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Mato Grosso registra mais de 12 mil casos e 22 mortes por dengue este ano

O estado de Mato Grosso registra, este ano, 22 mortes por causa da dengue. Entre as vítimas, nove pessoas eram de Cuiabá e quatro do município de Várzea Grande, hoje as cidades mais afetadas pelo problema.

De acordo com boletim divulgado pela Secretaria de Estado de Saúde, mais de 12 mil casos de dengue clássica foram registrados em Mato Grosso. A dengue clássica é aquela em que o paciente apresenta sintomas como febre, dores no corpo e dor de cabeça, mas a doença não evolui para a gravidade.

Já os casos graves de dengue geralmente são caracterizados por hemorragias e podem levar o paciente à morte. E são justamente os casos graves que mais preocupam o governo e a população do estado, já que 650 mato-grossenses estão hoje nesse estágio da doença.

Segundo dados do Ministério da Saúde, de janeiro a novembro do ano passado, o estado de Mato Grosso registrava 8 casos graves da dengue e duas mortes, números bem menores do que os de 2009.

A superintendente de Vigilância em Saúde da Secretaria de Estado de Saúde do Mato Grosso, Conceição Vila, afirma que ainda não é possível detectar o que tem contribuído para o aumento do número de casos graves. Ela diz que as atividades de controle e prevenção foram intensificadas desde outubro de 2008, com o treinamento de supervisores de campo, médicos e enfermeiros.

“Intensificamos desde janeiro as atividades na mídia para divulgação, o estado de Mato Grosso vem dando incentivo financeiro principalmente para Cuiabá e Várzea Grande para que eles aumentem a capacidade de atendimento na assistência, com contratação de mais médicos, contratação de mais leitos; continuamos com distribuição de equipamentos, cedemos os nossos carros para fazer o fumacê e estamos colaborando na limpeza urbana e estabelecendo parcerias com a Defesa Civil, com o Exército, para o controle desta epidemia que a gente vem enfrentando desde o início do ano.”

A superintendente em Saúde acrescenta que a luta contra a dengue é responsabilidade de todos e diz que a população pode ajudar no combate ao mosquito transmissor.

“A população precisa colaborar no sentido de olhar o seu quintal, ao redor da sua casa, seu ambiente de trabalho, que sejam recolhidos todos os possíveis criadouros de mosquito, porque ele deposita o seu ovo e, quando chove, esse ovo eclode e aí nasce o mosquito que vai se infectar e contaminar a população. Qualquer tampinha de garrafa, qualquer copinho descartável, acúmulo de lixo, tudo o que seja um potencial criadouro do mosquito precisa ser eliminado.”

Ao detectar algum dos sintomas da doença, a pessoa deve procurar a unidade básica de saúde mais próxima de sua residência e não tomar remédios sem orientação médica.

Matéria de Juliana Maya, da Rádio Nacional.

[EcoDebate, 08/05/2009]

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