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CTNBio aprova mais duas variedades de milho transgênico


SÃO PAULO – A Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio) aprovou nesta quinta-feira a liberação comercial de mais duas variedades de milho geneticamente modificado e uma de algodão.

O número de variedades transgênicos de milho aprovadas pela CTNBio chega, assim, a cinco, e de algodão a três. Com o aval da comissão formada por cientistas, o próximo passo agora é a liberação do produto pelo Ministério da Agricultura. Por Camila Moreira, da Agência Reuters.

“Ainda estamos atrasados em relação a outros países, como Estados Unidos, Canadá e Argentina. Mas a tendência é isso ser regularizado, e o Brasil se beneficiará demais se puder plantar esses transgênicos”, disse à Reuters o presidente da comissão, Walter Colli.

“Na minha opinião eles são mais econômicos, usam menos trator, óleo diesel, são menos poluentes. Portanto, dão rendimento enorme e os plantadores preferem eles”.

As duas variedades de milho aceitas foram o Roundup Ready 2 da Monsanto e o GA21 da Syngenta. Ambos são tolerantes ao herbicida glifosato.

A semente de algodão aprovada foi a Roundup Ready, também da Monsanto e tolerante a glifosato.

A decisão foi comemorada pelo presidente-executivo da Associação Brasileira dos Produtores de Milho (Abramilho), Odacir Klein: “Temos repetido que o agricultor brasileiro precisa ter opções de variedades de milho, seja transgênica ou não. Com essas duas aprovações, passamos a ter cinco tipos de milho transgênico aprovados no Brasil”, afirmou ele em comunicado.

Por outro lado, grupos ambientalistas têm criticado as aprovações da CTNBio, argumentando que não existem dados conclusivos sobre a segurança dos transgênicos.

Os outros três tipos de milho já aprovados para comercialização no Brasil são o cereal tolerante ao herbicida glufosinato de amônia da Bayer; o da Monsanto resistente a alguns tipos de insetos; e o da Syngenta, também resistente a insetos.

Ainda estão na fila para serem aprovados, de acordo com Colli, duas variedades de algodão, três de milho e uma de soja. Não há previsão para que elas sejam votadas.

Matéria da Agência Reuters, publicada no Estadao.com.br, quinta-feira, 18 de setembro de 2008, 17:19.

(EcoDebate, 19/09/2008])