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Conhecendo os Roteiros Turísticos do Município de Desterro de Entre Rios

 

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Conhecendo os Roteiros Turísticos do Município de Desterro de Entre Rios e Seus Distritos Pereirinhas e São Sebastião do Gil

Vagner Luciano Coelho de Lima Andrade (1)

DIRETRIZ II

Levantamento do potencial turístico natural e cultural Distritos povoados e nas Localidades rurais ou (Localidade rural de Aguiar, Localidade rural de Miranda, Localidade rural de Samambaia, Perímetro urbano de Desterro (Sede municipal)

, Perímetro urbano de São Sebastião do Gil, Perímetro urbano de Pereirinhas

DIRETRIZ III

Criação de Circuito Turísticos (Circuito São Sebastião, Circuito Senhora do Desterro, Circuito Capela Nova) e montagem de um guia impresso

Circuito Capela Nova

Apresenta alguns atrativos expressivos num raio de cinco quilômetros, passíveis de serem visitados a pé, através de belas e agradáveis trilhas ecológicas. Dois dias devidamente programados permitem tranquilamente sua visitação e consecutivo aproveitamento.

No 1º dia, na parte da manhã pode-se visitar a Serra do Maludo, localizada a três quilômetros da sede. Um belo recanto natural que oferece excelente vista panorâmica da cidade, fragmentos florestais preservados alternados com áreas de pastagens naturais ou plantadas, afloramentos rochosos de granito/gnaisse e inúmeros mananciais, que por sua vez abastecem parte de Desterro.

Ainda no 1º dia, porém na parte da tarde, pode se visitar a Fazenda e Cachoeira Ponte Nova, distante dois quilômetros, na saída do Bairro São Antônio. A arquitetura em estilo colonial da fazenda chama a atenção, e no local ainda é possível encontrar vestígios da 2ª antiga usina hidrelétrica, datada de 1957, bem como conhecer uma cachoeira lamentavelmente imprópria para banhos, e ladeada por uma expressiva mata ciliar.

No 2º dia, na parte da manhã, pode-se organizar um passeio à Cachoeira das Baetas, pequena com um tobogã natural, acessível após cinco quilômetros de caminhada ecológica por uma bela trilha, com visão para matas, pastagens, casas rurais e rochas expostas que lamentavelmente estão sendo exploradas comercialmente, degradando a paisagem.

Na parte da tarde do 2º dia, deve ser visitada a Cachoeira dos Carrinhos, o cartão-postal da cidade a quatro quilômetros, cujo acesso é possível através de uma caminhada ecológica com paisagens locais que alternam matas, pastagens e moradias rurais. Nesta cachoeira estão os vestígios da 1ª antiga usina hidrelétrica, data de 1928.

Circuito Senhora do Desterro

A partir da sede municipal, num raio de doze quilômetros, pode-se visitar outras belezas naturais do município. No 3º dia, parte da manhã, pode-se ir de carro à Serra da Tapera, rota da bandeira de Fernão Dias Paes Leme, em 1674 (OLIVEIRA, 1958: 41), localizada à dez quilômetros, onde se pode visitar uma área ainda relativamente preservada de cerrado, onde encontram-se expressivas nascentes de água mineral, ameaçada pelo retorno de atividades minerárias.

Além da vista panorâmica de inúmeras localidades rurais, com destaque para incontáveis fragmentos florestais, pode-se ver muros de pedras, que segundo relatos locais foram construídos por escravos, visitar vestígios da antiga mineração, que funcionava na década de 1960 e ainda apreciar um centenário jequitibá conhecido pelos moradores como “árvore de bingote”, testemunho sobrevivente do passado. Segundo relatos locais, seu corte foi impedido por uma senhora cujo marido, era conhecido e solicitado carpinteiro na região.

Retornando desta serra, na parte da tarde do 3º dia pode-se visitar a Cachoeira do Barro Branco, já a oito quilômetros de Desterro.

No 4º dia, na parte da manhã pode se passear na Serra de Santo Antônio, a doze quilômetros, pela MG 270, sentido Passa Tempo e de lá passando pelas localidades de Malícia e Contendas visitar na parte da tarde, a Cachoeira dos Peixotos, retornando para a cidade distante apenas seis quilômetros desta cachoeira. Como nestes 3º e 4º dias, os atrativos são próximos entre si e distantes da sede, aconselha-se levar lanche reforçado e água potável visando ampliar o tempo de permanência nos mesmos.

Circuito São Sebastião

Para visitações no 5º e 6º dias estão previstas atrações localizadas num raio de 15 quilômetros da sede. Na parte da manhã do 5º dia, pode-se conhecer a Cachoeira dos Mirandas de Cima a 12 quilômetros, e na parte da tarde, a Cachoeira dos Mirandas de Baixo a 10 quilômetros de Desterro.

No 6º dia, na parte da manhã, deve-se conhecer a bela Cachoeira das Pedras, a 15 quilômetros, com expressiva mata nativa e poço natural e na parte da tarde retornando para a cidade pode-se passar na Fazenda dos Morais, uma fazenda antiga onde se encontra na beira da estrada uma pequena cachoeira e está a apenas 08 quilômetros da sede.

Passeios Opcionais às cachoeiras dos municípios vizinhos

Num roteiro preparado para um dia, e realizado de carro pode-se vistar a Cachoeira do Gil, a 25 km de Desterro e ainda a cachoeira do Bituri, em Jeceaba. No dia seguinte pode-se organizar um passeio às Cachoeiras Mata dos Pacheco e Coqueiros, no município de Entre Rios, distantes a 18 km da sede desterrense.

As três dias ou mais permitirão ao viajante conhecer a Fazenda Campo Grande e cachoeiras de Passa Tempo (22 km), bem com as cachoeiras do Ribeirão Paracatú (12 km), próximo da localidade de Paciência (Piracema) e as cachoeiras de Jacarandíra, um distrito de Resende Costa, a 20 km (Figura 12).

1 Educador e Mobilizador da Rede Ação Ambiental. Bacharel-licenciado em Geografia e Análise Ambiental (UNI-BH), Licenciado em História (UNICESUMAR) e especialista na área de Educação, Patrimônio e Paisagem Cultural (Filosofia da Arte e Educação, Metodologia de Ensino de História, Museografia e Patrimônio Cultural, Políticas Públicas Municipais). Licenciado em Ciências Biológicas (FIAR), Tecnólogo em Gestão Ambiental (UNICESUMAR) e especialista na área de Educação, Patrimônio e Paisagem Natural (Administração escolar, Orientação e Supervisão, Ecologia e Monitoramento Ambiental, Gestão e Educação Ambiental, Metodologia de Ensino de Ciências Biológicas). CV Lattes: http://lattes.cnpq.br/3803389467894439

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in EcoDebate, ISSN 2446-9394

 

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