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Em 2018, desastres deslocaram 17,2 milhões de pessoas; 90% fugiram por causa de questões e riscos relacionados ao clima

 

ONU: desastres forçam mais pessoas de suas casas que conflitos e violência

Vítimas de desastres naturais na província de Rumonge, no Burundi (28 de novembro de 2018)
Vítimas de desastres naturais na província de Rumonge, no Burundi (28 de novembro de 2018). Foto: Ocha Burundi / Ana Maria Pereira

 

ONU News

Segundo Escritório das Nações Unidas para Redução do Risco de Desastres, em 2018, desastres deslocaram 17,2 milhões de pessoas; 90% fugiram por causa de questões e riscos relacionados ao clima.

Eventos climáticos extremos, como inundações, tempestades, incêndios florestais e ondas de calor estão forçando milhões de pessoas a saírem de suas casas, a cada ano

O Escritório das Nações Unidas para Redução do Risco de Desastres informa que à medida que a mudança climática se intensifica, eventos climáticos extremos, como inundações, tempestades, incêndios florestais e ondas de calor estão forçando milhões de pessoas a saírem de suas casas, a cada ano.

Desastres

Ao todo, ao longo de 2018, foram registrados 1,6 mil eventos de desastres, mas o número real é muito maior. Segundo o Escritório da ONU, a maioria dos desastres não é documentada.

Pequenos e localizados, eles são amplamente ignorados pela mídia, atingindo áreas remotas e inacessíveis, onde as comunidades são deixadas a se defender com pouco ou nenhum apoio do governo.

Deslocamento

O Escritório explica que o deslocamento por desastres geralmente é temporário. As pessoas podem voltar para casa relativamente rápido após uma evacuação. Mas os chamados “mega desastres”, como terremotos e tsunamis, podem levar milhões a deslocamentos prolongados.

A maioria se refugia com famílias ou em residências alugadas, em vez de abrigos ou acampamentos comunitários. Dos 1,5 milhão de pessoas deslocadas pelo terremoto de 2010 no Haiti, 38 mil ainda moravam em abrigos temporários oito anos depois.

Mudanças climáticas

De acordo com a ONU, o deslocamento por desastres geralmente é resultado de uma infinidade de fatores interconectados. Entre estes, mudanças climáticas e degradação ambiental impulsionadas por crescimento econômico insustentável e práticas de desenvolvimento precárias.

Também podem surgir conflitos sobre a água, a terra e outros recursos naturais, levando as pessoas a migrar.

A ONU alerta que sem ações concretas de clima e desenvolvimento, pouco mais de 143 milhões de pessoas na África Subsaariana, Sul da Ásia e América Latina, poderem ser forçadas a migrar em seus próprios países para escapar dos impactos das mudanças climáticas.

ODSs

Mais de 80% de todos os novos deslocamentos de desastres nos últimos 20 anos, ocorreram na Ásia-Pacífico.

O Escritório da ONU cita o tufão Haiyan, que atingiu o centro das Filipinas em 2013. Foi a pior tempestade registrada na história do país, deixando mais de 1 milhão de casas danificadas ou destruídas.

Os impactos econômicos de cuidar e abrigar os desabrigados, juntamente com a perda de renda das pessoas, totalizaram US$ 816 milhões nos seis meses seguintes ao desastre.

Dados

A ONU enfatiza que o deslocamento por desastres representa um dos desafios humanitários e de desenvolvimento mais significativos do século XXI. Lidar com suas causas e impactos é complexo, mas ter dados confiáveis é uma parte essencial da solução.

A colaboração entre os Estados no compartilhamento de tecnologias e inovação deve acompanhar os investimentos numa coleta melhor de dados que mapeie riscos, perdas e tendências. Isso ajudará a reduzir a carga humana e econômica que define o deslocamento de desastres.

 

Da ONU News, in EcoDebate, ISSN 2446-9394, 04/02/2020

[cite]

 

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