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26 casos suspeitos de Influenza A (H1N1), mas, enquanto isto, em apenas quatro semanas, a Bahia registrou 5 mil novos casos de dengue

O excesso de zelo em relação à Influenza A (H1N1) pode até ser justificado, mas, enquanto isto, a malária, a dengue, a meningite, etc, continuam a matar. Na Bahia, os números da dengue aproximam-se de uma tragédia em saúde pública. O estado, até 25/4, totalizava 60 mil casos notificados, em 84% dos municípios. Foram registrados também 416 casos graves e 49 óbitos confirmados.

Em apenas quatro semanas, a Bahia registrou um acréscimo de 5 mil novos casos de dengue no estado, segundo a Diretoria de Vigilância Epidemiológica (Divep). Até o dia 25 de abril, já tinham sido notificados 60 mil casos da doença no estado.

Para controlar o aumento da doença nos municípios, principalmente em Jequié, Itabuna, Porto Seguro, Ilhéus e Salvador, os mais afetados pela dengue, foram deslocadas equipes de vigilância para estas regiões com o objetivo de dar apoio às ações de combate ao mosquito transmissor. Além disso, foi intensificado o uso de inseticidas, capacitação de profissionais e disponibilização de material informativo para a população.

Segundo a técnica da coordenadoria de agravos da Divep, Isabel Xavier, o número de leitos existentes nos hospitais e postos de saúde não são suficientes para atender à demanda. “Nos municípios de Jequié, Itabuna e Ilhéus aumentamos o número de leitos e construímos tendas próximas aos postos de saúde para dar um suporte e agilizar os atendimentos dos pacientes”, disse.

Nos municípios em que a doença começou a apresentar sinais de aumento, a Secretaria de Saúde formou grupos de força tarefa e essas esquipes foram deslocadas antecipadamente para dar suporte à população e tentar minimizar a situação.

Isabel Xavier ressalta que mesmo com a quantidade de casos no estado, que é a maior registrada desde 1997, a perspectiva é de que com a chegada das chuvas, a temperatura possa diminuir e os índices da doença também.

De acordo com o boletim epidemiológico divulgado na última segunda-feira (4) pela Divep, até o momento, 84% dos municípios da Bahia foram afetados. Foram registrados também 416 casos graves e 49 óbitos confirmados. Ainda há 56 casos em investigação.

Devido ao excesso de trabalho, o Hospital de Base de Itabuna funcionou na segunda-feira, durante duas horas, com 30% da sua capacidade. Os funcionários pararam as atividades para reivindicar melhores salários. Na terça-feira (5), os funcionários entraram em acordo com a Secretaria de Saúde do município e suspenderam a paralisação.

Isabel Xavier explica que os técnicos do município estão esgotados e que, desde dezembro, eles trabalham em ritmo intenso. “Acredito que a secretaria tenha negociado com eles. Porque uma greve nesse momento criaria um caos”, ressalta.

Com informações da Agência Brasil

[EcoDebate, 07/05/2009]

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