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Zonas-mortas oceânicas se espalham pelo planeta

Zonas-mortas, em imagem do World Resources Institute
Zonas-mortas, em imagem do World Resources Institute

[Por Henrique Cortez, do EcoDebate] O número e extensão das zonas-mortas nas regiões costeiras, ao redor do planeta, crescem rapidamente e, aparentemente, sem tendência de reversão. É o que concluíram pesquisadores do Virginia Institute of Marine Science e da University of Gothenburg, publicado na revista online Science.

Já existem mais de 400 zonas-mortas marinhas, com baixos níveis de oxigênio diluído na água (hipoxia), com grande redução de espécies marinhas. De acordo com os pesquisadores, o número de zonas-mortas dobra a cada década, desde 196.

O excesso de nutrientes, nitrogênio e fósforo, originados das práticas agrícolas contaminam os rios e lagos, chegando às zonas costeiras e, freqüentemente, levam a proliferação de algas nocivas e a criação de áreas com baixo teor de oxigênio.

As zonas-mortas reduzem os estoques pesqueiros nas zonas costeiras e desequilibram a cadeia alimentar, reduzindo as chances de sobrevivência de diversas espécies, inclusive de alto mar.

No início do século passado só havia quatro zonas mortas, número que passou para 49 em meados de década de 1960, 87 na de 1970, 162 na de 1980 e 301 ao final da década de 1990. Em 2008 o número era estimado em 405 zonas-mortas.

As zonas-mortas são uma das principais causas de estress primário nos ecossistemas marinhos, ao lado da sobrepesca e da perda de habitats.

O artigo “Spreading Dead Zones and Consequences for Marine Ecosystems” apenas está disponível para leitores da revista Science. Abaixo transcrevemos o abstract:

Spreading Dead Zones and Consequences for Marine Ecosystems

Robert J. Diaz1* and Rutger Rosenberg2

Dead zones in the coastal oceans have spread exponentially since the 1960s and have serious consequences for ecosystem functioning. The formation of dead zones has been exacerbated by the increase in primary production and consequent worldwide coastal eutrophication fueled by riverine runoff of fertilizers and the burning of fossil fuels. Enhanced primary production results in an accumulation of particulate organic matter, which encourages microbial activity and the consumption of dissolved oxygen in bottom waters. Dead zones have now been reported from more than 400 systems, affecting a total area of more than 245,000 square kilometers, and are probably a key stressor on marine ecosystems.

1 Virginia Institute of Marine Science, College of William and Mary, Gloucester Point, VA 23062, USA.
2 Department of Marine Ecology, University of Gothenburg, Kristineberg 566, 450 34 Fiskebcckskil, Sweden.

* To whom correspondence should be addressed. E-mail: diaz{at}vims.edu

[EcoDebate, 12/03/2009, com informações de Krister Svahn, Faculty of Science, University of Gothenburg]

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