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ONU lamenta continuidade da má distribuição de alimentos no Haiti

Soldados brasileiros, integrantes da MINUSTAH, distribuem água e comida em Port-au-Prince, Haiti. Foto ONU/Marco Dormino
Soldados brasileiros, integrantes da MINUSTAH, distribuem água e comida em Port-au-Prince, Haiti. Foto ONU/Marco Dormino

As Nações Unidas lamentaram hoje que perdurem as dificuldades logísticas na distribuição da ajuda aos 2 milhões de desabrigados pelo terremoto no Haiti.

O subsecretário-geral da ONU para Assuntos Humanitários, John Holmes, afirmou que conseguiram grandes avanços nas operações humanitárias no país caribenho, mas ainda são insuficientes. Reportagem da Agência EFE.

“Temos um longo trecho para percorrer antes de nos darmos por satisfeitos”, disse em entrevista coletiva o diplomata britânico, que afirmou que o Programa Mundial de Alimentos (PMA) “trabalha dia e noite” para acelerar a distribuição de comida.

Por meio desta agência da ONU, 600 mil pessoas receberam alimentos e 16 milhões receberam porções, mas ainda existem problemas na atenção a 2 milhões de atingidos.

O responsável humanitário da ONU assinalou que a ausência de infraestrutura adequada, os danos sofridos nas estradas do país, além da necessidade de assegurar uma distribuição equitativa e proporcionar segurança aos comboios, limitam as atuações humanitárias.

Holmes reiterou a crescente preocupação do organismo pelos riscos dos menores que perderam os pais no terremoto, diante do temor de tráfico de crianças e adoções ilegais.

Na quarta-feira, o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) começou a registrar as crianças desacompanhadas que percorrem as ruas de Porto Príncipe e as que perambulam pelos acampamentos improvisados.

O Programa da ONU para o Meio Ambiente (Pnuma) advertiu hoje sobre os perigos ambientais associados às consequências do terremoto que assolou a capital haitiana.

Um deles é o resíduo de materiais médicos empilhados em hospitais e centros de tratamento sem que exista um sistema ou equipamento especial para eliminá-los.

A agência ambiental indicou que colabora com a Organização Mundial da Saúde (OMS) e com o Governo haitiano para criar um espaço apropriado para depositar resíduos.

A ONU elevou para 84 o número dos integrantes de sua missão no Haiti (Minustah) que perderam a vida no terremoto, e reduziu para 15 os que ainda permanecem desaparecidos.

Pelo menos 170 mil pessoas perderam a vida no terremoto de 7 graus na escala Richter que devastou em 12 de janeiro a área metropolitana de Porto Príncipe, e que também deixou mais de 1 milhão sem-teto e 3 milhões de desabrigados, segundo o Governo haitiano.

Reportagem da Agência EFE, no UOL Notícias.

EcoDebate, 30/01/2010

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