Geleiras derretem em velocidade inédita e ameaçam futuro do planeta

 

 

Pesquisa alerta para elevação dos oceanos, extinção de espécies e caos climático se tendência continuar.

Cientistas pedem ações globais imediatas para frear aquecimento e evitar cenário irreversível.

 

Estudo da Universidade de Wollongong revela que o ritmo atual do degelo é o mais rápido já registrado, com consequências graves para o clima, oceanos e populações costeiras.

Um novo informe da Universidade de Wollongong, na Austrália, traz um alerta urgente: as geleiras do mundo estão derretendo em um ritmo sem precedentes, e os impactos podem ser catastróficos para o meio ambiente e a humanidade.

Publicado nesta semana, o estudo destaca que a perda acelerada de massa glacial ameaça elevar o nível do mar, alterar ecossistemas e agravar eventos climáticos extremos.

O Que Mostra o Relatório?

De acordo com a pesquisa, o derretimento das geleiras dobrou nas últimas duas décadas em comparação com o século XX. Satélites e medições terrestres confirmam que regiões como a Groenlândia, a Antártida e os Alpes estão perdendo gelo a uma velocidade alarmante. Entre os principais fatores estão:

• Aquecimento Global: O aumento das temperaturas médias, impulsionado pela emissão de gases de efeito estufa, é o principal responsável.
• Mudanças nas Correntes Oceânicas: Águas mais quentes aceleram o degelo nas bordas das plataformas de gelo.
• Efeitos em Cascata: O derretimento reduz a reflexão da luz solar (efeito albedo), intensificando ainda mais o aquecimento.

Consequências para o Planeta

Os impactos já estão sendo sentidos e devem se agravar:

1. Aumento do Nível do Mar: Cidades costeiras e ilhas podem enfrentar inundações crônicas, deslocando milhões de pessoas.
2. Alterações nos Ecossistemas: Espécies que dependem de ambientes frios, como ursos polares e pinguins, correm risco de extinção.
3. Instabilidade Climática: Mudanças na salinidade e temperatura dos oceanos podem afetar padrões de chuva e seca, prejudicando a agricultura.

Há Soluções?

Os cientistas enfatizam que ainda é possível mitigar os danos, mas apenas com ações imediatas:

• Redução de Emissões: Cortar o uso de combustíveis fósseis e investir em energias renováveis.
• Proteção de Ecossistemas: Restaurar florestas e áreas naturais que ajudam a regular o clima.
• Adaptação: Governos precisam preparar infraestruturas para lidar com os impactos inevitáveis.

Síntese

O informe da Universidade de Wollongong serve como mais um aviso científico incontestável: o tempo para agir está se esgotando. Enquanto líderes globais discutem metas climáticas, o derretimento das geleiras segue acelerado – e seus efeitos podem definir o futuro das próximas gerações.

Leia o informe completo aqui.

Referência:

Losapio, G., Lee, J.R., Fraser, C.I. et al. Impacts of deglaciation on biodiversity and ecosystem function. Nat. Rev. Biodivers. (2025). https://doi.org/10.1038/s44358-025-00049-6

 

in EcoDebate, ISSN 2446-9394

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