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Impactos Ambientais causados pela expansão urbana na perspectiva da Educação Ambiental, artigo de Marco Aurélio da Silva e Aristéia Mariane Kayser

IMPACTOS AMBIENTAIS CAUSADOS PELA EXPANSÃO URBANA NA PERSPECTIVA DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL
SILVA, M. A1, KAYSER, A.M2

RESUMO

Muito já foi feito para reeducar a sociedade na perspectiva da temática educação ambiental. Mas, sabemos, que um fator para esta falta de conscientização é o crescimento urbano populacional de forma desenfreada sem políticas públicas de conservação e prevenção do meio ambiente, conseqüentemente do solo regional. A sociedade vive uma crise ambiental jamais vista pelo fato que esta mesma sociedade propõe medidas paliativas de inibição ao crime contra o ecossistema. Mas a mesma sociedade precursora desta destruição ambiental, em busca de um prazer instantâneo. Buscamos refletir questões ambientais dentro do paradigma da educação brasileira Uma vez que a responsabilidade de preservar o ecossistema do planeta é responsabilidade do sujeito, seja ele educador ou educando, pois ao contrário estamos fadados a destruição.

Palavra Chave: Impactos Ambientais, Educação Ambiental, Mudanças Climáticas

ABSTRACT

Much has been done to educate the society from the perspective of environmental education theme. But we know that one factor for this lack of awareness is the growing urban population without rampant conservation policies and prevention of the environment, therefore the regional soil. Society lives an environmental crisis ever seen by the fact that this society proposes mitigation measures inhibition of the crime against the ecosystem. But the same society precursor of environmental destruction in search of an instant gratification. We seek to reflect environmental issues within the paradigm of education in Brazil Since the responsibility for preserving the ecosystem of the planet is the responsibility of the subject, be it teacher or student, because unlike we are doomed to destruction.

Key words: Environmental Impacts, Environmental Education, Climate Change

1. INTRODUÇÃO:

O artigo 225 da Constituição Federal Brasileira de 1988, da Lei da Política Nacional do Meio Ambiente (Lei Federal 6.938/81) diz:

todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para às presentes e futuras gerações.”

REFLITAMOS A CARTA: Do Cacique Seattle, da tribo Suquamish, do Estado de Washington, enviou esta carta ao presidente dos Estados Unidos (Francis Pierce) no ano 1855, depois de o Governo haver dado a entender que pretendia comprar o território ocupado por aqueles índios. Faz mais de um século e meio. Mas o desabafo do cacique tem uma incrível atualidade. A carta:

“O grande chefe de Washington mandou dizer que quer comprar a nossa terra. O grande chefe assegurou-nos também da sua amizade e benevolência. Isto é gentil de sua parte, pois sabemos que ele não necessita da nossa amizade. Nós vamos pensar na sua oferta, pois sabemos que se não o fizermos, o homem branco virá com armas e tomará a nossa terra. O grande chefe de Washington pode acreditar no que o chefe Seattle diz com a mesma certeza com que nossos irmãos brancos podem confiar na mudança das estações do ano. Minha palavra é como as estrelas, elas não empalidecem. Como pode-se comprar ou vender o céu, o calor da terra? Tal idéia é estranha. Nós não somos donos da pureza do ar ou do brilho da água. Como pode então comprá-los de nós? Decidimos apenas sobre as coisas do nosso tempo. Toda esta terra é sagrada para o meu povo. Cada folha reluzente, todas as praias de areia, cada véu de neblina nas florestas escuras, cada clareira e todos os insetos a zumbir são sagrados nas tradições e na crença do meu povo. Sabemos que o homem branco não compreende o nosso modo de viver. Para ele um torrão de terra é igual ao outro. Porque ele é um estranho, que vem de noite e rouba da terra tudo quanto necessita. A terra não é sua irmã, nem sua amiga, e depois de exaurí-la ele vai embora. Deixa para trás o túmulo de seu pai sem remorsos. Rouba a terra de seus filhos, nada respeita. Esquece os antepassados e os direitos dos filhos. Sua ganância empobrece a terra e deixa atrás de si os desertos. Suas cidades são um tormento para os olhos do homem vermelho, mas talvez seja assim por ser o homem vermelho um selvagem que nada compreende. Não se pode encontrar paz nas cidades do homem branco. Nem lugar onde se possa ouvir o desabrochar da folhagem na primavera ou o zunir das asas dos insetos. Talvez por ser um selvagem que nada entende, o barulho das cidades é terrível para os meus ouvidos. E que espécie de vida é aquela em que o homem não pode ouvir a voz do corvo noturno ou a conversa dos sapos no brejo à noite? Um índio prefere o suave sussurro do vento sobre o espelho d’água e o próprio cheiro do vento, purificado pela chuva do meio-dia e com aroma de pinho. O ar é precioso para o homem vermelho, porque todos os seres vivos respiram o mesmo ar, animais, árvores, homens. Não parece que o homem branco se importe com o ar que respira. Como um moribundo, ele é insensível ao mau cheiro.Se eu me decidir a aceitar, imporei uma condição: o homem branco deve tratar os animais como se fossem seus irmãos. Sou um selvagem e não compreendo que possa ser de outra forma. Vi milhares de bisões apodrecendo nas pradarias abandonados pelo homem branco que os abatia a tiros disparados do trem. Sou um selvagem e não compreendo como um fumegante cavalo de ferro possa ser mais valioso que um bisão, que nós, peles vermelhas matamos apenas para sustentar a nossa própria vida. O que é o homem sem os animais? Se todos os animais acabassem os homens morreriam de solidão espiritual, porque tudo quanto acontece aos animais pode também afetar os homens. Tudo quanto fere a terra, fere também os filhos da terra. Os nossos filhos viram os pais humilhados na derrota. Os nossos guerreiros sucumbem sob o peso da vergonha. E depois da derrota passam o tempo em ócio e envenenam seu corpo com alimentos adocicados e bebidas ardentes. Não tem grande importância onde passaremos os nossos últimos dias. Eles não são muitos. Mais algumas horas ou até mesmo alguns invernos e nenhum dos filhos das grandes tribos que viveram nestas terras ou que tem vagueado em pequenos bandos pelos bosques, sobrará para chorar, sobre os túmulos, um povo que um dia foi tão poderoso e cheio de confiança como o nosso. De uma coisa sabemos, que o homem branco talvez venha a um dia descobrir: o nosso Deus é o mesmo Deus. Julga, talvez, que pode ser dono Dele da mesma maneira como deseja possuir a nossa terra. Mas não pode. Ele é Deus de todos. E quer bem da mesma maneira ao homem vermelho como ao branco. A terra é amada por Ele. Causar dano à terra é demonstrar desprezo pelo Criador. O homem branco também vai desaparecer, talvez mais depressa do que as outras raças. Continua sujando a sua própria cama e há de morrer, uma noite, sufocado nos seus próprios dejetos. Depois de abatido o último bisão e domados todos os cavalos selvagens, quando as matas misteriosas federem à gente, quando as colinas escarpadas se encherem de fios que falam, onde ficarão então os sertões? Terão acabado. E as águias? Terão ido embora. Restará dar adeus à andorinha da torre e à caça; o fim da vida e o começo pela luta pela sobrevivência. Talvez compreendêssemos com que sonha o homem branco se soubéssemos quais as esperanças transmite a seus filhos nas longas noites de inverno, quais visões do futuro oferecem para que possam ser formados os desejos do dia de amanhã. Mas nós somos selvagens. Os sonhos do homem branco são ocultos para nós. E por serem ocultos temos que escolher o nosso próprio caminho. Se consentirmos na venda é para garantir as reservas que nos prometeste. Lá talvez possamos viver os nossos últimos dias como desejamos. Depois que o último homem vermelho tiver partido e a sua lembrança não passar da sombra de uma nuvem a pairar acima das pradarias, a alma do meu povo continuará a viver nestas florestas e praias, porque nós as amamos como um recém-nascido ama o bater do coração de sua mãe. Se te vendermos a nossa terra, ama-a como nós a amávamos. Protege-a como nós a protegíamos. Nunca esqueça como era a terra quando dela tomou posse. E com toda a sua força, o seu poder, e todo o seu coração, conserva-a para os seus filhos, e ama-a como Deus nos ama a todos. Uma coisa sabemos: o nosso Deus é o mesmo Deus. Esta terra é querida por Ele. Nem mesmo o homem branco pode evitar o nosso destino comum. (Cacique Seattle, 1855).

Desde o século XIX, já era percebido mudanças climáticas, a nível global causadas por ações humanas e pela evolução industrial. Ao decorrer dos anos é constatado o aumento da temperatura por meio da emissão de gases de efeito estufa (GEE), segundo pesquisadores seriam prejudiciais a atmosfera e ao seu ecossistema, causando alguns impactos ambientais como também a agressão da saúde humana. Hoje as Mudanças Climáticas e os Impactos Ambientais são temas amplamente discutidos por todas as comunidades internacionais, por acreditarem saem ser tratar de temas fundamentais para uma mudança de mentalidade consumista, globalizada sem nenhuma responsabilidade social para com o ecossistema. Já sabemos que o planeta Terra pede socorro! Pois, não agüenta mais com a emissão de gases de efeito estufa, queimada de matas, desmatamento, o aquecimento global, ou seja, tudo com finalidade de destruição do ecossistema. Porém, grande parte da população como de empresas irresponsáveis e algumas mídias insistem em não dar a devida importância às mudanças climáticas ocorridas nos últimos séculos. Apesar de já existir políticas internacionais, com diretrizes que visam instalar uma comissão e uma política de redução de poluentes ambientais percebe-se ainda é pouco o que tem sido feito contra as agressões ao meio ambiente. Verifica-se OMS/ECO-92, convenção sobre mudanças climáticas.

Cientistas de 120 países, pertencentes ao Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC). Começaram a se preocuparem efetivamente com os acontecimentos recentes como o furacão Katrina, que destruiu grande parte de Nova Orleans; ainda a onda de calor na Europa quando foi registrado mais de 35 mil mortes, o Catarina, que atingiu o sul do Brasil, e outros tantos acontecimentos climáticas em escala global. Portanto; é constatado que não são fatos isolados exclusivos de países pobres.

A grande questão hoje é: como nos relacionar com as tecnologias industriais sem agredir o meio ambiente? Quais seriam as políticas sociais desenvolvidas pela sociedade sobre a conscientização educacional referente ao ecossistema e meio ambiente local? Quais seriam as políticas adotadas para redução do efeito estufa por países de primeiro mundo?

Quais são as contribuições da sociedade brasileira referente as mudanças climáticas e seus impactos? Os políticos brasileiros têm desenvolvido políticas eficazes para o combate das mudanças climáticas visando a saúde o bem estar da sociedade?

A intenção não é ter um consenso entre indústrias, sociedade, setor público, referente a agressão ambiental, mas sim levantar questionamentos pertinentes a contribuição, dada por cada setor no combate, da agressão ambiental, no combate do efeito estufa. Temos sim o objetivo em avaliar, todo o cenário de mudanças climáticas e ambientais em escala global, mas principalmente suas incertezas para o Brasil. No mais! Temos a intenção te tentar identificar recursos que podem ser desenvolvidos e utilizados como forma de diagnóstico, e intervenção sobre as interferências humanas no processo natural do planeta Terra.

Segundo pesquisa do “IBGE 2000” é precário e existem poucos Aterros Sanitários e os lixões em todo Brasil. Ainda alertam que de forma geral são depósitos de resíduos altamente contamináveis para o solo, e podem trazer muitos prejuízos para a saúde pública. Não nos esqueçamos da recente tragédia ocorrida no Estado do Rio de Janeiro “2010”. Portanto antes mesmo fomentar a constituição de um fórum nacional, ou amplas discussões referentes às mudanças climáticas ocorridas no Brasil, devemos sim, nos preocupar com o básico, com as comunidades de base e com a educação da sociedade, pois é verificável que todo problema esta na produção di lixo familiar, ou seja, precisamos investir significativamente na educação ambiental, na educação do sujeito, conscientizando-o da sua participação e co-responsabilidade com o ecossistema.

1.1 O clima e seus ciclos

Muitas variações climáticas são fenômenos naturais. Porém a outra grande maioria destas variações climáticas são fatos produzidos pela ação e interferência humana. Muitas destas ações ocorrem quando o sujeito joga uma sacola de lixo na rua entupindo o bueiro, quando o sujeito joga uma lata de cerveja em um terreno baldio, quando a queimadas, não programas que atingem o meio ambiente, quando há despejo de lixo industrial em um rio, ou lago ou até mesmo no litoral brasileiro. “A preservação do meio ambiente é essencial para a qualidade de vida. Não se pode falar em qualidade de vida humana sem uma adequada conservação do ambiente”. (PRADO, 2001, P.25) Portanto chega-se a uma pré-conclusão que para combater estes vícios deveríamos trabalhar efetivamente a educação ambiental, seja a nível acadêmico, no âmbito social, público ou ainda no setor privado.

A questão é devemos como desenvolver uma política eficaz que conscientiza a sociedade da sua responsabilidade para o meio ambiente. Acredito que não devemos ficar buscando dados em fenômenos ocorridos, mas devemos implantar diretrizes educacionais capazes de mudar o hábito da sociedade perante o meio ambiente. Segundo as orientações do Programa para o Meio Ambiente das Nações Unidas (UNEP), o clima do planeta estará comprometido no próximo século, conseqüentemente a o futuro da humanidade, pois o bem estar da humanidade depende fundamentalmente do desenvolvimento sócio-econômico que este intimamente ligado ao desenvolvimento ambiental e seus possíveis impactos.

1.2 A Convenção do Clima: Porque que não é um sucesso?

O homem, ao mesmo tempo, é criatura e criador do meio ambiente (Conferência Estocolmo – 1972)

No Brasil existe a lei 6.938, regulamentada pelo decreto 99.274, de 6 de junho de 1990, institui também o Sistema Nacional do Meio Ambiente (SISNAMA), constituído por órgãos e entidades da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos municípios e pelas fundações instituídas pelo poder público, responsáveis pela proteção e melhoria da qualidade ambiental, conforme a seguinte estrutura:

____Órgão superior: conselho de governo

____Órgão consultivo e deliberativo: Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA)

____Órgão central: Ministério do Meio Ambiental (MMA)

____Órgão executor: Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA)

____Órgãos seccionais: órgãos ou entidades estaduais responsáveis pela execução de programas, projetos e pelo controle e fiscalização de atividades capazes de provocar a degradação ambiental;

____Órgãos locais: órgãos ou entidades municipais, responsáveis pelo controle e pela fiscalização dessas atividades, nas suas respectivas jurisdições.

Princípio da Intervenção Estatal Obrigatória na Defesa do Meio Ambiente, Esse princípio está inscrito no item 17 da Declaração de Estocolmo de 1972 e no art. 227, caput, da Constituição Federal(24) e decorre da natureza indisponível do meio ambiente, acima referida.

Princípio da Participação Popular na Proteção do Meio Ambiente, 10 da Declaração do Rio sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento de 92.

Princípio da Garantia do Desenvolvimento Econômico e Social Ecologicamente Sustentado, Conferência das Nações Unidas de 1992.

Princípio da Função Social e Ambiental da Propriedade A função social da propriedade foi reconhecida expressamente pela Constituição de 1988, nos arts. 5º, inc. XXIII, 170, inc. III e 186, inc. II. Código Florestal (Lei Federal 4.771/65).

Princípio do Respeito à Identidade, Cultura e Interesses das Comunidades Tradicionais e Grupos Formadores da Sociedade Esse Princípio decorre de previsão expressa no item 22 da Declaração do Rio de 1992 sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento e no art. 216 da Constituição Federal.

Ainda encontramos a nível mundial a Convenção do Clima (UNFCCC), assinada por mais de 150 países durante a Conferência Rio-92, foi implementada utilizando-se o Princípio da Precaução devido aos possíveis impactos sobre a vida no planeta.

As convenções, como diretrizes teriam como princípio apoiar a implementação de projetos, como investimento na educação ambiental, e conscientizar a sociedade no processo do cuidar da terra. Porém não é muito eficaz a prática da Lei, talvez a lacuna para o não cumprimento da lei esta na conscientização do sujeito, na concepção de educação ambiental que o sujeito tem.

1.3 Quais são os Impactos das mudanças climática no Brasil.

Sabemos que no Brasil de forma especial as conseqüências climáticas mais conhecidas são a seca, tempestades com inundações, como acontece freqüentemente na região Sul, Sudeste do Brasil. Porém estes fenômenos estão interligados a queimadas sem planejamento, o uso da terra sem o devido cuidado com a terra, na produção agrícola, ainda temos o uso das barrancas de nossos rios de forma irregular, o uso de rios para irrigação. Ainda temos a poluição urbana, esta feita por indústrias e seus lixos industriais, lixos hospitalares, lixos domésticos depositados sem o devido manejo e cuidado, e por fim a falta de planejamento urbano.

Portanto; devemos ter um cuidado muito especial com a saúde publica, quando não bem cuidada a saúde publica poderá ficar exposta a doenças como a malária, febre amarela, encefalite etc., as quais poderão sim começar a fazer parte do cotidiano do Brasil. Isto fica mais evidente quando observamos as previsão atual do (IPCC), baseada num aquecimento de 3 – 50 C para os próximos 100 anos, e uma destas conseqüências do aquecimento climático é a qual foi relatada a cima. O (IPCC) ainda informa que apesar da tendência mundial de redução da mortalidade infantil, o mundo urbanizado de forma especial o Brasil deverá se preocupar com doenças infecciosas como malaria, dengue e cólera, pois são doenças que estão associadas ao aquecimento global, pois se não haver medidas preventivas eficazes haverá sérios problemas ambientais urbanos caso isto não ocorra. Hoje existe a necessidade da sociedade global se sensibilizar para os problemas das mudanças climáticas, pois é preciso que imediatamente aconteça uma mudança de postura é claro que esse planejamento deverão ser contemplar com programas e projetos os quais visam melhorar as condições urbanas, e suas infra-estruturas. No Brasil existe uma conscientização educacional da preservação ao meio ambiente muito positiva perante ações adotadas por outros países.

2. CARACTERÍSTICAS DOS SOLOS E SUAS RELAÇÕES AMBIENTAIS

A minha explanação será pautada na, ECO-92 e  no decreto n° 99.274, de 6 de junho de 1990 que regulamenta a Lei n° 6.902, de 27 de Abril de 1981, e a Lei n° 6.938, de 31 de Agosto de 1981, que dispõem, respectivamente, sobre a criação de Estações Ecológicas e Áreas de Proteção Ambiental e sobre a Política Nacional do Meio Ambiente, e dá outras providências.

Artigo 35 – Serão impostas multas de 308,50 a 6.170 BTN, proporcionalmente à degradação ambiental causada, nas seguintes infrações:

(…) II – causar poluição do solo que torne uma área, urbana ou rural, imprópria para a ocupação humana;

Quando falamos em características do solo, devemos também refletir a resposta da vegetação às condições ambientais que é constituído o ambiente regional daquele solo. Sabemos que o clima tem sua participação fundamental na formação do solo! Depois, de várias pesquisas chega-se a conclusão que: o solo é capaz de reciclar o seu ambiente. Porém, isto não nos autoriza a agredir, a destruir o meio ambiente local. A Lei nº 6.938/81, já define poluição como a degradação da qualidade ambiental resultante de atividades que, direta ou indiretamente prejudicam a saúde, a segurança e o bem estar da população. O conceito de poluição é amplo e abrange todos os tipos de poluição da água, do ar, da terra, visual e sonora. Baseado na teoria de Freitas (1998) podemos dizer que  a poluição do solo se caracteriza pela contaminação da terra por rejeitos perigosos, que sejam líquidos, ou sólidos, como: lixo, produtos tóxicos, agrotóxicos dentro outros.Como cidadão consciente da sua responsabilidade com o meio ambiente, e com o bem estar da sociedade, deveríamos adotar a seguinte postura: Depois de usar um determinado produto deveríamos remeter a embalagem ao fabricante assim estaríamos cumprindo como cidadãos, e conseqüentemente chamando o fabricante a assumir a sua responsabilidade para com o ecossistema.

Ainda deveríamos nos alertar ao excesso de fertilizantes, pois o mesmo pode reduzir a produção e a qualidade de muitas plantas que por sua vez irá deterioração. Reflitamos a teoria de Prado (2005, p. 513) ensina que a ordenação do território visa ao desenvolvimento sócio econômico equilibrado das regiões, à melhoria da qualidade de vida, à gestão responsável dos recursos naturais e à proteção do meio ambiente, através da utilização racional do território. Como cidadãos preocupados com o ecossistema, especificamente com a erosão “destruição do solo” deveríamos discutir ou tema que é os “Impactos ambientais causados pela agricultura”, mas, por se tratar de um tema polêmico que envolve a necessidade da produção de alimento para o consumo humano, ou seja, requer uma pesquisa mais elaborada e fundamentada  por este motivo discutiremos em outra ocasião. Neste momento cabe a nós refletir sobre a nossa real contribuição para a preservação do ecossistema.

No mesmo sentido devemos adotar políticas mais agressivas, eficaz para com a agressão ao meio ambiente. Acredita-se que uma forma eficaz seria através do sistema educacional, ou seja, da reeducação da sociedade, a qual se encontra fragmentada, em crise e decadência, ou seja, a sociedade perdeu a sua identidade. Portanto; devemos conscientizar esta sociedade da importância da preservação do meio ambiente.

Devemos ainda nos perguntar se estamos realmente desenvolvendo  atitudes que protegem o meio ambiente ou se nossas atitudes só agridem e destrói o meio ambiente.

Quando falamos na construção da educação, não podemos desconsiderar a relação intrínseca homem e natureza! Somos responsáveis pelos acontecimentos climáticos ocorrido em nosso planeta.

Hoje há uma necessidade de preservação do solo e da água e seus recursos! Porém, deparamos com uma questão de crime contra a fauna, crime contra o meio ambiente, visando sempre atividades econômicas, desrespeitando o ecossistema como já mencionado. Mas, observamos que existe uma política forte no combate as crimes ambientais, visando revitalizar a fauna brasileira, principalmente solos de algumas regiões que são explorados, não sendo respeitado o clima local, o relevo, as plantas regionais, enfim  existe uma degradação do solo. Não há como pensarmos separadamente o solo quanto à água. Pois, são indissociáveis, ambos depende um do outro e o meio ambiente depende de todo este ecossistema, ou seja, devemos desenvolver políticas eficazes que de ao ecossistema equilíbrio o qual veja a garantir sustentabilidade do ambiente. Mas antes de tudo devemos estabelecer diretrizes as quais garantam uma ocupação do meio físico de forma consciente. Neste sentido é que surge a Educação Ambiental, a qual tem uma de suas funções à conscientização da sociedade, e esta conscientização se da na forma de reeducação do sujeito. Para isto devemos propor ao sistema educacional que sejam implantados nos currículos escolares pré-projetos ambientais, de revitalização do ambiente como um todo. Sabemos que é um processo demorado, porém este processo educativo deve sim ser tão logo aderido, pois ao contrário as conseqüências, ao meio ambiente poderão se tornar devastadoras, e conseqüentemente o homem sofrerá este impacto. Então fica um alerta para nós sobre a nossa contribuição para com o meio ambiente.

3. CONCLUSÃO

O Brasil já deu os primeiros passos! Pois estabeleceu junto a Constituição Federal Lei que visa o combate eficaz ao crime ambiental. Porém, os desafios são grandes, as mudanças climáticas acontecem diariamente existindo uma exposição a diversos fatores de riscos como a questão da acumulação de gases do efeito estufa, ou seja, qualquer ação que visa à construção de um ambiente saudável acontece contra o próprio tempo, pois a agressão dada ao meio ambiente é tão grande que devemos combatê-la constantemente. Sabemos que não é possível em curto prazo evitar mudanças climáticas como ocorridas nos últimos anos. Precisamos sim! De políticas públicas cônscias com uma intervenção de “adaptação” apropriada. Para que exista uma redução ao máximo dos impactos ambientes. As mudanças e discussões no combate do crime ambiental devem acontecer a nível das três esferas “municipal, estadual, federal”. Cada qual assumindo a sua devida responsabilidade e todas as três esferas assumindo a responsabilidade de conscientização da sociedade, havendo debates abertos e eficaz, visando sempre o bem estar da sociedade. Em nossas discussões deverão estar presente dois temas fundamentais as mudanças climáticas e o processo de globalização. Guimarães aponta; que as populações de classe média baixa, ou seja, pobres teriam maior capacidade de adaptarem-se por se tratar de pessoas excluídas dos sistemas, pois estas pessoas buscam formar uma rede de solidariedade mútua.

Portanto; as três esferas do governo deveriam olhar para esta massa e buscar desenvolver um processo de educação ambiental, conscientizando-os das suas responsabilidades para com o meio ambiente.

4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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Marco Aurélio da Silva Especialista em Educação Ambiental-(UFSM),Gestão Pública Municipal- (UFGRS), Gestão Educacional- (UNICID) RS. Brasil

Aristéia Mariane Kayser Especialista em Educação Ambiental-(UFSM), Gestão Educacional- (UNICID), Urgência Emergência e Trauma-(FACISA) RS. Brasil

1 Marco Aurélio da Silva Especialista em Educação Ambiental-(UFSM),Gestão Pública Municipal- (UFGRS), Gestão Educacional- (UNICID) RS. Brasil

2 Aristéia Mariane Kayser Especialista em Educação Ambiental-(UFSM), Gestão Educacional- (UNICID), Urgência Emergência e Trauma-(FACISA) RS. Brasil

EcoDebate, 22/11/2010


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3 thoughts on “Impactos Ambientais causados pela expansão urbana na perspectiva da Educação Ambiental, artigo de Marco Aurélio da Silva e Aristéia Mariane Kayser

  • Pessoal, valeu o esforço, mas vcs por excesso de especialização perdem a visão do problema, que é politico! Só com a democratização da escola pública,com a participação dos alunos e de toda comunidade escolar,como sujeitos,adotando o modelo da educação ambiental vivenciada, é que poderá se avançar.Vejam os exemplos do CEAV em Sumaré/SP, Dilligem e Kiel na Alemanha!!! Não adiante adestrar a população, vc tem que tratar os alunos, crianças e jovens, como seres complexos e não rasos, educando para a vida toda!!!!

  • Ao contrário que o senhor Fernando Wucherpfennig afirmou percebi claramente que a intenção do texto foi fazer uma retrospectiva referente aos problemas ambientais, dentro da zona urbana, percebi também que vcs indicarão diretrizes para que possamos refletir sobre nossas atitudes referente a conscientização de preservação do meio ambiente. Concordo com vcs que esta temática é problema de todos e não se trata de um problema político somente como afirmou n colega Fernando Wucherpfennig. Acredito que houve interpretações erradas por parte de nosso colega Fernando.
    Att, Carlos

  • Bom dia!
    Parabéns pelo texto pessoas, vejam o que o senhor fernando wucherpfennig, escrevu excesso de especializações. RSRSRSRS, eu li o texto e percebi sim que houve um esforço em demonstrar as fontes dos problemas e também de indicar diretriz para o mesmo. O senhor fernando wucherpfennig mencinou dois casos isolados e apenas um ocorreu no Brasil. Parece que o mesmo esta desatualizado com as informações, mas tudo bem não levem em considerações criticas não fundamentadas. Não podemos tirar o merito que vcs tem formação o suficiente para desenvolver um artigo percebi que um é especialista em educação ambiental, gestão pública e gestão educacional, portanto vcs tem informações o suficiente sim e com certeza não perderão a visão e fizerão uma bela abrodagem.
    Paula bjs!

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