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Deixe de ser infantil e volte logo a ser criança, artigo de Américo Canhoto

[EcoDebate] Cuidado: Envelhecer não significa necessariamente tornar-se uma pessoa mais madura. Alguns seres humanos se assemelham a determinadas frutas: apodrecem sem amadurecer.

Observe como a maior parte dos adultos tem atitudes infantis, pouco maduras, egoístas e sem muita responsabilidade. Preste atenção que os verá fazendo birra. Vigie, que você vai se surpreender agindo como criança birrenta quando as coisas não correm conforme desejava.

Qual seria o motivo ou os motivos que nos impedem de amadurecer psicologicamente? (amadurecer não é envelhecer uma coisa é diferente da outra).

Antes é preciso entender o que seja a tal da maturidade?

Será que um dia estaremos totalmente maduros?

O jeito mais fácil de entender a maturidade é enxergá-la como um caminho a ser percorrido e não uma meta. Provavelmente nunca estaremos totalmente maduros.

Quando temos certeza de que não somos nem menos do que imaginávamos nem mais do que pensávamos ser. Quando percebemos com clareza que não somos nem melhores nem piores do que os outros. Que somos apenas nós mesmos, desse ponto em diante começamos a amadurecer.

Como não se transformar num adulto em que predominam as atitudes infantis?

O primeiro passo, é não acreditar totalmente nas crenças da maioria; vão tentar nos passar o conceito: para atingir maturidade é preciso ralar na vida, apanhar bastante, errar muito para aprender e coisa e tal.

Não é totalmente mentira nem absolutamente verdade; com essa fala; não percebemos; mas quando repetimos esses conceitos estamos apenas justificando a falta de qualidade nas nossas escolhas.

Parece algo difícil de ser atingido a tal da maturidade; mas não é – e até assusta de tão fácil.

Um dos primeiros passos, é ficar “ligado”; vigiar muito, para assumir todas as conseqüências das escolhas que fizermos e das atitudes que tomarmos. Isso, chama-se responsabilidade.

Não há desenvolvimento da maturidade sem o paralelo desenvolvimento do senso de responsabilidade.

Primeiro sobre nós mesmos: organismo, vida e existência. E depois sobre o corpo, a qualidade de vida do próximo e a sanidade do meio ambiente.

Não assumir, desculpar-se, culpar os outros, jogar nas costas do destino, da sorte, do azar; eis aí o maior foco da doença chamada criancice malcriada; pois nessa condição abusamos da mentira, justificativas e da falta de honestidade para com nós mesmos.

“Entra por um ouvido e sai pelo outro…”

Uma das mais belas e necessárias qualidades infantis é a audição seletiva. As palavras e a informação entram por um ouvido e saem pelo outro; registra-se apenas o que interessa.

Na vida contemporânea é tanta informação, tanto diz que diz, tantas verdades e conceitos a serem adotados; que a cada dia que passa é necessário que cada um resgate a criança íntima que mora dentro de nós. Nosso lado criança, que só ouve o que realmente interessa; passa a assumir um papel dos mais importantes na atualidade.

Até pouco tempo corríamos feito desesperados atrás da informação, hoje ela nos atropela.

Não deixe de assumir a responsabilidade pelas conseqüências de suas escolhas e atos.

Mas: Ria mais, divirta-se mais, brinque mais, encante-se com a vida – sua criança interior agradece.

Namastê.

Américo Canhoto: Clínico Geral, médico de famílias há 30 anos. Pesquisador de saúde holística. Usa a Homeopatia e os florais de Bach. Escritor de assuntos temáticos: saúde – educação – espiritualidade. Palestrante e condutor de workshops. Coordenador do grupo ecumênico “Mãos estendidas” de SBC. Projeto voltado para o atendimento de pessoas vítimas do estresse crônico portadoras de ansiedade e medo que conduz a: depressão, angústia crônica e pânico.

* Colaboração de Américo Canhoto para o EcoDebate, 28/04/2011

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Alexa

One thought on “Deixe de ser infantil e volte logo a ser criança, artigo de Américo Canhoto

  • Marisa A. de Fihueiredo Seda Rezende

    Bom dia Dr. Américo!
    Que bom começar o dia lendo uma mensagem positiva e realista como a sua, mesmo que fujamos em algum momento em nossos devaneios
    Ainda há pouco eu estava terminando um texto sobre as perdas das crianças durante o seu desenvolvimento e pensei que nós adultos, nos iludimos imaginando que nossa mãe, ao longe, deixa a própria pele e vem nos reabastecer emocionalmente. É a nossa “criança” pedindo sua rede de proteção!
    Apesar de constrangida com meu próprio pensamento, me deixei levar por ele e percebi uma sensação de segurança e encantamento ao ser enlaçada por aquela rede feita com fios tão sedosos.
    O sr. disse tudo: Como é bom buscar nossa criança!
    Atenciosamente,
    Marisa

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