Pesquisa mapeia hábitos no ‘horário nobre’ da internet

Conhecer qual o perfil de quem está online nos principais horários da internet e, principalmente, o que cada um pensa foi o desafio da pesquisa “Horário Nobre da internet no Brasil”. O estudo fez um levantamento sobre os horários de maior acesso à internet no país e o que estavam fazendo as pessoas conectadas.

A pesquisa constatou que, durante a semana, o horário nobre da internet é entre 7 e 10 da noite, quando os usuários chegam em casa após escola e trabalho. Nos fins de semana, o acesso se estende pela tarde e noite, das 2 da tarde às 10 da noite. Descobriu-se também que quem é mais jovem acessa internet mais pela tarde/noite, enquanto o público na faixa dos 40 e 50 acessa no horário matutino. A pesquisa foi elaborada pelas empresas Hi-Midia e M.Sense, voltadas para estudos do meio digital. Para compor os dados, foram ouvidas 1.265 pessoas em todo país de 15 a 22 de junho.

Para Bruno Maletta, responsável pela investigação, saber os horários e hábitos transforma os usuários de internet em potenciais consumidores. “Dados como esses ajudam a ajustar essa mira. Trabalhar com segmentação – demográfica, comportamental, por assunto, horário ou outra qualquer variável – favorece a otimização dos investimentos, fazendo com que as empresas tenham maior retorno em suas campanhas de marketing”, diz.

Maletta ressalta ainda que, em se tratando de mídias digitais, não basta ter o produto certo, mas tem que também estar no lugar certo e no momento certo. “O que o usuário quer ver quando está nas redes sociais falando com seus amigos pode ser diferente do que ele está disposto a ver, clicar e interagir quando está relaxado lendo sobre um assunto de seu interesse”, explica.

O resultado do estudo também mostrou que os brasileiros estão utilizando cada vez mais smartphones e tablets. Do total de entrevistados, 35% disseram realizar atividades rápidas, como ler e-mails, acessar redes sociais e ler notícias, em diversos horários ao longo do dia, durante a semana. Para Maletta, o novo consumidor moderno vai acessar diferentes mídias em momentos distintos e, em cada um deles, esperar coisas diferentes.

“A penetração de internet móvel no final de 2012 será de 18% da população. Em 2016 será de 45%. O impacto é uma fragmentação ainda maior da atenção do consumidor e mais uma mídia relevante para as marcas. O cenário fica cada vez mais complexo, já que não existe uma migração de mídias e sim um somatório. É mais um espaço que não vai substituir um já existente”, afirma.

Por Romulo Augusto Orlandini, da ComCiência – Revista Eletrônica de Jornalismo Científic0 – SBPC/Labjor, publicada pelo EcoDebate, 18/12/2012

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