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Rotulagem de Produto Sustentável

 

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Rotulagem de Produto Sustentável

Artigo de José Austerliano Rodrigues

[EcoDebate] O rótulo (ou selo) pode ser uma simples etiqueta presa ao produto ou um projeto gráfico elaborado que faça parte da embalagem. Pode trazer apenas o nome da marca ou conter muitas informações. Mesmo que o fabricante prefira um rótulo simples, a lei pode exigir informações adicionais.

Desta maneira, o rótulo desempenha diversas funções: deve identificar e classificar o produto ou a marca. Além disso, deve descrever o produto: que o fez, onde e quando, o que contém, como usá-lo são medidas de segurança, e promover o produto com ilustrações visível (KOTLER; KELLER, 2018).

Zenone e Dias (2015), os produtos com “rótulos verdes” começam a inundar o mercado com uma suposta proposta de estarem cooperando com o planeta, mas que não deixa claro e transparente para o consumidor qual é o real ganho ou de que forma foi a contribuição.

Para os autores, a partir desse “rótulo”, os consumidores são mais uma vez enganados e compram e consomem com a impressão de terem feito a escolha ecológica ou social certa, e pior, ficam com a consciência tranquila.

Ottman (2012), logotipos, marcas registradas e símbolos para rótulos mais sustentável e as certificações parecem estar em todos os lugares: na embalagem dos produtos, no marketing e nos anúncios, nos sites ou em feiras. Na verdade, mais de 400 rótulos ecológicos diferentes ou sistemas de certificação verde foram encontrados em mais de 207 países. Eles alcançam as indústrias, mas são predominantes em produtos de consumo, como papel e embalagem, produtos florestais, alimentos, produtos de limpezas e produtos domésticos. Alguns são direcionados ou patrocinados pelo governo, enquanto outros são mantidos por empresas particulares, associações de comércio e ONGs. Os títulos variam de acordo com o nível de rigor aplicado aos critérios e às regras a respeito da verificação; alguns exigem certificação independente de terceiros e análise de stakeholders, enquanto outros permitem que os fabricantes se autoavaliem (OTTMAN, 2012).

Na última contagem, 27 países do mundo, incluindo a China e a União Europeia, têm programas de título ecológico de muitos atributos ativos que exigem certificação de terceiros (O’ROURKE, 2010; OTTMAN, 2012). Desta forma, são esperados mais certificações e títulos conforme os governos, os grupos ambientais, as ONGs, as associações de comércio, varejistas e até fabricantes criam títulos e símbolos de propaganda para produtos que prometem benefícios ambientais e socais (OTTMAN, 2012).

Assim sendo, selos independentes de aprovação têm muito que recomendar a eles, mas não sem risco. Podemos oferecer credibilidade a mensagens ambientais, 28% dos consumidores procuram rótulos de certificação ou etiquetas nas embalagens de produtos para saber se um produto é ou faz o que, afirma Smith (2009), e podem abrir a porta para conversas com distribuidores e varejistas.

Todavia, os mercados que são especialmente receptivos aos rótulos ecológicos e à certificação independente são as agências do governo e seus contratantes procurando produtos sustentáveis, e varejistas que querem estocar produtos verdes, mas não têm a habilidade de avaliar as linhas existentes de produtos “verdes” e um fluxo constante de novas apresentações de produtos.

No entanto, apesar da aparente proliferação, os rótulos ecológicos não existem para todas as categorias de produtos ou atributos sociais; ambientais, éticos/cidadania ecológica, tecnologia de informação e econômicos (OTTMAN, 2012; RODRIGUES; RODRIGUES FILHO, 2018).

José Austerliano Rodrigues. Especialista Sênior em Sustentabilidade de Marketing e Doutor em Marketing Sustentável pela UFRJ, com ênfase em Sustentabilidade e Marketing, com interesse em pesquisa em Marketing Sustentável, Sustentabilidade de Marketing, Responsabilidade Social e Comportamento do Consumidor. E-mail: austerlianorodrigues@bol.com.br.

in EcoDebate, ISSN 2446-9394, 23/10/2020

 

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