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SP2/CR5, o projeto para converter CO2 em combustível

SP2/CR5

Pesquisadores do Laboratório Nacional de Sandia, Novo México, USA, desenvolveram uma forma de utilizar a luz solar para reciclar o dióxido de carbono e produzir combustível como metanol e gasolina. O projeto foi chamado Sunshine to Petrol – SP2, ( luz solar a petróleo ), essencialmente o que se faz é reverter o processo de combustão ao recolher os blocos de hidrocarbonetos. Logo, podem ser utilizados para sintetizar combustíveis líquidos como metanol ou gasolina.

Segundo pesquisadores, a tecnologia já funciona e pode ajudar a reduzir as emissões de gases de efeito estufa que estão produzindo o aquecimento global. Igualmente para poder implementá-lo em grande escala estima-se que poderiam faze-lo dentro de uns 10 anos.

A idéia central é ajudar a reduzir os efeitos que produzem os combustíveis fósseis. Realmente, uma tecnologia que levará 10 anos para funcionar em grande escala só para o mal que provoca os combustíveis fósseis, parece uma perda de tempo. Esses dez anos e os milhões de dólares que se gastarão poderiam ser dedicados a uma tecnologia que substitua aos combustíveis fósseis. A idéia de reciclar o dióxido de carbono não é nova, porém antes era muito cara e este novo sistema permitiria baratear os custos.

O sistema funciona do seguinte modo : utiliza-se um reator solar chamado CR5 (Counter Rotating Ring Receiver Reactor Recuperator) capaz de separar o CO2 em monóxido de carbono e em oxigênio. Em laboratório o experimento funcionou, mas, não foi criado um protótipo ao que se espera para este mês de abril corrente. O protótipo será do tamanho de um barril de cerveja ou vinho que conterá 14 anéis de ferrita de cobalto, cada um com 30 centímetros de diâmetro e que girará a uma revolução por minuto. Uma caldeira solar de 88 metros quadrados dirigirá a luz solar até a barrica, provocando o aquecimento dos anéis a 1426ºC. A essa temperatura a ferrita libera oxigênio. Quando se esfriam a 1090ºC expõem o dióxido de carbono.

Como a ferrita de cobalto agora lhe falta o oxigênio que se rouba do dióxido de carbono e assim deixa para trás o monóxido de carbono que serve para produzir hidrocarbonetos que por sua vez serve para produzir o metanol e a gasolina. Como a ferrita de cobalto voltou ao seu estado original pode-se recomeçar todo o processo e, assim, converte-lo em um ciclo. Porém, implementar este protótipo a uma grande escala demandará tempo e dinheiro, por isso é que os pesquisadores crêem que o terão finalizado dentro de 15 a 20 anos para ser fabricado em escala industrial, É sumamente interessante este invento já que pode ajudar-nos a lidar hoje mesmo com os problemas que temos, porém os 10 anos não serão considerados tanto tempo para juntar o lixo que deixará o petróleo.

Texto traduzido por Carol Salsa, colaboradora e articulista do EcoDebate, a partir de texto original do Blog Erenovable.

[EcoDebate, 22/04/2009]

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