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Greve dos garis: qual é a nossa responsabilidade na gestão do lixo? artigo de Francisco Oliveira

 

opinião

 

[EcoDebate] Recentemente, observamos o Grande ABC se tornar um verdadeiro lixão com a greve dos garis que afetou as sete cidades da região. Durante nove dias, os moradores, além de ter que conviver com as pilhas de lixo nas ruas, reclamaram também do forte cheiro que impregnou o ar. Foram realizadas manifestações através de bloqueios de vias e queima de lixo. Essa semana, garis do Espírito Santo entraram em estado de greve e a coleta de lixo pode ser suspensa.

Não obstante, a cidade de Goiânia também sofreu bastante com a crise do lixo. Um local que já foi exemplo de limpeza passou por problemas sérios no setor de coleta de resíduos. É fato que somos órfãos de um plano para enfrentar uma greve no setor. As autoridades demoram a buscar uma solução paliativa, que evitaria as pilhas de lixo acumuladas nos espaços públicos.

Garantir a regularidade da coleta, ainda que com equipamentos não adequados como, por exemplo, caminhão caçamba e mão de obra alternativa, evitaria consequências mais desastrosas para a população. Mas aí vem o questionamento. Qual é o papel das pessoas neste processo?

É notória a falta de preocupação dos cidadãos quando o assunto é tratamento e destinação de resíduos. O lixo é visto como aquela coisa que sobra. Você junta em um saco plástico e manda embora no caminhão do serviço público de coleta. A partir daí a responsabilidade não é mais sua, certo? Errado. O pensamento não pode mais ser tão minimalista.

É uma necessidade iminente que pensemos em conjunto para elaborar ações coletivas em relação ao lixo e sua destinação. Ao instituir a Política Nacional de Resíduos Sólidos, o Estado brasileiro, convoca a população e os gestores públicos a criar ações que assegurem um meio ambiente saudável e coerente com as necessidades da população.

O cidadão desempenha sim um papel fundamental no processo de gestão dos resíduos e deve contribuir efetivamente para a melhoria da qualidade do meio ambiente.

Não estou propondo que todo mundo participe de entidades e comissões sobre o assunto. Basta fazer a lição de casa. Parece óbvio, mas o “não jogue lixo no chão” ainda é a melhor saída para se começar a politizar e educar a população. As autoridades tem sua parcela de responsabilidade, mas no processo de gestão do lixo, nós somos peças fundamentais. No futuro, o meio ambiente vai agradecer. Nós também!

Francisco Oliveira é Engenheiro Civil e Mestre em Mecânica dos Solos, Fundações e Geotecnia e fundador da Fral Consultoria.

Publicado no Portal EcoDebate, 14/04/2015

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