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Estudo conclui que os rios do mundo transportam cada vez menos água

Rio Mississippi, nos Estados Unidos, um dos rios estudados pelos cientistas. Foto: National Science Foundation
Rio Mississippi, nos Estados Unidos, um dos rios estudados pelos cientistas. Foto: National Science Foundation

A única região do mundo onde o fluxo de água aumentou foi o Ártico, onde o degelo vem aumentando

A vazão dos maiores rios do planeta caiu nos últimos 50 anos, com mudanças significativas afetando cerca de 30% dos principais cursos d’água.

Uma análise dos 925 maiores rios, de 1948 a 2004, mostra um declínio no fluxo total. Só a redução do volume de água despejado no Oceano Pacífico equivale ao desaparecimento do Rio Mississippi, de acordo com estúdio que será publicado na edição de 15 de maio do Journal of Climate, periódico da Associação de Meteorologia dos EUA. Matéria da Associated Press.

A única região do mundo onde o fluxo de água aumentou foi o Ártico, onde o aquecimento do clima aumenta o derretimento de neve e gelo, dizem pesquisadores liderados por Aiguo Dai, do Centro Nacional de Pesquisa Atmosférica.

“Os recursos de água doce provavelmente vão declinar nas próximas décadas em muitas áreas populosas de latitudes médias e baixas, principalmente por causa da mudança climática”, disse Dai. “O rápido desaparecimento dos glaciares em montanhas do platô tibetano e outros lugares vai agravar a situação”.

Embora Dai tenha citado a mudança climática como um fator importante nas alterações dos rios, o artigo científico também menciona outras causas, como o desvio de água para fins agrícolas e industriais.

Entre os rios que apresentam vazão declinante, vários servem a grandes populações. Entre eles, o Rio Amarelo, o Ganges, o Níger e o Colorado.

Houve considerável variação anual na vazão de muitos rios, mas a tendência geral foi de queda: a descarga de água doce anual no Oceano Pacífico caiu cerca de 6%, ou 526 quilômetros cúbicos. No Índico, a queda foi de 3%, ou 140 quilômetros cúbicos. Em contraste, a descarga anual no Oceano Ártico aumentou 10%, ou 460 quilômetros cúbicos.

O Atlântico sofreu pouca mudança, com aumentos na vazão do Mississippi e o Paraná compensadas por uma redução do Amazonas.

* Matéria da Associated Press, no Estadao.com.br.

[EcoDebate, 23/04/2009]

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