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Fabricar um smartphone gera 80 quilos de CO2

 

Fabricar um smartphone gera 80 quilos de CO2, artigo de Vivaldo José Breternitz

Atualmente menos de 15% dos smartphones são reciclados e a maioria deles acaba em aterros sanitários

A Swappie é uma empresa fundada na Finlândia em 2016, que funciona como uma plataforma para compra e venda de smartphones recondicionados.

Segundo a empresa, mais de um milhão de negócios já foram feitos por seu intermédio; a Swappie seria fruto de um golpe sofrido por um de seus fundadores, que comprou um smartphone usado pela internet e não recebeu o aparelho.

Agora, a empresa faz da segurança e da redução do impacto ambiental seus principais argumentos de venda, dizendo que o processo de fabricação de um smartphone gera 80 quilos de CO2 e mais dois quilos são produzidos nas fases de embalagem e transporte dos mesmos – assim, evitando o descarte dos equipamentos antigos, haveria uma redução na emissão de poluentes, o que até certo ponto é verdade – esse é um dos princípios da economia circular.

Atualmente menos de 15% dos smartphones são reciclados e a maioria deles acaba em aterros sanitários.

Segundo a empresa, 80% dos componentes de um smartphone são recicláveis, com 98% dos materiais utilizados podendo ser reaproveitados, inclusive ouro, cobre, cobalto e estanho e que quase 24 mil toneladas de CO2 deixaram de ser lançadas na atmosfera em função de suas operações.

A Swappie diz também que a pegada de carbono de um smartphone recondicionado é 78% inferior à de um smartphone novo; a empresa teria chegado a essas conclusões a partir da análise dos relatórios ambientais de fabricantes, como Apple, Samsung e outros.

Evidentemente, há interesse da Swappie na divulgação desses números, mas em um momento em que as pessoas trocam de smartphones como forma de exibição de status, fomentar o aumento da vida útil dos mesmos, inclusive pelo fomento do processo de venda de equipamentos de segunda mão, é uma boa ideia.

(*) Vivaldo José Breternitz, Doutor em Ciências pela Universidade de São Paulo, é professor da FATEC SP, consultor e diretor do Fórum Brasileiro de Internet das Coisas – vjnitz@gmail.com.

 

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in EcoDebate, ISSN 2446-9394

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