivas levam ao isolamento e á solidão. Pois, as pessoas que parecem um disco furado sempre voltando ao mesmo ponto tornam-se muito chatas e logo passam a ser evitadas.

Ninguém suporta uma pessoa que só fala naquilo e volta e meia volta “praquilo”…

As soluções para reciclar a auto-imagem costumam ser simples e baratas:

• Mudar o visual de vez em quando é muito bom.
• Experimente mudar o estilo de suas roupas.
• Arrisque conhecer novas pessoas.
• Crie coragem para arejar as idéias.
• Jogue fora velhos preconceitos.
• Faça uma faxina em seus paradigmas e nas razões para viver.
• Aprender coisas novas pode dar um novo sentido á nossa vida.
• Descobrir a alegria e o prazer de viver está oculto nas coisas mais simples.

Quem não gostar de si mesmo nem se aceitar; chegando do lado de lá vai pirar e parar num hospício chamado Umbral. Não é chute não! – sou um dos felizardos que por opção de aprendizado bate papo toda semana através da mediunidade de amigos com muitos dos caras que já estão do lado de lá – que como cá – uns estão numa pior e outros numa melhor…

Todo juízo em viver é pouco; pois, com está escrito no muro do cemitério Israelita em SP na esquina da Av. Henrique Schaumann: “Nós que aqui estamos vos esperamos”…

Aí que medo de sair daqui sem me compreender, aceitar, gostar de mim.

Américo Canhoto: Clínico Geral, médico de famílias há 30 anos. Pesquisador de saúde holística. Usa a Homeopatia e os florais de Bach. Escritor de assuntos temáticos: saúde – educação – espiritualidade. Palestrante e condutor de workshops. Coordenador do grupo ecumênico “Mãos estendidas” de SBC. Projeto voltado para o atendimento de pessoas vítimas do estresse crônico portadoras de ansiedade e medo que conduz a: depressão, angústia crônica e pânico.

* Colaboração de Américo Canhoto para o EcoDebate, 15/12/2010


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