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EUA: Zonas mortas oceânicas dobram a cada década, por Henrique Cortez

Expansão das zonas mortas no estado do Oregon, EUA
Expansão das zonas mortas no estado do Oregon, EUA

Milhares de caranguejos mortos em razão da hipoxia, nas zonas mortas do estado do Oregon, EUA
Milhares de caranguejos mortos em razão da hipoxia, nas zonas mortas do estado do Oregon, EUA

[EcoDebate] Oceanos da Terra tem atualmente mais de 400 zonas mortas, áreas com pouco ou nenhum oxigênio, ocupando centenas ou milhares de quilômetros quadrados e praticamente desprovida de vida durante os meses de verão. E o pior, estas áreas estão dobrando de número e área a cada década. Esta é a conclusão de um estudo da National Science Foundation.

O estudo refere-se às zonas mortas oceânicas ao largo dos EUA e, como ocorre em outras regiões do planeta, a maioria das zonas mortas são criadas pela poluição despejada nos oceanos pelos rios.

No caso do Golfo do México, a poluição é causada pelo excesso de nitrogênio, dos intensivos processo de aplicação de fertilizantes na bacia do rio Mississippi, a partir de seus incontáveis rios e córregos afluentes. Este excesso de nitrogênio alcança o Golfo do México, “fertilizando” fitoplâncton, cujo crescimento fora de controle, em vastas áreas, inicia o processo de formação da zona morta.

Quando o fitoplâncton morre e afunda em direção ao solo oceânico inicia o seu processo de decomposição, retirando o oxigênio da água. Esta condição, chamada de hipoxia, impede que os animais que dependem do oxigênio, como peixes ou camarões, possam sobreviver nestas águas com pouco oxigênio.

Nos últimos anos, esta chamada “zona morta” do Golfo do México cresceu cerca de 20.000 quilômetros quadrados a cada verão.

Outra situação, segundo o relatório, informa que, em todos verões, desde 2002, as águas costeiras do noroeste do Pacífico – uma das áreas de pesca mais importantes dos Estados Unidos, sofre com um crescimento maciço de zonas mortas, não apenas pela poluição das águas, como também por mudanças na circulação oceânica e atmosférica, que por sua vez, são causadas pelas mudanças climáticas.

Para acessar o relatório, da National Science Foundation, clique aqui.

Por Henrique Cortez, do EcoDebate, 14/10/2009

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