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Operação de repressão a crimes ambientais fecha 35 serrarias no Paraná

Operação de repressão a crimes ambientais fecha 35 serrarias no Paraná
Foto Badaró Ferrari.

A ação, denominada Tolerância Zero, já resultou na apreensão de 17 caminhões carregados, dois tratores, cinco motoserras e dois mil metros cúbicos de madeira, basicamente araucária, além de 20 prisões – duas foram de vereadores locais.

Operação de combate ao desmatamento no Paraná, iniciada nesta terça-feira (24/11), resultou no fechamento de 35 serrarias localizadas na área do Assentamento Celso Furtado, no município de Queda do Iguaçú, e em outras cidades vizinhas. A ação, denominada Tolerância Zero, já resultou na apreensão de 17 caminhões carregados, dois tratores, cinco motoserras e dois mil metros cúbicos de madeira, basicamente araucária, além de 20 prisões – duas foram de vereadores locais.

O objetivo é reprimir a atuação criminosa de madeireiras que extraem e comercializam o produto de forma ilegal em municípios de diferentes regiões do estado, bem como promover o desenvolvimento sustentável e o fortalecimento da presença do Estado na região por meio de políticas públicas.

O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, acompanhou nesta quarta-feira (25/11), juntamente com o assessor especial do MMA, José Maurício Padrone, o desenvolvimento da operação no assentamento, principal fonte de madeira que alimentava as serrarias da região, e disse que “foi desmontada uma rede de corrupção e violência” que operava no Paraná.

O local já pertenceu à fazenda Giacoment Marodin, que foi considerada o maior latifúndio contínuo da região Sul do Brasil, de acordo com o Incra. Minc explicou que os criminosos serão processados e, se condenados, obrigados a recuperar a área degradada com o replantio de araucária.

Ele ressaltou que nos assentamentos rurais não havia o conceito do desenvolvimento sustentável, e que no atual governo isso está mudando. “Dentro desse assentamento vamos dar o exemplo de uma reforma agrária sustentável. Essa é a nova política do Incra”, disse Minc, referindo-se às antigas práticas adotadas em governos anteriores.

Segundo o ministro, depois dessa operação, a região vai receber apoio financeiro e tecnológico para que os assentados possam recuperar as áreas de proteção permanente e reservas legais, adequando as propriedades a um modelo sustentável.

Apenas na madeireira Prende Forte, visitada pelo ministro, foi apreendido o equivalente a 20 caminhões lotados de araucária. Os proprietários da empresa receberam multas de R$ 116, 1 mil e de R$ 50 mil. As máquinas apreendidas serão leiloadas e a madeira doada à prefeitura de Quedas do Iguaçu, que vai utilizá-la na construção de escolas.

As investigações foram coordenadas pela Delegacia de Repressão aos Crimes contra o Meio Ambiente. De acordo com o relatório, os acusados invadiram a área e expulsaram famílias assentadas. Segundo a Polícia Federal, associações de madeireiros da região exploravam e comercializavam madeira extraída do assentamento, uma área de plantação de araucária, de patrimônio da União.

Participam da operação 550 agentes entre policiais federais, militares, da Força Verde, funcionários do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) e do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). As 185 viaturas e helicópteros estão sendo usados para auxiliar no cumprimento de 29 mandados de prisão e de 95 ordens para busca, apreensão e interdição de serrarias.

Informe do MMA, publicado pelo EcoDebate, 27/11/2009

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