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Caça predatória e tráfico ameaçam mais de 11 mil espécies animais, diz UICN

 

Tigres siberianos estão ameaçados de extinção. Segundo especialistas, existem apenas 250 animais da espécie.

Tigres siberianos estão ameaçados de extinção. Segundo especialistas, existem apenas 250 animais da espécie. Foto: Wikipédia

Mais de 11 mil espécies animais estão ameaças em todo o mundo, segundo a “lista vermelha” elaborada pela União Mundial pela Natureza (UICN, na sigla em inglês). O documento, considerado o principal instrumento de medida da biodiversidade, também alerta para os perigos que representam o crescimento da caça ilegal e o tráfico para as espécies animais.

Das 53.267 espécies de animais vertebrados e invertebrados identificadas pela UICN, 11.212 estão ameaçadas atualmente. A União Mundial pela Natureza, mais antiga e maior rede ecológica do mundo, foi criada em 1948 em Fontainebleau, na França, e tem sua sede atual em Gland, na Suíça.

Segundo a UICN, uma em cada quatro espécies de mamíferos, um em cada oito pássaros e mais de um em cada três anfíbios estão ameaçados de extinção. O tráfico aumenta drasticamente os riscos para algumas espécies recenseadas como os elefantes procurados pelo marfim, os rinocerontes pelos seus chifres, os tubarões pelas suas barbatanas e também o pangolim da China, caçado para fins medicinais.

A Convenção sobre o Comércio Internacional das Espécies da Fauna e Flora Selvagens Ameaçadas de Extinção (Cites) proíbe o comércio de mais de 600 espécies de animais, entre elas, macacos, felinos, elefantes, rinocerontes, tartarugas marinhas assim como uma grande variedade de crocodilos e serpentes.

Adotada no dia 3 de março de 1973 em Washington, e em vigor desde 1975, a Convenção reúne 178 países e impõe um controle rigoroso sobre o comércio de cerca de 4.500 espécies animais.

Caça ilegal bate recordes

A UICN denuncia que a caça ilegal vem batendo recordes. Ela aumentou em 43% em relação aos rinocerontes na África entre 2011 e 2012, segundo a ONG. No entanto, o comércio deste animal está proibido deste1977. Mais de mil rinocerontes foram mortos no ano passado na África do Sul, país que abriga 80% das espécies. A estatística é 77 vezes maior do que em 2007.

Os elefantes, estimados em menos de 500 mil na África atualmente, contra os milhões que existiam na metade do século 20, estão ameaçados duplamente: pela destruição de seu habitat e também pela explosão da caça ilegal, estimulada principalmente pela forte demanda dos países da Ásia e do Oriente Médio.

O comércio mundial de marfim foi proibido em 1989, mas o tráfico dobrou a partir de 2007 e mais que triplicou em 1998, segundo um relatório publicado à margem da Conferência da Cites, em março de 2013.

A Cites decidiu no ano passado regular estritamente o comércio mundial de cinco espécies de tubarões. A ONG Traffic estima o comércio de barbatana em mais de 480 milhões de dólares por ano. A Ásia é o principal acusado pela pesca predatória de tubarões. Cerca de 100 milhões de tubarões são mortos todo ano segundo a FAO. A Organização da ONU para alimentação e agricultura estima que 90% da população de tubarões desapareceu em um século.

Matéria da RFI, reproduzida pelo EcoDebate, 14/02/2014


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One thought on “Caça predatória e tráfico ameaçam mais de 11 mil espécies animais, diz UICN

  • Valdeci Silva.

    A ação humana é sempre devastadora. Portanto, para que haja equilíbrio ambiental e das espécies vivas que habitam o planeta Terra, é necessário e urgente que se promova a redução da população de seres humanos, através de controle de natalidade rigoroso.
    O desenvolvimento científico-tecnológico, em particular da medicina, permite que a vida humana seja longa, e isso contribui para o crescimento populacional. Ao contrário do que ocorria até o ano 1800, quando a sobrevivência humana era uma grande aventura, e, portanto, havia grande interesse em que os seres humanos se reproduzissem o máximo possível, como meio de preservação da espécie, atualmente – já há muito tempo, desde que a população humana atingiu um bilhão de seres – a situação é inversa: como meio de preservação da espécie humana, e de todas as outras espécies vivas, a população humana deve ser mantida em um número equivalente a 10% da atual, que ultrapassa sete bilhões de seres.

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