As mutações éticas da Responsabilidade Social, artigo de Gilberto Barros Lima

[EcoDebate] Buscando dar respostas aos problemas sociais, a Responsabilidade Social (RS) continua em franca ascensão, bem como, vem cumprindo importante influência na marcha dos acontecimentos, alguns fenômenos experimentaram profundas mutações na história, essa pluralidade de eventos ocasionou uma nova visão para implementar a racionalidade global para enfrentar esse período difícil que o mundo vem passando.

Diante de um complexo cenário global, incorporar a RS no mundo corporativo tem sido um dos desafios mais ousados do século 21, o conceito da RS não é apenas mais um modismo globalizado, isto vai além da atitude filantrópica de uma empresa para com a sociedade, a RS obteve um papel indiscutível para o futuro da humanidade associada ao crescimento econômico do mercado mundial, principalmente pela exigência da responsabilidade, transparência, comportamento ético, consideração pelas partes interessadas, legalidade, normas internacionais e pelos direitos humanos.

Apesar de tantos argumentos utópicos relacionados à RS, alguns fenômenos sociais, políticos e econômicos aceleraram uma nova visão de sustentabilidade. No presente momento em que o papel regulador do Estado fraquejou no atendimento aos anseios da sociedade, outros atores sociais assumiram a responsabilidade de preencher essa lacuna e buscam equilibrar as assimetrias geradas pela avassaladora globalização.

A necessidade da coesão social entre o empresariado e a RS é um compromisso permanente e essencial para que a empresa consiga se estabelecer num mercado cada vez mais competitivo, de maneira conjunta a união entre ambas as partes visam à aplicação de uma variável estratégica para essa avaliação diante da sociedade que associou a RS como um fator decisivo no momento de comprar um produto ou qualquer outro serviço.

É inconcebível dissociar a RS, pois em numerosas partes do mundo a RS converteu-se no papel de amenizar inúmeros problemas vivenciados pela humanidade e também integrar a reinserção dessa mesma sociedade, outrora excluída, para que se tornem futuros consumidores das empresas cidadãs e desfrutar uma nova era proposta pela Responsabilidade Social.

Gilberto Barros Lima – especialista em Relações Internacionais (IBES-SC) e professor (ICPG-SC). E-mail: gbarroslima{at}yahoo.com.br

EcoDebate, 13/08/2010

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