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Paes pede apoio federal para internação compulsória de usuários de crack; ministro da Saúde diz que medida é bem-vinda

 

Em reunião ontem (25) com o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, tentou angariar o apoio do governo federal para ampliar a rede de atendimento a usuários de crack na capital fluminense

 

Em reunião ontem (25) com o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, tentou angariar o apoio do governo federal para ampliar a rede de atendimento a usuários de crack na capital fluminense. O plano do prefeito prevê a implantação da internação compulsória de dependentes químicos adultos, medida que vem gerando polêmica, além da abertura de leitos, unidades de atendimento e consultórios de ruas. O ministro posicionou-se favorável às medidas.

Após o encontro, Paes lembrou que a internação compulsória já é feita, no Rio, em casos de crianças e adolescentes usuários de drogas e avaliou que a estratégia tem sido bem-sucedida. A ideia, segundo ele, é estender a medida para adultos dependentes químicos. “Tive do ministro [Alexandre Padilha] a resposta positiva de que, para todas as dificuldades que estamos identificando, o ministério vai estar junto com o financiamento, ajudando a pagar essa conta”, ressaltou.

De acordo com o prefeito, o próximo passo é definir os critérios para a ampliação da internação compulsória. Segundo ele, técnicos do ministério devem ajudar na elaboração de uma espécie de protocolo de atendimento a ser seguido pelos profissionais de saúde nesses casos.

“Estamos tratando de um tema que diz respeito aos indivíduos, dramas pessoais, problemas pessoais e, claro, que exige sempre uma complexidade muito grande. Não estamos aqui prometendo, dizendo como resolver todos os problemas”, argumentou. “A boa notícia que recebemos hoje é que não há limite. O ministro se colocou inteiramente à disposição para todas essas unidades que a prefeitura quiser abrir”, completou.

O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, confirmou o apoio às propostas apresentadas por Paes. Ele voltou a se referir ao crack como uma epidemia no Brasil, lembrando que houve aumento do número de usuários e regiões acometidas. A imagem de que o crack é um problema só de moradores de rua, segundo o ministro, não retrata mais a realidade.

“O ministério vê com muita felicidade, mais uma vez, a postura do prefeito Eduardo Paes em querer montar na cidade do Rio de Janeiro uma rede de tipos de atendimentos para situações muito diferentes que levam a pessoa à dependência química.”

Padilha destacou que o apoio à implantação e ampliação de redes de atendimento a usuários de crack está disponível para todos os estados e municípios. Dados da pasta indicam que, atualmente, 14 unidades federativas apresentaram propostas dentro do Programa Crack, É Possível Vencer.

“Essa sinalização do prefeito Eduardo Paes, o ministério recebe como uma preocupação e apoiamos essa preocupação de que as pessoas que estão sob risco de vida devem ser cuidadas em um lugar adequado, internadas, para saírem desse risco de vida. Do ponto de vista da saúde, chamamos isso de internação involuntária. Há uma lei federal que apoia essa proposta”, concluiu o ministro.

Reportagem de Paula Laboissière, da Agência Brasil, publicada pelo EcoDebate, 26/10/2012

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