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FATMA informa: Canasvieiras tem muito esgoto na praia! artigo de Ana Echevenguá

[EcoDebate] O último boletim de balneabilidade produzido pela FATMA-SC (órgão estadual fiscalizador e licenciador) comprovou o que os freqüentadores de Canasvieiras, no norte de Florianópolis-SC, já sabiam: tem esgoto na praia.

(Eu já  coloquei vários vídeos no youtube mostrando esta fétida e insalubre situação in http://www.youtube.com/user/ANAECHEVENGUA).

As análises de água comprovaram que o número de coliformes fecais estava acima de 2.000 por 100 ml em todos os pontos monitorados regularmente.

A culpa é de quem?

Claro que ninguém vai falar que é da CASAN, a empresa que é paga para coletar e tratar nosso esgoto. (E que não cumpre suas obrigações!)

Aliás, um dos diretores da CASAN, em uma vistoria realizada em Canasvieiras, por força de inquérito civil instaurado pelo Ministério Público Estadual, disse que a nossa poluição é fictícia!!!

Buenas, seu diretor, a FATMA já comprovou que a poluição é real. Mas a culpa – mais uma vez – é da chuva. Ou seja: “As chuvas fortes verificadas no Estado comprometeram a balneabilidade principalmente nos pontos monitorados em Florianópolis”.

(http://www.fatma.sc.gov.br/)

A coisa tá feia! Tá fedida! A FATMA alega que orienta os “banhistas a manterem uma postura de precaução em virtude das fortes chuvas ocorridas, evitando principalmente os locais que apresentem águas paradas, estagnadas ou nos pontos de chegada de rios, valas ou tubulões, principalmente em locais densamente povoados…”.

Orienta”? De que forma? Quando? Onde? Nem as placas indicando que os pontos monitorados são impróprios para banho estão na praia.

Claro que isso não é notícia de jornal, pra não espantar o turista. Mas o coitado fica sabendo da forma mais dolorosa: com vômito, mal-estar e diarréia.

Aí, quando não dá mais pra esconder, os jornais falam de “virose típica de verão”. A gerência de Vigilância Epidemiológica confirmou que isso está ocorrendo em toda a cidade: “De dezembro do ano passado até ontem (27 de janeiro de 2011), foram 3,9 mil atendimentos de casos de virose gastrointestinal nos postos da Secretaria Municipal”.

(http://www.clicrbs.com.br/diariocatarinense/jsp/default2.jsp?uf=2&local=18&source=a3190143.xml&template=3898.dwt&edition=16383&section=213)

Trata-se de um caso de saúde pública em que a Administração Pública já deveria ter decretado a interdição da praia.

Mas, isso prejudicaria os interesses econômicos de muita gente que – de forma consciente – está matando a “galinha dos ovos de ouro”!

Ana Echevenguá, advogada ambientalista, presidente do Instituto Eco&Ação e da Academia Livre das Águas, e-mail: ana@ecoeacao.com.br, website: http://www.ecoeacao.com.br.

EcoDebate, 03/02/2011

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