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Músicas de amor à terra, artigo de Montserrat Martins

 

artigo de opinião

 

[EcoDebate] Se “o amor é azulzinho”, como disse o Djavan, deve ter sido no mar da sua Maceió a inspiração para a música “Azul”. Já pro Vinícius de Morais foi em Itapuã, em Salvador, porque “é bom falar de amor em Itapuã”. Mas também em Ipanema, até em filmes americanos já ouvi tocar Girl from Ipanema.

Roberto Carlos, o mais geográfico dos nossos músicos, pretendia seduzir “nas curvas da estrada de Santos”, o que é um péssimo exemplo, ainda mais confessando depois que “entrei na Rua Augusta a 120 por hora”. Não foi isso o que lhe ensinaram no “Meu pequeno Cachoeiro”, a cidade onde nasceu, no Espírito Santo.

Quem quiser saber quem sou, grita junto comigo, viva o Rio Grande do Sul, cantou o Teixeirinha. Só deixo o meu Cariri no último pau-de-arara, cantou o Luiz Gonzaga e depois o Fagner e o Zé Ramalho. Carmem Miranda provocou: “O que é que a baiana tem?”.

Gilberto Gil contou que “toda menina baiana tem um jeito que Deus dá”, que Daniela Mercury e Ivete Sangalo também gravaram.Tonico e Tinoco, e depois Renato Teixeira, cantaram o hino Ah Minas Gerais, quem te conhece não esquece jamais. O carioca André Filho fez o hino Cidade Maravilhosa, cheia de encantos mil.

Mais generoso foi Caetano, cantando a terra dos outros. A beleza psicológica de “Sampa” é a confissão do baiano de que ao chegar em São Paulo “não vi o meu rosto, chamei de mau gosto, o que vi, é que Narciso acha feio o que não é espelho”. Enfim, ele se rende à “dura poesia concreta de tuas esquinas, a deselegância discreta de tuas meninas”. Até que “alguma coisa acontece no meu coração, que só quando cruza a Ipiranga e a Avenida São João”.

Luiz Gonzaga fez a síntese perfeita na mais bela música que canta nosso país inteiro, “minha vida é andar por esse país, pra ver se um dia descanso feliz, guardando recordações, das terras onde passei e dos amigos que lá deixei”.

E Beto Guedes nos lembrou da Terra, que nos alimenta com seus frutos, mas que está em risco: “Terra, és o mais bonito dos planetas, tão te maltratando por dinheiro, tu que és a nave nossa irmã”. E nos conclama, porque “vamos precisar de todo mundo, pra livrar do mundo a opressão”. Conscientes que “para construir a vida nova, vamos precisar de muito amor”.

 

Montserrat Martins, Colunista do Portal EcoDebate, é médico psiquiatra, bacharel em Ciências Jurídicas e Sociais e ex-presidente do IGS – Instituto Gaúcho da Sustentabilidade

 

in EcoDebate, ISSN 2446-9394, 04/12/2017

[cite]

 

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One thought on “Músicas de amor à terra, artigo de Montserrat Martins

  • Muito bom gostei da criatividade

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