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Angra 1 é desligada preventivamente por falha na refrigeração do condensador

angra 1 e 2

A Usina Nuclear Angra 1 foi desligada preventivamente do sistema elétrico nacional, às 5h19 de ontem (3) por causa de uma falha verificada nas bombas de água de circulação que refrigeram o condensador. Em nota à imprensa, a Eletronuclear informou que esses equipamentos não fazem parte dos sistemas nucleares da usina.

Na sequência, foi declarada a ocorrência de evento não usual (ENU), conforme previsto no Plano de Emergência Local da Central Nuclear Almirante Álvaro Alberto (CNAAA). A usina deve ser religada ao sistema elétrico até o fim do dia.

De acordo com o superintendente da unidade, Jorge Luiz de Rezende, o reator foi desligado manualmente pelo operador, que se antecipou ao sistema automático ao verificar o problema.

“Essa antecipação é importante porque não chegamos a desafiar o limite operacional. O operador se antecipou porque percebeu que houve desbalance [desequilíbrio] no resfriamento das bombas que puxam a água do mar para resfriar os reatores”, explicou.

Segundo ele, a falha no equipamento poderia causar, sem a intervenção manual ou automática, um superaquecimento do sistema secundário. Localizada em Angra dos Reis, no litoral fluminense, Angra 1 representa 20% do consumo de energia do estado do Rio.

Há pouco menos de um mês, a falha de um equipamento que fechou indevidamente a válvula de alimentação de água para o gerador de vapor número 1 também causou o desligamento de Angra 1 do sistema elétrico. Na ocasião, a empresa garantiu que não houve vazamento de nenhum tipo de radiação para os funcionários da usina, nem para o meio ambiente.

Entre os meses de março e junho, a usina teve a operação paralisada e reduziu sua capacidade de geração de energia devido à troca dos geradores de vapor. Os equipamentos que foram substituídos estavam em funcionamento desde que Angra 1 foi ligada pela primeira vez, em 1982. Os novos, com 330 toneladas cada, foram construídos pela Nuclebrás Equipamentos Pesados (Nuclep), vinculada ao Ministério da Ciência e Tecnologia, sob a supervisão da empresa Areva, da França.

Edição: Tereza Barbosa

Matéria de Thais Leitão, da Agência Brasil, publicada pelo EcoDebate, 04/07/2009

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