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Especial: Consumidor será incentivado a substituir sacola plástica


Sacolas ecológicas reutilizáveis, fabricadas com material que agride menos o meio ambiente, são vendidas no comércio para substituir as sacolas plásticas distribuídas gratuitamente aos clientes Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr

A preservação ambiental é o foco da campanha nacional que o ministro Carlos Minc lança terça-feira (23), em São Paulo, com o apoio da rede Wal-Mart Brasil. Um dos objetivos é incentivar a substituição de sacolas plásticas

  • Governo e rede de supermercado vão incentivar substituição de sacolas plásticas
  • ONG luta pelo uso de materiais menos agressivos
  • Microempresas fabricam sacolas retornáveis
  • Reciclagem pós-consumo é indicada pela indústria
  • Para associação, troca de sacolas é impossível
  • Projeto no Rio prevê até troca por comida
  • Instituto sugere transformação em energia

Governo e rede de supermercado vão incentivar substituição de sacolas plásticas

A preservação do meio ambiente é a tônica da campanha nacional que o ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, lançará terça-feira (23), em São Paulo, com o apoio da rede de supermercados Wal-Mart Brasil. Um dos objetivos é incentivar a substituição de sacolas plásticas, utilizando outros meios para o transporte de compras e o acondicionamento de lixo.

Os detalhes da campanha serão anunciados por Minc em entrevista coletiva após a solenidade, que será realizada no Hotel Hyatt. A secretária de Articulação Institucional do ministério, Samyra Crespo, disse à Agência Brasil que o foco é “mudar o hábito do consumidor no ponto de venda. É uma educação para o consumo consciente, para o consumo sustentável. Esse é o tema da campanha”.

Samyra afirmou que a idéia é mostrar ao consumidor quais as opções que ele tem para tomar uma atitude consciente. “Nós não vamos dizer para ele que nunca mais poderá usar uma sacola de plástico. Nós vamos dizer quais as conseqüências dos atos dele na hora em que usa sacola plástica muito além do que precisa. O nosso foco é na redução do consumo, acrescentou.

De acordo com dados da Associação Brasileira de Supermercados (Abras), o Brasil consome a cada ano 12 bilhões de sacolas plásticas. Cada brasileiro usa em torno de 66 unidades por mês. Como se trata de um material que exige longo tempo para decomposição, estimado em cerca de 500 anos, o plástico acaba provocando danos muitas vezes irreparáveis ao meio ambiente.

A rede de supermercados Wal-Mart Brasil informou, por e-mail, que a campanha nacional Saco é um Saco quer alertar a população sobre a importância de reduzir o consumo de sacolas plásticas. A campanha recomenda que a população recuse esse tipo de material, sempre que for possível, para o transporte de compras e o acondicionamento de lixo.

Segundo a Wal-Mart, “a campanha aposta no poder de decisão do consumidor como ação transformadora de hábitos e atitudes”. O argumento é que embora os sacos plásticos não custem nada na hora das compras, eles representam um custo que não pode ser mensurado quando jogados nos rios, bueiros, ou mesmo no mar, matando peixes, tartarugas e outros animais. “A natureza sofre, soterrada por uma maré de lixo, e nossa qualidade de vida diminui, como se pode ver pelas enchentes que vêm assolando as cidades brasileiras”, adverte a rede de varejo.

O grupo lembra que, em todo o mundo, milhares de cidadãos já estão adotando alternativas às sacolas plásticas. “Eles já entenderam que saco é um saco para nós, para a cidade, para o planeta e para o futuro”, afirmou. Com a campanha, o Ministério do Meio Ambiente pretende ainda fortalecer a corrente de consumidores conscientes.

Desde dezembro de 2008, a Wal-Mart Brasil criou o programa Cliente Consciente Merece Desconto. Esse é, até o momento, o único programa no Brasil que repassa benefícios financeiros aos consumidores que recusarem os sacos plásticos para transportar suas compras.

A meta da empresa é reduzir pela metade o uso de sacolas plásticas em suas lojas até 2013. Na prática, as lojas repassam, em seus caixas, o custo de R$ 0,03 por sacola plástica que o cliente deixa de usar. A cada cinco produtos adquiridos na rede, ele recebe o valor de uma sacola. Se comprar uma quantidade maior de itens e não usar os sacos plásticos, o desconto será calculado de modo proporcional.

Em setembro do ano passado, a Wal-Mart Brasil passou a oferecer aos clientes uma sacola reutilizável feita de algodão, ao preço de R$ 2,50 a unidade. A rede estima que 1,5 milhão de sacolas desse tipo já estão sendo usadas pelos clientes em todo o país. Em nível mundial, a Wal-Mart anunciou investimentos em sustentabilidade no valor de US$ 500 milhões, em cinco anos.

ONG luta para substituir sacolas plásticas por materiais menos agressivos ao ambiente

Desde 2005 a Fundação Verde (Funverde), uma organização não governamental (ONG) sediada em Maringá (PR), vem lutando para conscientizar os consumidores sobre a importância da substituição de sacolas plásticas para a preservação da natureza.

O presidente da ONG, Cláudio José Jorge, disse à Agência Brasil que essa conscientização cresce entre a população mundial desde 2003/2004. “No Brasil, o movimento está estourando. Tem cidades e mais cidades que estão fazendo leis de proibição de sacolas plásticas de uso único”, informou.

Jorge comemorou o fato de a Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) ter marcado para a próxima quarta-feira (24) a votação de um projeto do governo do estado que prevê a substituição gradual, pelos estabelecimentos comerciais, das sacolas plásticas por materiais mais resistentes e reutilizáveis.

“Vocês têm uma cidade maravilhosa. No entanto, você vai nos fundos de vales e só vê plástico. Isso é uma coisa absurda. Nós não podemos deixar toda essa maravilha ser sucumbida pelo plástico”, sugeriu.

Feitos de resina sintética originada do petróleo, a maioria dos sacos plásticos utilizados no comércio não é biodegradável. Por isso, a campanha empreendida pela Funverde em prol do desenvolvimento sustentável conseguiu que esse tipo de sacola fosse substituída por outras feitas de plástico oxibiodegradável.

A ONG começou a se preocupar com o problema da plastificação do planeta em 2004, quando desenvolveu o projeto Mata Ciliar, que tem como objetivo promover a revegetação de um rio por ano com árvores nativas.

Durante a limpeza dos rios, porém, a equipe da Fundação verificou que a sujeira voltava após as chuvas, revelando principalmente acúmulo de sacolas plásticas e embalagens PET. Para solucionar o problema, foi elaborado o projeto Sacola Ecológica, a partir do lançamento no país do plástico oxibiodegradável que em vez de demorar 500 anos para se decompor é incorporado ao solo em cerca de 18 meses, consumido por microorganismos.

Cláudio José Jorge explicou que o prazo para o plástico se degradar depende de como ele é jogado na natureza. “Se você tiver ele [plástico] sem oxigênio, vai demorar mais de 500 anos. Não tem como se decompor. Quando você o tem ao ar livre, vai demorar menos tempo. Mas, para nós, é uma eternidade”.

Segundo o presidente da Funverde, quando as sacolas plásticas são depositadas em lixões elas não causam tanto impacto porque ficam inertes. “O problema é quando ela [sacola] não está nos lixões.”

As sacolas oxibiodegradáveis retiram de sua composição total 1% de plástico e adicionam 1% de aditivos químicos que quebram a cadeia molecular do plástico. Esse novo saco é feito do mesmo plástico que vem do petróleo mas com o diferencial de não ficar tanto tempo poluindo.

No Paraná, a Funverde conseguiu trocar todas as sacolas plásticas por sacos oxibiodegradáveis desde abril de 2008. A meta agora, “com o tempo”, é atingir o nível da cidade de Xanxerê (SC), que aboliu por completo as sacolas de plástico, disse o presidente da ONG.

Microempresas fabricam sacolas retornáveis para públicos conscientes

Uma microempresa nacional, sediada em Guarulhos, na Grande São Paulo, se dedica desde 2006 a fabricar sacolas retornáveis para companhias brasileiras que utilizam esse produto em eventos, em substituição às sacolas plásticas. A produção mensal da empresa é de 50 mil sacolas reaproveitáveis.

O presidente da Ideia&Costura, Edizan Dias da Silva, disse que a empresa atende a redes de supermercados de menor porte com sacolas cujas características são diferenciadas pelo tecido de melhor qualidade e pelo melhor acabamento, destinadas a um público mais exigente.

“Nós percebemos que existe uma dificuldade muito grande de aceitação por parte dos comerciantes para colocar isso na frente do caixa. Porque eles querem adquirir essa sacola e ganhar dinheiro sobre a comercialização. Não existe a preocupação de eliminar a sacola plástica. Mas, de ter um item a mais na cadeia e que ganhem dinheiro com isso”, criticou.

O preço de venda ao consumidor das sacolas retornáveis, muitas vezes utilizando um tecido de menor qualidade, chega a ser três vezes maior do que o preço cobrado pelo produtor, disse Dias da Silva.

“Não existe ainda, pela nossa percepção, uma consciência de eliminação de um material que é prejudicial ao meio ambiente”. O público atendido pela Ideia&Costura já tem uma noção maior sobre a importância da ecologia. Edizan Dias da Silva avaliou, por outro lado, que há um desinteresse muito grande, em especial por parte das pessoas de renda menor.

Outra empresa nacional de pequeno porte que se dedica à fabricação de sacolas retornáveis é a RPM Confecção de Acessórios e Artigos Têxteis, localizada na capital paulista. Por meio de parcerias com organizações não governamentais ligadas ao meio ambiente, a proprietária, Rosana Damilakos, desenvolveu há dois anos a marca EcoCiente. São sacolas feitas em tecido cru ou tecidos de matéria-prima reciclável, “para lembrar a preocupação com a questão da sustentabilidade”. Outra marca da empresa, denominada EcoStyle, trabalha com o segmento da moda.

Rosana Damilakos disse que o importante não é a sacola ser de uso permanente “e, sim, a atitude da pessoa na hora de fazer a compra. Não adianta você ter uma sacola de tecido cru e, na hora de efetuar a compra, pegar uma sacolinha plástica”, argumentou. A empresa RPM é atacadista e tem 98% dos clientes entre pessoas jurídicas. Seus produtos são distribuídos desde o Acre até o Rio Grande do Sul.

A empresária afirmou, porém, que esse dado não representa uma conscientização por parte da população para a conservação do meio ambiente. “Ainda não está havendo conscientização por parte do consumidor final brasileiro. São pouquíssimos”. Ela acredita, contudo, que a tendência é de crescimento do uso de sacolas duráveis no Brasil.

Para Rosana, o governo não deve se limitar a fazer campanhas de incentivo ao uso de sacolas retornáveis. “Mais do que isso, ele [governo] deveria proibir o uso do plástico. A sacolinha plástica deveria ser vendida. Aí, ninguém vai querer gastar”.

Reciclagem pós-consumo é a solução indicada pela indústria para os sacos plásticos

A solução para o problema causado pelo descarte de sacos plásticos na natureza é o investimento na reciclagem pós-consumo, de modo a transformar esse material em um novo produto. A afirmação é da gerente jurídica de Assuntos Legislativos da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), Gisela Dantas.

“A indústria é favorável não à proibição das sacolas plásticas, mas à reciclagem. Falta uma educação ambiental na sociedade. Existe um lixo muito grande. Então, a solução é a reciclagem, até por uma questão social, porque existe um público muito grande que vive dessa coleta”, explica.

O Departamento Jurídico da Firjan já encaminhou carta a todos os parlamentares da Assembléia Legislativa (Alerj) manifestando sua posição contrária ao projeto do governo do estado que prevê a substituição gradual de sacolas plásticas pelo comércio. A entidade vai participar da votação, marcada para a próxima quarta-feira (24), na Alerj.

Gisela Dantas lembrou que o projeto foi apresentado em 2007 e aprovado por algumas comissões de deputados, mas recebeu mais de 40 emendas. “Muitas aprimoram o projeto e outras o tornam mais preocupante”, disse ela, que se posicionou contra a idéia de recompra das sacolas.

Em termos técnicos, ela esclareceu que se trata de uma tecnologia bem administrada, que dispensa a extração suplementar de petróleo, necessária para a produção de resinas, indispensáveis à confecção de novas sacolas.

“Tem uma série de investimentos na reciclagem e não na substituição”, afirmou. A advogada argumentou que, como se trata de uma lei estadual, a aprovação poderá provocar um êxodo de indústrias que estão instaladas no Rio de Janeiro para outros estados, reduzindo a contratação de mão de obra.

Para Gisela Dantas, é um engano pensar que a utilização de sacolas oxibiodegradáveis, que se decompõem mais rapidamente, seja uma alternativa aos sacos plásticos tradicionais.

“É uma falsa idéia de que ele se desmancha e que não existe uma poluição. Na verdade é até pior, porque os custos e os riscos com relação à sacola plástica hoje utilizada já são conhecidos. Ao contrário dos plásticos biodegradáveis, cuja decomposição pode liberar metais pesados no meio ambiente, sem qualquer forma de controle.”

Gisela reiterou que a Firjan vem atuando no sentido de tentar conscientizar as pessoas de que a melhor solução não é a substituição por plásticos chamados de oxibiodegradáveis, porque as partículas se espalham e acabam ficando invisíveis.

A Firjan defende a reciclagem porque, além de ser melhor para o meio ambiente, gera vários postos de trabalho para o estado.

Associação de supermercados acha impossível troca de sacolas plásticas

Para o presidente da Associação dos Supermercados do Estado do Rio de Janeiro (Asserj), Aylton Fornari, a troca de sacolas plásticas é um projeto inviável para o setor. “Nós já demonstramos para o governo a impossibilidade de cumprir isso”, afirmou Fornari em entrevista à Agência Brasil.

A Asserj vai discutir o assunto na segunda-feira (22) e terça-feira com o objetivo de definir uma alternativa para apresentação ao presidente da Assembléia Legislativa (Alerj), Jorge Picciani. Na quarta-feira (24) será votada a proposta do governo do estado que prevê a substituição gradual das sacolas plásticas pelo comércio por bolsas reutilizáveis, fabricadas com um material que agrida menos o meio ambiente.

O presidente da Asserj destacou que os supermercados dão as sacolas plásticas gratuitamente para os clientes que, muitas vezes, levam unidades a mais, “à vontade”, para outras finalidades.

Como o projeto do governo do estado prevê a possibilidade de recompra dos sacos plásticos pelos comerciantes, Fornari disse que “vai ser um tal de levar mais sacolas para depois voltar e vender para o supermercado. Não tem o menor sentido isso. Salta aos olhos que não vai dar certo”.

Cada sacola entregue pelo consumidor teria um preço de recompra de R$ 0,03. A solução, para Fornari, seria o governo autorizar as redes a cobrarem pelos sacos distribuídos nas lojas.

Ele reconheceu que o plástico jogado no meio ambiente representa um problema que precisa ser solucionado. Mas enfatizou que a solução não é a substituição das sacolas plásticas pelo comércio.

A Asserj pretende elaborar uma proposta alternativa que seja mais consistente e economicamente viável. “Nós achamos que esse é um grande problema e estamos muito preocupados com isso.”

Projeto de substituição de sacolas plásticas no Rio prevê até troca por comida

O presidente do Instituto Estadual do Meio Ambiente, Luiz Firmino Martins Pereira, comemorou o projeto de lei do governo do Rio de Janeiro que prevê a substituição gradual das sacolas plásticas pelos estabelecimentos comerciais por bolsas confeccionadas com materiais mais resistentes e menos poluentes. A votação na Assembléia Legislativa (Alerj) será na quarta-feira (24).

A questão do saco plástico é emblemática hoje, disse Firmino à Agência Brasil. “O Inea opera várias ecobarreiras nos rios aqui do estado. E a quantidade de sacola plástica que é retirada mensalmente dos nossos rios é uma coisa absurda. O plástico leva mais de 400 anos para se degradar no meio ambiente”, explicou.

“Essa lei vem para a gente buscar uma responsabilidade, uma forma de você mitigar esse problema que hoje está sendo provocado.” A ideia é estimular a troca dos sacos plásticos por um material menos agressivo ao meio ambiente, mais duradouro e que possa ser utilizado várias vezes.

Segundo Firmino, o material plástico usado nas sacolas estimula o descarte. “A sacola plástica é feita para usar uma vez e jogar fora. Normalmente ela vira sacola de lixo e acaba indo para o meio ambiente. Então, o objetivo maior do projeto é ter uma reutilização e usar a sacola com outras finalidades.”

O presidente do Inea comentou a possibilidade de recompra dos sacos plásticos pelo comércio, prevista na proposta do governo do estado. Para ele, a recompra facilita o processo de conscientização, na medida em que cria um incentivo econômico para que as pessoas venham a aderir ao processo com maior facilidade.

Firmino disse que o projeto poderá causar questionamentos porque prevê também a troca das sacolas plásticas por comida. Para cada 50 sacolas devolvidas pelos consumidores seria feita a troca por um quilo de arroz ou feijão.

“O espírito é esse: você recebe um pagamento pecuniário ou tem a permuta por comida. Pega exatamente essa faixa da população que precisa mudar o conceito, a cabeça da pessoa, e cria esse incentivo para que venha a aderir com mais facilidade a essa nova mentalidade”, disse.

O prazo previsto pelo projeto para que o comércio substitua as sacolas plásticas vai de seis meses, para as empresas de grande porte, a três anos, para as microempresas.

Instituto sugere transformação de sacola plástica em energia

O presidente do Instituto Socioambiental dos Plásticos (Plastivida), Francisco de Assis Esmeraldo, defendeu a reciclagem energética do saco plástico como forma de dar uma destinação eficaz ao produto, considerado por ambientalistas agressivo ao meio ambiente. A entidade representa a cadeia produtiva do setor para promover sua utilização ambientalmente correta.

Segundo Esmeraldo, o Brasil recicla hoje 600 mil toneladas de plásticos descartáveis de todos os tipos por ano, o que corresponde a reciclar 21,5% de todo o plástico que é descartado. Isso é mais do que a média da União Européia, que é de 18,5%.

O problema gerado pelo plástico, segundo ele, não é acirrado na Europa porque lá é feita a reciclagem energética. “Plástico é petróleo, petróleo é energia. Logo, plástico é energia”. O presidente do instituto argumentou que 1 quilo de plástico produz a mesma energia que 1 quilo de óleo diesel, “que é petróleo. E ninguém joga fora óleo diesel”.

O Plastivida quer trazer esse conceito para o Brasil. Esmeraldo assegurou que se as sacolas plásticas distribuídas pelos supermercados forem fabricadas dentro das normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), com espessura de 27 micra (um milésimo de milímetro), elas agüentam até 6 quilos de compras e não é necessário substituí-las por outro material. Atualmente, acrescentou, a espessura das sacolas plásticas caiu para até 14 micra, suportando somente 2 a 3 quilos de peso.

O Instituto Plastivida defende a redução do desperdício de sacolas plásticas no comércio, com um produto de melhor qualidade, e sua reutilização para outros fins, como o acondicionamento de lixo. Sacolas de pano têm, segundo Esmeraldo, várias desvantagens, entre elas o fato de que sujam, se contaminam e têm que ser lavadas, gastando água, sabão e energia. No caso do plástico, basta passar um pano e está limpo, lembrou.

* Matérias de Alana Gandra, da Agência Brasil, publicadas pelo EcoDebate, 22/06/2009

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2 thoughts on “Especial: Consumidor será incentivado a substituir sacola plástica

  • gostaria de ressaltar q entendo q nosso meio ambiente está sendo agredido com tanta poluição, mas e as pessoas q tem seu emprego nessa area de industria de plastico! como ficarão? ja imaginaram o desemprego em massa! é preciso ter uma alternativa q não prejudique ninguém!

Fechado para comentários.