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Sistema de alerta DETER aponta 578 km2 de desmatamento na Amazônia em junho

Desmatamento na Amazônia, em foto de arquivo

Desmatamento na Amazônia, em foto de arquivo

No último mês de junho, o sistema de alerta DETER apontou 578 km2 de áreas em processo de desmatamento na Amazônia Legal. Deste total, 330 km2 foram detectados no Pará e 181 km2, no Mato Grosso.

O DETER é o sistema do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) usado para mapear tanto áreas de corte raso, quando os satélites detectam a completa retirada da floresta nativa, quanto áreas em processo de desmatamento por degradação florestal.

Em Rondônia foram registrados 41 km2 de desmatamentos e no Amazonas, 16 km2. Nos demais estados da Amazônia Legal poucas áreas tiveram desmates registrados pelo DETER, porém quase todo o território de Roraima e Amapá permaneceu coberto por nuvens que impediram a observação por satélites.

Por outro lado, o mês de junho, início da estação mais seca na região amazônica, permitiu a visualização total do Mato Grosso, de quase todo o estado de Rondônia e de pouco mais da metade do Pará.

Em função da cobertura de nuvens variável de um mês para outro e, também, da resolução dos satélites, os dados do DETER não representam uma avaliação fiel do desmatamento mensal da Amazônia. A informação sobre áreas serve para indicar prioridades aos órgãos responsáveis pela fiscalização.

O INPE enfatiza que o DETER é um sistema de alerta e mostra apenas tendências do desmatamento. Para computar a taxa anual do desmatamento por corte raso na Amazônia o INPE utiliza o sistema PRODES.

Confira aqui relatório com os números referentes ao sistema

Avaliação
A qualificação amostral dos dados do DETER mostra que 99% dos alertas de junho foram confirmados como desmatamento. Deste total, 60% foram classificados como corte raso e 39% como floresta degradada. Assim, apenas 1% dos alertas avaliados não apresentou indícios de desmatamento.

Feita com imagens de melhor resolução espacial, a avaliação dos dados permite apontar os diferentes níveis de degradação da floresta. No último mês, 37,5% dos polígonos de alerta foram classificadas como floresta degradada de alta intensidade e 1,5%, de intensidade moderada e leve.

Confira aqui o relatório de avaliação do mês de junho

O sistema DETER
Em operação desde 2004, o DETER (Detecção do Desmatamento em Tempo Real) foi concebido pelo INPE como um sistema de alerta para suporte à fiscalização e controle de desmatamento. São mapeadas tanto áreas de corte raso quanto áreas em processo de desmatamento por degradação florestal. É possível detectar apenas polígonos de desmatamento com área maior que 25 hectares por conta da resolução dos sensores espaciais (o DETER utiliza dados do sensor MODIS do satélite Terra e do sensor WFI do satélite sino-brasileiro CBERS, com resolução espacial de 250 metros). Devido à cobertura de nuvens, nem todos os desmatamentos maiores que 25 hectares são identificados pelo sistema.

Contudo, a menor resolução dos sensores usados pelo DETER é compensada pela capacidade de observação diária, que torna o sistema uma ferramenta ideal para informar rapidamente aos órgãos de fiscalização sobre novos desmatamentos. Todos os dados do DETER são públicos e podem ser consultados no site www.obt.inpe.br/deter

*Informações do INPE – Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, publicadas pelo EcoDebate, 05/08/2009

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