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MPF e Polícia Federal deflagram operação para coibir garimpo ilegal na Terra Indígena Yanomami

 

Garimpo ilegal desativado pelo Ibama. Foto de arquivo
Garimpo ilegal desativado pelo Ibama. Foto de arquivo

Até agora foram cumpridos 26 mandados de prisão e cinco aeronaves apreendidas

O Ministério Público Federal em Roraima e a Polícia Federal deflagaram a operação Xawara com o objetivo de reprimir o garimpo ilegal na Terra Indígena Yanomami. Foram expedidos 33 mandados de prisão, dos quais 26 foram cumpridos até o final da tarde de hoje. Além das prisões, foram expedidos 10 mandados de apreensão de aeronaves, dos quais 5 foram cumpridos além da apreensão de 5 quilos de ouro, R$ 200 mil em dinheiro, armas e veículos.

A investigação teve início em outubro de 2011 e no decorrer das investigações foram identificados cinco grupos criminosos que atuam para manter o garimpo ilegal na Terra Indígena Yanomami, formados por aviadores, empresários ligados ao ramo de joalheria e proprietários de balsas e motores para extração de ouro.

Conforme o MPF/RR e a PF vários aviões são utilizados para a realização dos fretes para os garimpos com o fim de levar pessoas, maquinário, alimentação, mercúrio, munição. Além disso dentre as pessoas envolvidas, existem algumas que foram condenadas e investigadas pela prática de crimes de tráfico de drogas, genocídio, homicídio, contrabando, garimpo ilegal, formação de quadrilha, corrupção passiva e ativa e etc.

De acordo com o procurador da República Rodrigo Timoteo da Costa e Silva, neste ano a Terra Yanomami está completando 20 anos de homologada e vem sendo aviltada por garimpeiros. “Lembramos dos massacres ocorridos contra indígenas em terra yanomami. Nós do MPF e a Polícia Federal entendemos por bem, cessar a prática do garimpo ilegal que ocorre com os financiadores do ouro” afirmou.

Ainda conforme o procurador, essa reivindicação dos índios é antiga e constantemente noticiada pela mídia. “Conseguimos identificar essa organização criminosa e além disso, nós estamos combatendo essa logística que permite a produção de ouro na ponta e a receptação dele na capital Boa Vista” concluiu.

Fonte: Procuradoria da República em Roraima

Nota do EcoDebate: sobre o mesmo tema leiam, também, a entrevista “SOS Yanomami: ‘Todo o Povo Yanomami está contra a mineração’. Entrevista com Davi Kopenawa
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EcoDebate, 16/07/2012

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