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Artigo

Apresentação de Indicadores de Prestação de Contas da Responsabilidade Social, artigo de Roberto Naime

 

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[EcoDebate] APRESENTAÇÃO DE INDICADORES DE PRESTAÇÃO DE CONTAS (ACCOUNTABILITY) DA RESPONSABILIDADE SOCIOAMBIENTAL DAS ORGANIZAÇÕES SEGUNDO O GLOBAL REPORTING INITIATIVE

Para uma melhor aceitação de um produto em nível internacional, é necessária, além da qualidade material, uma atitude de responsabilidade socioambiental da empresa para atender à crescente consciência social e ecológica dos consumidores, que poderá ser a construção de modelo de gestão empresarial voltado para o atendimento dos interesses dos acionistas e também das partes interessadas.

Segundo Srour (2000, p. 41) “As decisões empresariais não são inócuas, anódinas ou isentas: carregam um enorme poder de irradiação pelos efeitos que provocam”.

As organizações têm privilegiado, através das Demonstrações Financeiras, informar os usuários com interesses no capital investido e no retorno sobre esse capital, ou seja, a prestação de contas que tem o foco praticamente exclusivo no capital.

Com a crescente necessidade de transparência, cada vez mais exigida pela sociedade e pelas partes interessadas (“stakeholders”) das empresas de todos os setores para com a sociedade, a prestação de contas passa a ter um papel fundamental na geração de informações na dimensão socioambiental.

A contabilidade sempre esteve presente no desenvolvimento econômico mundial, sendo, inclusive, considerada como “linguagem internacional dos negócios”, contribuindo através do processamento, armazenamento e demonstrativos, para o planejamento e a tomada de decisões e servindo de base para o controle, análise e avaliação.

Com uma visão que contempla o passado, o presente e o futuro, atende sempre aos mais diversos usuários e prima pela prosperidade da organização empresarial. A Contabilidade ambiental é uma parte da contabilidade tradicional com objetivos adequados em função das suas peculiaridades, assim podemos defini-la como “[..] identificar, mensurar e esclarecer os eventos e transações econômico-financeiros que estejam relacionados com a proteção, preservação e recuperação ambiental, ocorridos em um determinado período, visando a evidenciação da situação patrimonial de uma entidade” (RIBEIRO, 2005, p. 45).

A adoção da realização de um demonstrativo denominado balanço de responsabilidade sócio ambiental com os padrões de indicadores do “Global Reporting Initiative” (GRI) tem sido uma tendência universal nas empresas e instituições. A Universidade Feevale recentemente lançou balanço de iniciativas socioambientais adotando os indicadores do GRI. A adoção do balanço e deste indicadores sempre é uma ação voluntária de empresas e organizações.

O GRI é uma agência criada pela Organização das Nações Unidas (ONU) com sede em Amsterdam e que busca reunir todas as metodologias consensuais sobre o tema e propor o uso de indicadores alicerçados nas atividades e práticas que as empresas e organizações mundiais tem adotado.

Estas iniciativas de sistematização são cada vez mais importantes na medida em que a sociedade e as partes interessadas se tornam atores cada vez mais relevantes nos processos de demonstração das iniciativas de responsabilidade socioambientais que devem estar evidenciadas em balanços ou demonstrativos que possam tornar a decisão dos investidores bem fundamentada.

Existem investidores, particularmente institucionais, como fundos de pensão ou fundos de investimentos em inovação que consideram cada vez mais relevante a análise dos indicadores socioambientais na definição e determinação dos alvos que deverão receber aportes institucionais.

Para os investidores secundários de bolsas de valores, empresas ou outros fundos institucionais, tem se tornado uma necessidade de gestão a justificativa de que os investimentos tem seguido parâmetros socioambientais rigorosamente calculados e indicados segundo metodologias aceitas por agências internacionais chanceladas até mesmo pela Organização das Nações Unidas (ONU).

SROUR, R. H. Ética Empresarial. Rio de Janeiro: Campus, 2000
RIBEIRO, M. S. Contabilidade Ambiental. São Paulo: Saraiva, 2005.

Dr. Roberto Naime, Colunista do Portal EcoDebate, é Doutor em Geologia Ambiental. Integrante do corpo Docente do Mestrado e Doutorado em Qualidade Ambiental da Universidade Feevale.

EcoDebate, 20/09/2012

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