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O que é neurodiversidade e por que ela importa

 

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Imagem: EBC/ABr

O que é neurodiversidade e por que ela importa

Neurodiversidade é um termo que reconhece que as pessoas têm formas diferentes de pensar, aprender e se comportar, e que essas diferenças não são defeitos, mas variações naturais da condição humana.

Resumo: Todos são diferentes e não existe uma maneira certa quando se trata de como pensamos, aprendemos e nos comportamos. A neurodiversidade é um conceito que descreve todas essas diferenças, seus pontos fortes e seus desafios. Ela se refere às variações naturais no cérebro humano de cada indivíduo em relação à sociabilidade, aprendizagem, atenção, humor e outras funções cognitivas . A neurodiversidade reconhece que condições como autismo, TDAH, dislexia e dispraxia não são defeitos ou doenças, mas formas distintas de ser humano.

 

Por Jéssica Flausino

Todos são diferentes e não existe uma maneira certa quando se trata de como pensamos, aprendemos e nos comportamos. A Neurodiversidade é um conceito que descreve todas essas diferenças, seus pontos fortes e seus desafios. Ela se refere às variações naturais no cérebro humano de cada indivíduo em relação à sociabilidade, aprendizagem, atenção, humor e outras funções cognitivas.

Entre 10% e 20% da população global é considerada neurodivergente, segundo pesquisa da consultoria e auditoria Deloitte. No Brasil, de acordo com o Ministério da Saúde, há 2 milhões de pessoas nestas condições.

“Neurodiversidade é uma descrição abrangente não médica na qual reconhece que existe uma variedade neurológica. As condições neuroatípicas incluem autismo, dispraxia, dislexia, discalculia e TDAH, entre outras”, comenta Rute Rodrigues, da Specialisterne Brasil, organização social dedicada à inclusão profissional de pessoas autistas. O termo reconhece o fato de que certos distúrbios do desenvolvimento são variações naturais no cérebro. E embora as pessoas neurodivergentes possam ter dificuldades, elas também têm pontos fortes. Equipes com profissionais com neurodivergências em algumas funções podem ser 30% mais produtivas do que aquelas sem eles.

A inclusão e integração de profissionais neurodivergentes, também, pode aumentar o moral da equipe. A população neuroatípica inclui pessoas com diagnósticos específicos que são considerados transtornos do desenvolvimento e estes incluem:

Transtorno do Espectro Autista (TEA) – É uma condição neurológica que afeta a comunicação social, a interação social e o comportamento repetitivo. Pessoas autistas podem ter dificuldades em se comunicar, se adaptar a mudanças e entender as emoções dos outros. Atenção aos detalhes, habilidades de memória e pensamentos fora da caixa podem ser grandes fortalezas.

Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) – É uma condição que impacta a atenção e o controle de comportamentos impulsivos. Pessoas com TDAH podem ter dificuldade em se concentrar, se organizar e seguir as regras. O pensamento criativo e capacidade espacial visual, são apontados como habilidades que podem ser encontradas.

Dislexia – É uma condição que afeta a habilidade de leitura e escrita. Pessoas com Dislexia podem ter dificuldades em ler palavras, compreender textos e soletrar corretamente. Iniciativa e criatividade podem ser pontos marcantes.

Discalculia – É uma condição que afeta a habilidade matemática. Pessoas com Discalculia podem ter dificuldade em entender conceitos matemáticos, reconhecer padrões e memorizar fatos aritméticos.

Síndrome de Tourette – É uma condição neurológica caracterizada por tiques motores e vocais. Pessoas com Síndrome de Tourette podem ter movimentos involuntários e repetitivos, bem como emitir sons ou palavras inapropriadas. Hiperfocos também podem ser encontrados.

Dispraxia – Caracterizado por dificuldades motoras em crianças. Pode ocorrer sozinha ou com outros distúrbios do desenvolvimento, como transtorno do déficit de atenção com hiperatividade (TDAH). Em geral, ela continua na idade adulta. Os sintomas incluem demora para conseguir se sentar ou caminhar. As crianças podem ter dificuldade para pular ou executar tarefas como amarrar cadarços.

 

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in EcoDebate, ISSN 2446-9394

 

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