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Área cultivada com transgênicos no Brasil cresce 20% em 2011

 

A área cultivada com transgênicos no Brasil cresceu 20 por cento em 2011, para 30,3 milhões de hectares, mas de agora em diante sua expansão será mais atrelada ao crescimento da agricultura do país, avaliou nesta terça-feira o representante brasileiro de uma entidade que promove a adoção da biotecnologia. Reportagem Fabíola Gomes, da Agência Reuters, no Estadao.com.br.

“O crescimento da soja, que já se aproxima de 90 por cento (de sua área total), estará totalmente vinculado ao crescimento agronômico, do mercado total”, disse Anderson Galvão, sócio-diretor da consultoria Céleres e representante no Brasil do Serviço Internacional para a Aquisição de Aplicações em Agrobiotecnologia (ISAAA).

O estudo da instituição divulgado globalmente nesta terça-feira mostrou que pelo terceiro ano seguido o Brasil liderou o crescimento global no cultivo de transgênicos. Uma expansão puxada, especialmente pela soja e milho.

A soja teve um crescimento de 15,7 por cento, para 20,6 milhões de hectares no Brasil, com uma fatia equivalente a 68 por cento da área total cultivada com os transgênicos no país.

A taxa de adoção no caso da soja está em 82 por cento da área cultivada com a oleaginosa no país, um nível que se aproxima dos 90 por cento registrados nos Estados Unidos, um mercado mais maduro que já adota a tecnologia há mais tempo.

Contudo, a despeito do crescimento visto no Brasil, Galvão ponderou que os Estados Unidos continuarão a manter a liderança neste segmento, com uma área de 69 milhões de hectares.

Ele ponderou que os EUA são o maior produtor mundial de alimentos e avalia que ainda levaria cerca de 10 anos para o Brasil atingir a liderança. Segundo ele, a adoção da cana transgênica poderia ajudar o país a ter uma fatia maior em biotecnologia, aproximando-se dos norte-americanos.

A área transgênica com o milho aumentou 24,7 por cento, para 7,3 milhões de hectares. Já o algodão, cultura que tem menor área, registrou um salto de 50 por cento para 600 mil hectares no ano passado.

Os Estados que mais utilizaram a tecnologia foram Mato Grosso, Rio Grande do Sul, Paraná, Goiás e Mato Grosso do Sul.

O executivo destacou o rápido crescimento do uso desta tecnologia no milho, que em apenas quatro anos após a aprovação já corresponde a 84 por cento na safra de inverno e tem potencial para se consolidar também na temporada de verão.

As 32 variedades aprovadas no Brasil incluem tecnologias tolerantes a herbicidas e resistentes a insetos. Ele lembrou que estão em estudo híbridos de milho tolerante à seca, que deverão ser cultivados nos EUA em 2013, tecnologia que pode chegar ao Brasil a partir de 2015.

EcoDebate, 08/02/2012

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