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Manaus realiza estudos para aumentar número de corredores ecológicos urbanos

A Prefeitura de Manaus está ultimando os estudos através da Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semma) para a criação de dois novos corredores ecológicos em Manaus. O objetivo é dar continuidade ao Programa Corredores Ecológicos do Ministério do Meio Ambiente (MMA) em 2009 e expandir as ações do programa federal que visa proteger as áreas que funcionam como elos entre fragmentos florestais urbanos e áreas protegidas, garantindo a conectividade entre elas e a preservação da fauna e flora existente nas mesmas. Os corredores em estudo são dos igarapés do Tabatinga e Cachoeira Alta, no Tarumã.

Em 2008, a Semma realizou estudos para a ampliação do Corredor Ecológico do Igarapé do Mindu, o primeiro corredor ecológico urbano do País (criado em 2007) para que passe a incluir em seu traçado as extensões de dois afluentes – os igarapés do Goiabinha e do Geladinho.

A Semma vai encaminhar ainda este mês para ao MMA o projeto com as propostas de criação dos dois novos corredores e consolidação dos já existentes. Além disso, também proporá a implementação de novas atividades de geração de renda nas comunidades tradicionais da Reserva de Desenvolvimento Sustentável (RDS) do Tupé, por meio de atividades sustentáveis. A RDS do Tupé faz parte do Corredor Central da Amazônia e sua localização é estratégica como ponto de apoio para as atividades em todas as unidades de conservação do Baixo Rio Negro.

A secretária municipal de Meio Ambiente, Luciana Valente, informa que a intenção da Semma é assegurar ainda este ano a alocação de recursos para investimentos nas ações no ano que vem.

“Com essa ação Manaus se consolida como a capital brasileira com a maior quantidade de corredores ecológicos urbanos do País”, comemora a secretária, atribuindo o avanço ao empenho da equipe técnica da Semma.

As análises para a criação de corredores são feitas pelas equipes das coordenadorias de Áreas Protegidas (CAPr) e de Gestão Territorial e Ambiental (CGTA) da Semma. Um grupo de técnicos percorre a área do igarapé, depois de identificar por meio de cálculos, a altitude máxima do terreno em relação ao nível do mar e realiza a medição da cota de alagação do curso d’água. Além das medições é necessário também, para a decretação da área do corredor, verificar a existência de vegetação e de corredores lineares ao igarapé, bem como a necessidade de desapropriação e a existência de áreas contíguas que possam ser incorporadas ao corredor.

O geógrafo Marlon da Silva Ferreira, gerente de Dados e Projetos Ambientais da Semma, afirma que no caso do Cachoeira Alta foram identificados também diversos afluentes (pequenos cursos d’água) até então desconhecidos. O corredor do Tabatinga começa no Igarapé do Tarumã Açu e se estende até a Avenida do Turismo, com um total de 6.600 metros lineares. O limite dele será a área pertencente à Infraero.

Convênio

A coordenadora de Áreas Protegidas da Semma, a bióloga Rosana Subirá, explica que o objetivo do convênio firmado com o Ministério do Meio Ambiente é consolidar o modelo Corredor Ecológico Urbano como alternativa de preservação em área urbana dos remanescentes de matas ciliares e da conservação da biodiversidade, garantindo a proteção dos remanescentes de matas ciliares e a conservação da biodiversidade de Manaus, por meio do monitoramento, da fiscalização, da educação ambiental e do fortalecimento das UCs Municipais conectadas aos corredores.

Rosana explica que o Projeto Corredores Ecológicos é componente do Programa Piloto para a Proteção das Florestas Tropicais Brasileiras, implementado pela Secretaria Executiva do MMA e executado em Manaus com a interveniência do município.

Segundo Subirá, o Corredor Ecológico Urbano visa proteger as áreas verdes do município e garantir a conectividade dos fragmentos florestais que se tornaram isolados durante o crescimento desordenado da cidade. Ela lembra que o Igarapé do Mindu é o mais expressivo curso d’água na área urbana de Manaus.

“A bacia hidrográfica deste igarapé ocupa aproximadamente 1/4 do território urbano e concentra aproximadamente 30% da população. A ocupação desordenada de parte da bacia ao longo de décadas resultou em uma série de problemas ambientais e sociais, motivo pelo qual está sendo implementado um conjunto de medidas ao longo do curso do Igarapé do Mindu, desde sua nascente até seu encontro com o igarapé dos Franceses”, complementou.

Entre as medidas estão a implantação do corredor ecológico no trecho onde existe vegetação ciliar, a implantação do Parque Nascentes do Mindu e a implementação de um Parque Linear ao longo do trecho onde a área de preservação permanente foi degradada.

Informações: Assessoria de Imprensa – SEMMA

[EcoDebate, 15/12/2008]

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