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5o Fórum Mundial da Água: Banco Mundial diz que a crise pode retardar avanço da água potável

copo d'água

A crise financeira global pode retardar em pelo menos uma década o desenvolvimento do abastecimento de água no mundo, porque faltarão investimentos e cada vez mais gente se verá sem condições de pagar as contas de água, alertou o Banco Mundial na terça-feira.

Com a redução das verbas, pode ser retomado um círculo vicioso de serviços ruins, alta inadimplência e poucos investimentos, disse Jamal Saghir, diretor de Energia, Água e Transporte do Banco Mundial. Matéria da Agência Reuters.

Falando no Fórum Mundial da Água, em Istambul, ele disse que as empresas de abastecimento hídrico do mundo todo têm de melhorar sua eficiência de modo a convencer os governos que vale a pena investir nesse serviço.

Enquanto isso, novos empreendimentos devem ser cancelados, e os projetos atuais de infra-estrutura hídrica podem sofrer pressões de custos, disse ele.

Mais de 20 mil ambientalistas, cientistas e especialistas em água e ajuda humanitária estão no fórum discutindo questões relativas a água, mudança climática e desenvolvimento com ministros de cerca de 120 países.

A conferência foi criticada por alguns grupos de ativistas por não salientar suficientemente o fato de que a água potável é um direito humano básico.

Uma das chamadas Metas de Desenvolvimento do Milênio, instituídas pela ONU no começo da década, é reduzir pela metade até 2015 a proporção de pessoas sem acesso à água potável. Atualmente, há cerca de 1 bilhão de pessoas sem acesso à água, e 2,6 bilhões sem saneamento básico.

Angel Gurria, secretário-geral da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômicos (OCDE), disse à conferência que os governos devem rever o financiamento dado aos serviços hídricos – normalmente um misto de tarifas dos usuários, arrecadação fiscal e, em alguns países, subsídios.

Ele afirmou que, caso a crise dificulte a obtenção de crédito, os países devem buscar formas de adotar gradualmente sistemas mais baseados nas tarifas, que também protegeriam os menos capazes de pagar.

Em um relatório divulgado na conferência, a OCDE disse que a crise financeira representa uma oportunidade de tornar a infraestrutura hídrica mais eficiente, o que naturalmente atrairia mais investimentos.

* Matéria da Agência Reuters, no UOL Notícias, 17/03/2009 – 16h58.

[EcoDebate, 18/03/2009]

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