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14% dos municípios estiveram em situação de emergência por estiagem ou seca em 2007 e 3% por a enchentes, inundação ou alagamentos

bacias

Muita água, pouca água – No encerramento do mês em que se comemorou o Dia Mundial da Água (22/3), a Agência Nacional de Águas (ANA) apresentou a primeira edição do Relatório de Conjuntura dos Recursos Hídricos no Brasil.

A quantidade e a qualidade das águas brasileiras e a situação da gestão desses recursos até 2007 estão detalhadas na publicação, que deverá ser atualizada anualmente.

São apresentados dados e informações sobre precipitação, disponibilidade de águas superficiais e subterrâneas, eventos críticos, saneamento ambiental, irrigação, hidroenergia, navegação, evolução de aspectos legais e institucionais e recursos e aplicação financeira do setor.

O relatório destaca que a produção de energia elétrica instalada no Brasil cresceu pouco mais de 4% entre 2006 e 2007 e que o país conta com 28.834 quilômetros de águas navegáveis, sendo que desses apenas 8,5 mil quilômetros são navegáveis durante todo o ano – dos quais cerca de 5 mil estão na bacia Amazônica.

Estima-se que a área irrigada no Brasil seja de 4,6 milhões de hectares, o que representaria um crescimento de 50% em dez anos, a uma taxa de cerca de 150 mil hectares por ano. O país está em 16º lugar no ranking mundial, detendo pouco mais de 1% da área total irrigada no mundo.

A vazão de retirada para usos que consomem água, em 2006, foi de 1.841m³/s. Comparando esse valor com a estimativa feita para o ano de 2000 (1.592m³/s), identificou-se um acréscimo de 16% na vazão de retirada total no país.

O setor de irrigação é o que conta com a maior parcela de vazão de retirada (cerca de 47% do total). Para o abastecimento urbano são reservados 26% do total, 17% para indústria, 8% para pecuária e apenas 2% para abastecimento rural.

As regiões Amazônica, do Paraguai, do Tocantins-Araguaia e Atlântico Nordeste Ocidental apresentam situações bastante confortáveis quanto a demanda e disponibilidade, com mais de 88% de seus principais rios classificados como “excelente” e “confortável”. Na região do São Francisco, 44% dos principais rios estão na categoria “muito crítica”, “crítica” ou “preocupante”.

Dos 5.564 municípios brasileiros, 788 (14%) tiveram decretada situação de emergência devido à estiagem ou seca em 2007. De todos os municípios, 176 (3%) tiveram decretada situação de emergência devido a enchentes, inundação ou alagamentos.

Para o total de pontos em que foi feito o monitoramento com o Índice de Qualidade da Água (IQA) em 2006, observou-se uma condição ótima em 9% dos pontos, boa em 70%, razoável em 14%, ruim em 5% e péssima em 2%.

Com relação à assimilação de carga orgânica, as principais áreas críticas se localizam nas bacias do Nordeste, rios Tietê e Piracicaba (São Paulo), rio das Velhas e rio Verde Grande (Minas Gerais), rio Iguaçu (Paraná), rio Meia Ponte (Goiás), rio dos Sinos (Rio Grande do Sul) e rio Anhanduí (Mato Grosso do Sul).

O relatório está disponível em: http://conjuntura.ana.gov.br).

* Matéria da Agência FAPESP.

[EcoDebate, 02/04/2009]

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One thought on “14% dos municípios estiveram em situação de emergência por estiagem ou seca em 2007 e 3% por a enchentes, inundação ou alagamentos

  • Missao Tanizaki

    Tanto a ESTIAGEM, como a SECA, causam Problemas sérios às Famílias Brasileiras.

    Implementando-se Milhares de Micro & Pequenas Barragens podemos reduzir substancialmente esses problemas e, além disso, podemos abrir mais oportunidade para os nossos Produtores Rurais.

    Através de Cooperativas podemos, também, Implementar a Produção de AGUAPÉ baixo Investimento, pois a Natureza cuida do seu Desenvolvimento – de quebra contribui muito para a Preservação do Meio Ambiente e Biodiversidade, desde que devidamente manejada e cuja BIOMASSA seja corretamente utilizada para muitos fins.

    A AGUAPÉ pode ser bem empregada para a Produção de Biogás (Combustível Metano)e para a Produção de BIOFERTILIZANTE de que necessitam aqueles que atuam com Produção ORGÂNICA, proporcionando Alimentos de Melhor Qualidade Nutricional que por sua vez promovem uma Melhor SAÚDE para a Sociedade Brasileira.

    A AGUAPÉ, também, apresenta uma boa composição nutricional, por esse motivo pode / deve ser utilizada no Desenvolvimento Agropecuária Nacional SUSTENTÁVEL, podendo ser empregado na BOVINOCULTURA, SUINOCULTURA, OVINOCULTURA, AVICULTURA, entre outros – certamente contribuirá para reduzir as ÁREAS de PASTAGENS, os DESMATAMENTOS e os avanços da MONOCULTURA da SOJA e outras culturas, pois o AGUPÉ tem POTENCIAL para isso.

    O AGUAPÉ é considerado por muitos como uma PRAGA, mas isso ocorre porque essas pessoas não têm m observado o “OUTRO LADO DA MOEDA”: esse VEGETAL apresenta ALTA PRODUTIVIDADE de BIOMASSA e ele pode ser utilizado para substituir as ÁRVORES, reduzindo-se os DESMATAMENTOS, na Produção de Carvão Vegetal, Produção de Celulose, entre outros. Ele pode, também, substituir boa parte da SOJA, Milho, Sorgo, entre outros, atualmente utilizados na Formulação de ALIMENTOS & RAÇÕES, com baixo investimento e retorno rápido.

    Você pode ajudar a Sociedade Brasileira, dando as suas contribuições para criar e / ou fundar a ANPIA – Associação Nacional dos Profissionais Interessados pela AGUAPÉ

    O AGUAPÉ poderá abrir Uma Fantástica Porta para VOCÊ, Pesquisador ÉTICO ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! !

    MISSAO TANIZAKI
    Fiscal Federal Agropecuário
    Bacharel em Química
    missao.tanizaki@agricultura.gov.br (ESTÁ PARA MUDAR)
    Esplanada dos Ministérios, Bloco “D”, Sala 346-B, Brasíla/DF

    TUDO POR UM BRASIL / MUNDO MELHOR

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