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Quilombolas da Amazônia conquistam terreno para instalar usina de beneficiamento da castanha

 

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Cerimônia oficializa doação do terreno, um importante passo para a autonomia das comunidades que trabalham com a castanha

No próximo dia 25 de março, às 9h, acontecerá a cerimônia para oficializar a doação de terreno para a Cooperativa Mista Extrativista dos Quilombolas do Município de Oriximiná (CEQMO) pela Prefeitura Municipal de Oriximiná.

No terreno será instalada uma usina de beneficiamento de castanha-do-pará, um passo importante para o projeto “Caminho do Melhor Negócio da Castanha”, iniciativa da CEQMO em parceria com a Comissão Pró-Índio de São Paulo e com apoio de Christian Aid e ICCO.

Projeto “O Caminho do Melhor Negócio da Castanha”

Os municípios de Oriximiná e Óbidos, na Calha Norte do Pará, são tradicionalmente grande produtores de castanha-do-pará e os quilombolas estão entre os principais coletores na região.

Atualmente, além de atuar na cadeia como coletores, os quilombolas são proprietários de extensas áreas de castanhais. E buscam agora mais um passo: beneficiar sua produção.

Desde o final dos anos 1990, os quilombolas e a Comissão Pró-Índio de São Paulo vêm trabalhando em parceria para tornar o negócio da castanha mais rentável e sustentável para as comunidades. Nessa trajetória cheia de desafios, após um período de oito anos organizando a coleta e comercialização da castanha in natura, a cooperativa decidiu que o Caminho do Melhor Negócio da Castanha passa pelo beneficiamento e vem investindo nessa direção.

A meta é que até 2016, a Usina Quilombola esteja implantada e nessa primeira etapa produzindo 40 toneladas/ano de castanha sem casca e gerando 20 postos de trabalho. O plano prevê o aumento gradual da produção nos anos posteriores.

Quando: 25 de março de 2014, às 9h

Onde: Parque de Exposições José Diniz Filho, na cidade de Oriximiná.

Programação:

Palavra do Prefeito de Oriximiná, Luiz Gonzaga

Palavra do Presidente da Câmara de Vereadores,  Leonardo Alves

Palavra do Presidente da CEQMO, Francisco Hugo de Souza


Apresentação cultural das comunidades quilombolas

Grupo Encanto do Quilombo

Dança da Castanha do Jauary

Carimbó da Serrinha

Lundum da Velharada

Promoção: CEQMO e Prefeitura de Oriximiná

Apoio: Comissão Pró-Índio, Christian Aid e ICCO

Saiba mais em: www.quilombos.org.br

Sobre a CEQMO
A Cooperativa Mista Extrativista dos Quilombolas do Município de Oriximiná, conhecida como Cooperativa do Quilombo ou ainda pela sigla CEQMO, foi criada em 2005 como um desdobramento das ações da ARQMO – Associação das Comunidades Remanescentes de Quilombos do Município de Oriximiná e da Comissão Pró-Índio de São Paulo visando tornar o negócio da castanha uma opção de geração de renda mais sustentável economicamente.

A CEQMO é formada por cooperados e cooperadas das diversas comunidades quilombolas de Oriximiná.

Sobre a Comissão Pró-Índio de São Paulo

A organização não-governamental Comissão Pró-Índio de São Paulo foi fundada em 1978 por um grupo de antropólogos, advogados, médicos, jornalistas e estudantes para defender os direitos dos povos indígenas frente as crescentes ameaças do regime ditatorial vigente naquela época.

Nos seus mais de 30 anos de existência, Comissão Pró-Índio de São Paulo tem atuado junto com índios e quilombolas para garantir seus direitos territoriais, culturais e políticos, procurando contribuir com o fortalecimento da democracia e o reconhecimento dos direitos das minorias étnicas.

Nota enviada por Bianca Pyl, da CPI-SP, para o EcoDebate, 21/03/2014


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2 thoughts on “Quilombolas da Amazônia conquistam terreno para instalar usina de beneficiamento da castanha

  • Bruno Versiani

    Como crítica construtiva: há anos que assino esse jornal, sendo nítida para mim sua vertente demasiado esquerdista- socialista. Há uma laudatória constante das “populações tradicionais” e uma crítica constante ao capitalismo avançado (e um silêncio preocupante em relação à super-população). Sinceramente, mesmo sendo adepto do conservacionismo, acho que a única saída em direção a ele é o desenvolvimento (principalmente no sentido de tecnologia, ciência e educação) do país. Haja visto o Japão, que tem 75% de suas florestas preservadas. Pobreza, arcaísmo (e extrativismo) não vão segurar o desmatamento.

  • Bruno,

    Sua crítica é bem vinda. O EcoDebate é um portal de notícias assumidamente de esquerda. É nosso posicionamento, que sempre foi exposto de forma honesta e transparente.

    Não questionamos o desenvolvimento e sua importância, mas questionamos o desenvolvimentismo a qualquer custo. As populações tradicionais precisam de apoio e proteção, sob qualquer modelo de desenvolvimento. E, ao contrário da grande mídia, procuramos dar voz e visibilidade às populações tradicionalmente negligenciadas.

    A superpopulação, aliada ao hiperconsumo, é um problema. Mas concretamente, de forma direta e objetiva, qual a sua proposta para reduzir a superpopulação?

    Atenciosamente,

    Henrique Cortez
    coordenador editorial do Portal EcoDebate

Fechado para comentários.