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ICMBio planta mudas de espécies nativas da Mata Atlântica na Estação Ecológica (Esec) Mata Preta (PR)

 

Esec recebeu 20 mil mudas de espécies nativas da Mata Atlântica. Foto: Divulgação/ ICMBio

 

Intenção é recuperar áreas degradadas na Estação Ecológica (Esec) Mata Preta (PR)

O Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) plantou, no mês de dezembro, 20 mil mudas de espécies nativas da Mata Atlântica na Estação Ecológica (Esec) da Mata Preta (PR).

A ação faz parte do projeto Araucária, desenvolvido pela Associação de Preservação do Meio Ambiente e da Vida (Apremavi) em parceria com o ICMBio.

O objetivo é conservar e recuperar remanescentes de Mata Atlântica por meio da recuperação de áreas degradadas na Unidade de Conservação (UC).

“O projeto também pretende enriquecer as florestas secundárias, principalmente aquelas que estão em propriedades de agricultura familiar no estado de Santa Catarina, incluindo as áreas em UCs e regiões do entorno”, explicou o analista ambiental e chefe da Esec, Antonio de Almeida Correia Junior.

Na Estação Ecológica da Mata Preta existem áreas que não são cobertas com a floresta ombrófila mista, também conhecida por Mata de Araucárias, que é a formação típica da UC. Até pouco tempo, essas regiões eram usadas como lavouras e pastos, o que pode ser prejudicial para a floresta a médio e longo prazo.

Entre as mudas plantadas estão 70 espécies, como canela-sassafrás (Ocotea odorífera), jaboticabeira (Myrciaria caulifolia), uvaia (Eugenia pyriformis), pitanga (Eugenia uniflora), ipê-amarelo (Tabebuia chrysotricha), imbuia (Ocotea porosa), guabiju (Myrcianthes pungens) e araucária (Araucaria angustifólia). As mudas foram produzidas pelo viveiro Jardim das Florestas, da Apremavi, e pelo viveiro do Grupo Grimpeiro, de São Domingos (SC).

“As espécies utilizadas abrangem todos os estágios do modelo de sucessão ecológica, na proporção de 50% de espécies pioneiras, 25% de espécies secundárias iniciais e 25% de espécies secundárias tardias e clímax. Assim, espera-se que as espécies pioneiras e secundárias iniciais, de crescimento rápido e vida mais curta, deem abrigo e criem condições para que as espécies de vida mais longa”, completou o chefe da Esec.

Entre os blocos de plantio, foram plantadas mudas grandes e bem desenvolvidas de espécies nativas frutíferas e nectaríferas que servirão de poleiros naturais. Esses poleiros devem atrair aves e mamíferos que atuarão como dispersores de sementes, acelerando o processo de restauração e aumentando a diversidade das espécies.

A restauração florestal deverá promover a conexão de núcleos de florestas isolados atualmente pelas antigas lavouras melhorando o fluxo de fauna, que poderá abrigar-se e utilizar os recursos desses locais.

Além disso, a restauração dessas regiões dentro da Esec criará oportunidades para a execução de pesquisas científicas sobre desenvolvimento de floresta em áreas impactadas, dinâmica da fauna em áreas impactadas e em restauração, desenvolvimento de espécies em áreas impactadas, entre outras, com potencial para tornar a UC em uma referência regional sobre o tema “restauração florestal”.

Para estimular a proposição de novos projetos de pesquisa na Estação Ecológica Mata Preta, está prevista para abril de 2015 uma oficina com pesquisadores de instituições de Santa Catarina e do Paraná.

O plantio, que durou cerca de dez dias, contou com a ajuda do Grupo Grimpeiro, organização não governamental de São Domingos (SC), e com a participação de 65 estudantes de três escolas: Centro Estadual de Educação Profissional Assis Brasil, de Clevelândia (PR), Escola de Ensino Básico Paulo Freire, do Assentamento José Maria, em Abelardo Lu (SC); e Escola de Educação Básica João Roberto Moreira, de São Domingos (SC).

Os alunos observaram e aplicaram as técnicas de plantio para restauração de áreas degradadas aprendidas nas palestras preparatórias ministradas pela equipe do Projeto Araucária e da Esec da Mata Preta.

Sobre a Estação Ecológica da Mata Preta

A Esec da Mata Preta foi criada em outubro de 2005 para proteger, principalmente, o bioma Mata Atlântica. Com uma área de 6,5 mil hectares, está localizada em Florianópolis e abriga diversas espécies ameaçadas de extinção, como o Papagaio-de-peito-roxo (Amazona vinacea), a Jaguatirica (Leopardus pardalis), o Gato-do-mato-pequeno (Leopardus tigrinus), o Gato palheiro (Oncifelis colocolo), a Suçuarana (Puma concolor) e o Veado Bororó do Sul (Mazama nana).

Fonte: Portal Brasil

Publicado no Portal EcoDebate, 17/12/2014


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