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Notícia

Novas informações dos órgãos federais sobre sobre vazamento de óleo na Bacia de Campos

 

Continuam os trabalhos do Grupo de Acompanhamento, formado por integrantes da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e da Marinha do Brasil (MB), criado para fiscalizar as medidas que vem sendo tomadas pela Chevron Brasil Petróleo Ltda. para conter o vazamento de óleo, no Campo de Frade, na Bacia de Campos, no litoral do Rio de Janeiro e mitigar as suas consequências.

Desde o início do incidente, são realizados sobrevoos regulares em aeronaves da Marinha com técnicos do Ibama e da ANP para acompanhamento da situação. Além disso, equipes da ANP e da Marinha permanecem embarcadas na plataforma e no navio responsável pelas filmagens submarinas. Um Navio Patrulha continua na área acompanhando as ações em andamento. No sobrevoo realizado ontem (21/11) pelo helicóptero da Marinha, com técnicos do IBAMA, foi verificada nova diminuição da mancha, que continua se afastando do litoral. A partir da observação visual, estima-se que ela esteja com 6 km de extensão e cerca 2 km2 de área. No dia 18, a mancha era de cerca de 12 km2.

O Plano de Emergência Individual de cada instalação licenciada para exploração e produção de petróleo prioriza, como ação mitigadora ao dano ambiental, em cumprimento as normas do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conana), o recolhimento de todo o óleo vazado no mar. Também são aplicadas, em situações como a deste incidente, a dispersão mecânica com embarcações e jatos d’água.

A partir da análise das últimas imagens submarinas captadas pelo ROV (sigla em inglês para veículo operado remotamente), recolhidas pela ANP, além de dados e informações coletados no interior do poço, verifica-se que a fonte primária do vazamento está controlada. A exsudação está diminuindo, sendo observado apenas um ponto com pequeno fluxo, como se pode verificar no link http://bit.ly/uxfybl.

Os trabalhos de cimentação definitiva do poço estão em andamento, sob supervisão de técnicos da ANP que se encontram embarcados na plataforma SEDCO 706. Como o vazamento ocorreu a grande profundidade, é importante ressaltar que o óleo leva tempo considerável para chegar do fundo do mar até a superfície. Assim, outras manchas que aflorem na superfície não representam, necessariamente, um novo vazamento.

A ANP emitiu ontem dois autos de infração contra a Chevron Brasil Petróleo Ltda. O primeiro, às 13h, por não cumprimento do Plano de Abandono do Poço apresentado pela própria empresa à Agencia. O segundo, às 16h, pela adulteração de informações sobre o monitoramento do fundo do mar. Os valores das multas serão definidos ao final do processo administrativo.

O Ibama já multou a empresa ontem, às 14h, em R$50 milhões de reais, com base na Lei do Óleo (Lei nº 9.966/2000), em virtude do vazamento ocorrido. As três instituições instauraram processos administrativos, no âmbito de suas competências, para investigação do incidente e aplicação de outras medidas cabíveis, de acordo com a legislação em vigor.

Ibama,Rio de Janeiro, 22 de novembro de 2011

EcoDebate, 23/11/2011

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