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Notícia

Equação da Sobrevivência Ambiental, artigo de Maurício Gomide Martins

[EcoDebate] Situações simbólicas relativas ao animal humano.

3 + 4 – 1 = 6

(3 + 4 – 1)/2 = 3

Ar + H²0 + Alimento = Vida

Vida + Economia natural = Racionalidade

Racionalidade x Economia de mercado = Lucro
(Lucro x Tempo x População Mundial)/Recursos naturais = Equilíbrio

Expressões numéricas:
Situação limite de sobrevivência:
(10 x 100 x 1.000)/1.000.000 = 1 (equilíbrio)

Situação real do meio ambiente hoje:
(11 x 102 x 1.003)/900.000 = 1,250 (desequilíbrio ou insustentabilidade de 25%)

Observações sobre os fatores da equação:
a)A lucratividade é sagrada; não pode ser mexida. É o alicerce do sistema, sendo fielmente representada pelos governos;
b)O tempo fica cada vez mais comprimido pelo progresso material, comandado pela tecnologia que está subordinada ao lucro galopante;
c) População mundial é tabu;
d)Recursos naturais são praticamente fixos. Só crescem ao receberem as energias solares que constroem num ritmo equivalente a 1 metro por 1 ano. A dinâmica tecnológica da atual civilização os consomem a um ritmo equivalente a 1 metro por 1 segundo.

Pergunta-se ao leitor, com solução matemática, filosófica ou raciocínio lógico: Como restabelecer o equilíbrio em curto prazo, enquanto há tempo? Esperamos resposta.

NOTAS:

Cabe aqui um esclarecimento sobre o assunto. A equação não é propriamente matemática, mas simbólica, como dito no início. O índice de 25% é o mais otimista entre outros informados pela comunidade científica, mas isso não importa. O importante é mostrar que acima da unidade, estamos sacando sem provisão de fundos; que estamos destruindo a tão decantada sustentabilidade. Numa linguagem econômica mais inteligível: estamos consumindo o imobilizado operacional.

Os números são simbólicos também e representam os elementos principais que compõem a situação ambiental. A construção não tem o rigor matemático, pois ali não entram as diversas variáveis e que têm pouco peso no resultado, exceto a que diz respeito à reação da natureza.

Os demais elementos do numerador são administráveis (por um governo mundial, é claro). O denominador ambiental é inversamente proporcional ao numerador. Quanto maior aquele, menor este (e maior a desgraça).

A equação não é uma composição puramente matemática. É um texto apresentado sob forma matemática, do modo mais simples possível, objetivando expor argumentação sobre uma situação real, atual, visível, facilitando a compreensão para todos. Ela é uma provocação aos espíritos mais atentos e interessados em questão ambiental.

As observações a, b, c, d são apenas engasgos que o leitor deve engolir (e perecer) ou dizer como sair do problema (e viver).

O recurso não discursivo foi um jeito de apresentar sinteticamente a situação ambiental, ao tempo em que tentamos colocar o leitor curioso num labirinto, para conhecer a verdadeira situação ambiental a que nos levou esta civilização de culto à materialidade, e se ocupar na prática de um exercício de lógica existencial.

Enfim, o problema apresentado não é senão o que já vem sendo exposto discursivamente há muito tempo pelos ambientalistas. É uma repetição do nosso clamor numa forma diferente. Entendemos que, nesse objetivo, devemos usar todos os recursos possíveis. Até essa feição é válida.

Maurício Gomide Martins, 82 anos, ambientalista, colaborador e articulista do EcoDebate, residente em Belo Horizonte(MG), depois de aposentado como auditor do Banco do Brasil, já escreveu três livros. Um de crônicas chamado “Crônicas Ezkizitaz”, onde perfila questões diversas sob uma óptica filosófica. O outro, intitulado “Nas Pegadas da Vida”, é um ensaio que constrói uma conjectura sobre a identidade da Vida. E o último, chamado “Agora ou Nunca Mais”, sob o gênero “romance de tese”, onde aborda a questão ambiental sob uma visão extremamente real e indica o único caminho a seguir para a salvação da humanidade.

EcoDebate, 05/05/2010

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