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IBGE mapeia águas superficiais e subterrâneas do Nordeste

 

IBGE mapeia águas superficiais e subterrâneas do Nordeste

Para ajudar a preservação e o gerenciamento dos recursos hídricos do Nordeste brasileiro, o IBGE disponibiliza hoje, 16 de dezembro de 2013, o Mapa de Hidroquímica dos Mananciais Subterrâneos da Região Nordeste do Brasil, o Mapa de Hidroquímica dos Mananciais Superfíciaisda Região Nordeste do Brasil e o Mapa Hidrogeológico da Região Nordeste do Brasil.

Os três mapas, na escala de 1:2.500.000 (1cm = 25km), serão disponibilizados no formato “pdf”. Eles podem ser acessados pelo link ftp://geoftp.ibge.gov.br/mapas_tematicos/recursos_hidricos/regionais. Está programada, para o primeiro semestre de 2014, a disponibilização dos arquivos “shapes” no site do IBGE, bem como os geoserviços na INDE (Infraestrutura Nacional de Dados Espaciais) .

Os nove estados do Nordeste ocupam 1.554.257 km², dos quais cerca de 970.000 km² correspondem ao Polígono das Secas, onde predominam condições climáticas semiáridas, muitas vezes calamitosas, com repetidos danos à agricultura e à pecuária, desencadeando graves problemas sociais e econômicos.

As informações apresentadas nos três mapas trazem detalhes sobre os aquíferos e sobre a qualidade química das águas subterrâneas e superficiais desta região – a mais carente de recursos hídricos do país –, oferecendo subsídios para o planejamento de ações e, sobretudo, para o uso racional dos recursos hídricos.

Como resultam de um processo dinâmico, os mapas podem ser periodicamente atualizados, à medida em que novas informações forem incorporadas ao banco de dados do IBGE.

Mapa de Hidroquímica dos Mananciais Subterrâneos da Região Nordeste do Brasil

O Mapa de Hidroquímica dos Mananciais Subterrâneos da Região Nordeste do Brasil foi elaborado a partir das informações de 10.478 análises físico-químicas – todas procedentes de poços tubulares – e delimita domínios quimicamente homogêneos com relação à potabilidade, aos fácies químicos e à adequabilidade das águas para uso na irrigação.

Na América do Sul, o escoamento subterrâneo contribui com cerca de 36% da vazão total das águas. Na maior parte do território brasileiro, existem aquíferos com balanço hídrico positivo e com grande recarga.

A baixa capacidade de produção de água subterrânea no Nordeste, principalmente no Semiárido, é decorrência da falta de chuvas, da alta evapotranspiração potencial e da baixa capacidade de armazenamento do substrato cristalino, bastante presente no subsolo da região.

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Mapa de Hidroquímica dos Mananciais Superficiais da Região Nordeste do Brasil

O Mapa de Hidroquímica dos Mananciais Superficiais reúne um acervo de 843 análises físico-químicas de rios, córregos e açudes, e cartografa regiões hidrográficas com afinidades químicas. Todo este acervo foi reunido em banco de dados que classificam as águas segundo critérios de potabilidade, tipos químicos e uso na irrigação.

A conjugação dos temas em mapas individuais torna-se possível mediante a utilização de cores (tipos químicos), hachuras (classes de potabilidade) e símbolos (classes de irrigação), que permitem ao usuário uma visão global das características químicas das águas subterrâneas e superficiais desta região.

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Mapa Hidrogeológico da Região Nordeste do Brasil

O Mapa Hidrogeológico da Região Nordeste representa cartograficamente um conjunto de unidades geológicas com características hidrogeológicas similares. Esta seleção é fundamentada, principalmente, na litologia (análise da rocha que forma o solo), mas fatores estruturais, tectônicos, dimensionais, fisiográficos, estratigráficos, a recarga e circulação dos aquíferos, características físico-químicas das águas subterrâneas e suas condições de explotabilidade também foram considerados.

As províncias e domínios hidrogeológicos são definidos a partir dos valores de vazão (m³/h) e vazão específica (l/s/m), extraídos dos dados construtivos dos mais de 54 mil poços tubulares perfurados nesta região que serviram de base para este levantamento.

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Fonte: IBGE

EcoDebate, 18/12/2013


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One thought on “IBGE mapeia águas superficiais e subterrâneas do Nordeste

  • José do Patrocínio Tomaz Albuquerque

    Pela forma como é noticiada, parece que o IBGE é o pioneiro no mapeamento hidrogeológico (quantitativo e qualitativo) da região Nordeste do Brasil. Não é! Isso foi feito,pela primeira vez, pela Divisão de Hidrogeologia da SUDENE, entre as décadas de 1960 e 1970 do Século passado, constituindo o denominado “Inventário Hidrogeológico Básico do Nordeste”, concebido pelo nosso saudoso colega Aldo da Cunha Rebouças. E foi executado na Escala !:500.00, isto é, 5 vezes maior que o do IBGE. Consequentemente, há ali muito mais informações (ao menos, históricas, porém ainda válidas, de vez que, a hidrogeologia continua a mesma, apesar de algumas variações em termos de qualidade fisioquímica e biológica) que no caso em apreço. Adicionalmente, chamo a atenção para o fato de que a definição de Províncias e de Domínios Hidrogeológicos com base em vazão e vazão específica de poços deve ser vista com reservas, em razão de, quase nunca, os caracteres construtivos de poços e os testes de vazão dos mesmos serem conduzido dentro dos padrões técnicos exigidos pela ciência hidrogeológica. Mais que poços, são as reservas denominadas renováveis (que alimentam rios e escoam ao Oceano Atlântico) que caracterizam o potencial e disponibilidade hidrogeológicos de aquíferos para o atendimento de demandas socioeconômicas de ambientais.

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